A Ecologia Vegetal

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Coleta de material botânico: Nativas devem ter flor e fruto. Samambaia tem soros (só assim é possível identificar), Xaxim (folha com soros e raiz, espinhos).

Processo do herbario

Compreender primeiramente o tipo e quantidade de material a ser coletado, bem como o acesso a coleta como no caso de floresta ou cidade, além do aceso ao material botânico em relação a arvores baixas ou altas. A coleta de sementes pode ser feita com uma lona de 5x5m em baixo dos galhos que devem ser sacudidos. A ficha de campo deve estar presente nas coletas e deve ser preenchida com as características do local. A numeração consta em relação ao nº do coletor.

O material coletado deve ir dentro de saco plástico, podendo ficar ate 24 horas sem tratamento ou pode ser feita a prensagem em campo que ao se borrifar álcool no momento da mesma, pode durar até 30 dias, porém a cor é perdida. Após isso devem seguir para o herbário que compõe a base de estudos científicos onde é feita a catalogação, estudo da espécie da flora de uma região.

Algumas plantas já devem ser prensadas no campo, pois são muito sensíveis.

Borrifar álcool quando não souber quanto tempo ficará em campo, mas deve evitar pois deixa a planta preta e quebrada.

Termos utilizados

Espécime: Qualquer amostra da planta, até mesmo madeira.

Duplicata: Cada exemplar da sp. Que leva o mesmo numero. (feito normalmente para empréstimo)

Unicata: Exemplar escolhido entre as duplicatas para compor a exsicata que fica no herbário, se o material tiver qualidade, não devendo sair do herbário nunca.

Exsicata: Amostra seca, fixada em cartolina que compõe a planta montada.

Quando se tem material excedente, ocorre permutação entre herbários, isto é, troca de espécimes.

Organização do herbário:

O espaço de beneficiamento compõe a estufa (onde ocorre a secagem com lâmpadas de 100W) e o freezer (onde ocorre o choque térmico) . No processo do choque térmico, ao colocar no freezer as prensas não acompanham. Em seguida o material com a ficha de campo, deve ser identificado mais precisamente. É de extrema importância que material úmido não entre no herbário, devendo ser beneficiado antes de chegar ao mesmo. Após o processo de identificação o material segue para uma caixa (a prova de fogo) e para as estantes.

A secagem pode ser feita naturalmente por meio do sol, porém necessita da troca e viragem do jornal constante enquanto que a artificial é feita com lâmpadas incandescentes de 100W por 24 horas a 72 horas.

No herbário esta presente o livro tombo onde se anota todo o material que entra para a coleção junto com o numero do herbário.

No herbário apresenta uma montagem de conservação com desumidificadores que baixam a umidade de 40 a 50 % para diminuição do metabolismo de possíveis insetos que entrem no herbário. Além disso, ocorre aplicação de inseticidas com spray a cada 3 ou 6 meses, bem como a dedetização a cada dois anos. Outro fator é a redução de temperatura para diminuir a possibilidade de insetos. Desumidificador é o ar-condicionado, além de insetos, combate qualquer organismo vivo que possa prejudicar as plantas.

As prensas apresentam um modelo padrão com duas tiras de borracha entre duas ripas.

A prensagem corresponde a duas folhas de jornais (com o tamanho correspondente a prensa) em cima e embaixo, no meio coloca a planta.

Arboretos e parques fenológicos : A coleta em parques ocorre em floresta natural com caminhos que devem abranger o maior numero de espécies, enquanto que arboretos são construídos artificialmente (plantados) com linhas e colunas de plantio com 1 ou mais espécies arbóreas, sendo no mínimo 50 arvores por espécie.

Levantamento dendrológico: Identificação de espécies, croquis de localização(GPS), descrição dendrológica (descrição da planta) e chaves de identificação em campo.

Processo de armazenamento: Após o tratamento. A excicata é costurada com o nº do patrimônio. Alguns exemplos de métodos com diferentes plantas:

- No caso de plantas muito grandes e moles, é feita uma dobradura em “N” como as samambaias.

- Cactos devem conter espinhos e flores e devem ser mergulhados em álcool (para a retirada do excesso de água). Deve-se lembrar que flor não pode ser mergulhada em álcool.

- No caso de orquídeas, o pseud. bulbo deve ser mergulhado, mas a flor não.

- Palmeiras são divididas em sub-amostras (ápice, meio, base) em uma folha para fazer uma amostra. Se tiver espata floral (protege o desenvolvimento da planta e ainda ajuda a polinização) e indumento (pelos) melhor, sendo adicionado a amostra.

Fitogeografia do Paraná

O paraná é composto de 83% de floresta e 14% de campos. Atualmente se tem de 3 a 5 % de vegetação original.

A mais bem conservada compõe a floresta Atlântica com 85% ou floresta ombrófila mista (copas se entrelaçam - amiga da umidade). Não existe nenhuma unidade de conversação representativa para ambas.

É composto também por floresta com Araucária ou floresta ombrófila mista (mistura de flora).São encontrados três gêneros principais nesse tipo de floresta: Drymis (cataia), Araucária (Pinheiro do Paraná), Podocarpos (pinheiro bravo).

O que restou de floresta estacional semi-decidual ( perde de 20 a 50% de folhas parcialmente, estações bem definidas), se encontra no parque nacional do Iguaçu e na reserva biológica das Perobas.

Causas da extinção da flora paranaense

- Agricultura

- Pastoreio: Búfalos no litoral e gado que fazem pastoreio seletivo.

- Empreendimentos hidrelétricos

- Extração de madeira

- Exploração de plantas medicinais: Barbatimão, Ipê-roxo, espinheira santa

- Extração para fins alimentícios: Palmito ( bom para RAD)

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