Artigo Sobre Implantação de Incubadora
Por: Ednelso245 • 19/3/2018 • 3.301 Palavras (14 Páginas) • 549 Visualizações
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- Tradicional: abriga empreendimentos ligados aos setores da economia que detém tecnologias largamente difundidas e que queiram agregar valor aos seus produtos , processos ou serviços, por meio de um incremento em seu nível tecnológico.
- Mista: é aquela que acolhe ao mesmo tempo empresas de base tecnológica e de setores tradicionais.
- Tecnológica: ampara empresas cujos produtos, processos ou serviços resultam de pesquisa científica, para os quais a tecnologia representa alto valor agregado. Abriga empreendimentos nas áreas de informática, biotecnologia, química fina, mecânica de precisão e novos materiais. Distingue-se da Incubadora de empresas de setores tradicionais por alojam exclusivamente empreendimentos oriundos de pesquisa científica.
- Cultural: abrigam empreendimentos com atividade fim na área da cultura e têm o objetivo de promover empreendedorismo de produtos e serviços culturais
- Social: acolhe empreendimentos e tem como atividade fim projetos sociais. Podem estar ligadas aos setores tradicionais, cujo conhecimento é de domínio público
- Agroindustrial: é uma organização que abriga empreendimentos de produtos e serviços agropecuários, com vistas a facilitar o processo de empresariamento e inovação tecnológica no campo.
- Serviços / Consultoria: focada em empresas de prestação de serviços.
- Target (alvo): é aquela que pode trabalhar em nichos específicos como, por exemplo: artes, cooperativas, incubadoras de Internet, outras e de objetivos especiais e ainda design e de Internet.
2.3 Organização física das incubadoras
Aiub e Allegretti (1998) explicitam que as incubadoras, normalmente, variam de 300 a 1.000 metros quadrados de área construída, onde podem ser abrigadas em torno de dez empresas, em salas de 20 a 60 metros quadrados e infraestrutura compartilhada.
2.4 Estrutura Organizacional das incubadoras
A capacidade gerencial de uma incubadora em administrar suas ações será determinante para o êxito da mesma em configurar-se de fato como uma “vantagem” para as empresas que abriga. Os serviços e facilidades que compõem o ambiente favorável à criação e à consolidação de empresas, tais como o apoio gerencial/administrativo/técnico e de infraestrutura - e que são intrínsecos ao conceito de incubadora - devem estar disponíveis com eficácia e coerência e apenas uma estrutura gerencial adequada poderá providenciá-los. A incubadora deve formar sua equipe de gestão, ou pelo menos contratar o gerente, e incorporá-lo ao processo já nas etapas iniciais de planejamento. (SEBRAE, 2005)
2.5 Relevância das incubadoras
Dados do SEBRAE (2013), mostram que as micro, pequenas e médias empresas constituem cerca de 98% das empresas existentes, empregam 60% da população economicamente ativa e geram 42% da renda produzida no setor industrial, contribuindo com 21% do Produto Interno Bruto – PIB.
Estatísticas de incubadoras americanas e europeias indicam que a taxa de mortalidade entre empresas que passam pelo processo de incubação é reduzida a 20%, contra 70% detectado entre empresas nascidas fora do ambiente de incubadora. No Brasil, estimativas já apontam que a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas que passam pelas incubadoras também fica reduzida a níveis comparáveis aos europeus e americanos. Para as nascidas fora do ambiente de incubadora, é apontada uma taxa de mortalidade de 80% antes de completarem o primeiro ano de funcionamento.
Entre as várias razões que ocasionam essa elevada taxa de mortalidade, o SEBRAE detectou problemas gerenciais como a principal. Outras razões, citadas pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo – SIMPI, não menos importantes, são as dificuldades burocráticas, que incluem uma legislação complexa, exigente e que acarreta altos custos burocráticos, tributários, de produção e comercialização, além das dificuldades concorrenciais para os micro e pequenos empresários que atuam em mercados oligopolizados, onde grandes empresas ditam prazos e condições de pagamentos para a aquisição de produtos e fornecimento de insumos.
Além disso, sabe-se que as elevadas taxas de juros sobre os empréstimos, superiores às que pagam as grandes empresas, bem como as exigências dos emprestadores por garantias reais, que geralmente o micro e pequeno empresário não pode oferecer, deixam-no sem acesso ao crédito. Completa esse quadro de entraves o difícil acesso a tecnologias para a inovação em produtos e em processos de produção.
As incubadoras de empresas podem contribuir principalmente para a solução de duas dessas dificuldades, quais sejam: capacidade gerencial dos empresários e incorporação de tecnologia aos produtos e processos da empresa
As incubadoras também podem minimizar os efeitos nocivos dos outros problemas mencionados, e certamente maximizam a utilização dos recursos humanos, financeiros e materiais de que dispõem os micro e pequenos empresários, contribuindo para a sobrevivência das empresas que passam pelo processo de incubação. Além disso, estimula o empreendedorismo e divulga a possibilidade de se criar um negócio próprio, com chances reais de êxito, como opção à busca de empregos.
As micro e pequenas empresas que surgem no mercado sem contar com o apoio das incubadoras têm menores chances de incorporar inovações em seus processos de produção ou de prestação de serviços. Os micro e pequenos empresários, de modo geral, têm seu tempo consumido pelo trabalho cotidiano e rotineiro, enfrentam dificuldades financeiras, contam com um quadro de recursos humanos diminuto, muitas vezes recrutado na própria família, quase sempre sem especialização e capacitação para incorporar inovações à empresa. Comparado a essa situação, o ambiente de uma incubadora é um habitat mais que desejável para as empresas nascentes, considerando que, além do apoio técnico-econômico, há sinergia criada pela concentração de empreendedores que têm como meta o sucesso empresarial.
3. Fatores determinantes para a possível implantação de uma incubadora em São Mateus
3.1 Possíveis organizações de apoio
Alguns objetivos que levam à cooperação não necessariamente são objetivos financeiros. O governo local geralmente persegue a capacitação tecnológica em determinadas áreas, a geração de empresas e de postos de trabalho e uma melhoria da imagem da cidade; as instituições
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