Resumo Tabela Periódica - Livro Callister 5ª Edição

1. INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje, a tabela periódica popularmente conhecida e utilizada ao redor do mundo segue modelos especificados pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada), onde sua formação só foi possível devido a contribuição de diferentes pessoas ao passar do tempo. Apesar do químico, nascido na Rússia, Dmitri Mendeleev seja regularmente mencionado como criador da Tabela Periódica, diversos cientistas já haviam construído teorias à cerca de um sistema de classificação dos elementos químicos conhecidos.

O chumbo, cobre, ouro, prata e outros elementos já eram destacados desde épocas anteriores. A primeira evidenciação científica de um elemento químico partiu do renomado alquimista Henning Brand, quando o mesmo descobriu o fósforo, fato este que só ocorreu no ano de 1669. Em anos posteriores, outros elementos foram sendo descobertos na natureza e com isso o dever de organiza-los de uma maneira coerente.

1. HISTÓRIA DA TABELA PERIÓDICA

1. DALTON

No início do século XIX, o químico inglês mundialmente conhecido John Dalton, dava início à primeira tentativa registrada referente à uma organização dos elementos químicos. Já se era sabido valores condizentes às massas atômicas de alguns desses elementos.

A forma que Dalton escolheu para organização dos elementos até então conhecidos foi lista-los em ordem crescente de massas atômicas, relatando propriedades específicas e compostos que por eles poderiam ser produzidos. Todavia, essa classificação carecia de sentido, visto que elementos com propriedades parecidas se encontravam distantes entre si. Os valores das massas atômicas foram mensurados pelo próprio Dalton baseado em dados não tão precisos, o que os tornavam dubitáveis. Sabendo que o hidrogênio tinha sido reconhecido como o elemento mais leve conhecido, John decidiu que deveria atribuir ao elemento um “peso nocional relativo” igual a 1 e à partir disso definir as massas dos demais elementos em relação ao hidrogênio, esse método trouxe diversos questionamentos do intelectuais da época.

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Figura 1: Elementos em ordem crescente de massas atômicas, acesso: https://www.tabelaperiodicacompleta.com/historia-da-tabela-periodica/

1. DÖBEREINER

Pouco depois de Dalton, Johann Wolfgang Döbereiner, importante químico nascido na Alemanha, investigou três elementos (cálcio, bário e estrôncio) e pode ressaltar que a massa atômica do estrôncio equivalia à média das massas dos átomos de bário e cálcio. Além disso, o mesmo ocorria em outras tríades, como com o iodo, cloro e o bromo.

Seus relatos foram tidos como irrelevantes pela comunidade científica da época, pois muitos metais não podiam ser agrupados em tríades.

1. CHANCOURTOIS

Cerca de quatro décadas após a descoberta de Döbereiner, em 1862 um geólogo nascido em território francês apresentou uma construção teórica que ficou cnhecida como parafuso telúrico. Alexandre Chancourtois organizou os elementos químicos em ordem crescente de massas atômicas, formando uma espiral desenhada na face externa de um cilindro dividido por linhas verticais em 16 faixas, onde elementos que possuíssem propriedades parecidas apareciam uns sobre os outros dentro dessas faixas, ou seja, seu modelo associava as propriedades dos elementos químicos às posições que eles ocupavam na sequência. Entretanto o parafuso telúrico despertou pouco interesse, pois ainda que os elementos estivessem em posição correta na ordem crescente, elementos situados na mesma faixa exibiam propriedades diferentes de seus vizinhos, o que aniquilava o padrão. Seus relatos foram tidos como irrelevantes pela comunidade científica da época, pois muitos metais não podiam ser agrupados em tríades.

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Figura 2: Parafuso telúrico proposto por Chancourtois, acesso: https://www.tabelaperiodicacompleta.com/historia-da-tabela-periodica/

1. NEWLANDS

John Alexander Newlands, um químico inglês, observando as notas musicais trouxe a sua contribuição para a tabela. Assim como as notas estão em ordem crescente, sendo 7 notas iniciada por dó (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó ...), logo após o termino da sequência ela se repete, tornando a oitava nota dó novamente. Em 1864, ele enfileirou os elementos já conhecidos e colocou em uma tabela, foram sete em cada linha, em ordem crescente de massas atômicas. O oitavo elemento, a partir de um primeiro qualquer, seria uma espécie de repetição por suas semelhanças, e assim sucessivamente. Então, as propriedades dos elementos se repetiam a cada oito elementos, chamando está nova ordenação de “Lei das Oitavas”.

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Figura 3: Elementos organizados conforme a Lei das Oitavas, acesso: https://www.tabelaperiodicacompleta.com/historia-da-tabela-periodica/

Infelizmente o seu padrão não era adequado para toda tabela, os elementos posteriores ao cálcio não obtinham a mesmas propriedades. O seu trabalho é tido como precursor do de Mendeleev sendo reconhecido, nos dias de hoje, como o cientista que levou a regularidade para a área química, porém a sua tentativa teve menosprezo da Sociedade Química de Londres na época.

1. MENDELEEV

Nascido na Rússia em 1834, Dimitri Ivanovich Mendeleev, é considerado o criador da tabela Periódica. Em 1860 começo o seu caminho para o agrupamento dos elementos químicos criando um sistema de classificação e ordenação baseada nas suas propriedades comuns. Já era notório as massas atômicas, podendo assim, organiza-las de forma crescente. O estudo de classificação dos elementos era algo que já havia sido feito por outros cientistas. Tanto a ordenação por Massa atômica e os outros estudos não eram o suficiente para Mendeleev. Após exaustivos trabalhos de organização, ele então percebe as semelhanças das propriedades dos elementos que eles apresentavam. Mas as distâncias entre as massas atômicas se tornavam um grande problema.

Assim como Newlands, Mendeleev fez a seu novo trabalho usando um dos seus hobbys preferidos como referência, porém no seu caso foi o jogo de carta, Paciência. Pegando uma série de fichas de papel, escreveu o nome, acompanhado de sua massa atômica e propriedades químicas. Assim ele começa a ordenar os cartões como se faz no jogo de paciência: sendo os naipes os elementos de propriedades químicas semelhantes criando uma ordem crescente de massas atômicas como a ordem numérica crescente das cartas. Logo após os cartões estarem organizados, ele percebeu que este seria o melhor caminho, e assim a chamou de “paciência química”, mas ela não perfeita. Lendas dizem que, quando estava trabalhando Mendeleev caiu no sono e teve um sonho no qual era dito que viu uma tabela em que todos os elementos se encaixavam, acordou no suto e a escreveu em um papel.