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Ciência que estuda a morfologia, ecologia, genética e bioquímica das bactérias

Por:   •  28/11/2017  •  1.880 Palavras (8 Páginas)  •  457 Visualizações

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A ligação entre os açúcares (glicanos) que compõem o peptidoglicano podem ser rompidos pela ação de enzimas levando a bactéria à morte. Temos então a lisozima que é uma enzima vulgarmente conhecida como o antibiótico natural do organismo, uma vez que destrói bactérias. Encontra-se em abundância em secreções, como as lágrimas, a saliva e a mucosa nasal, bem como em grânulos citoplasmáticos de granulócitos neutrófilos e ainda na clara do ovo (sendo esta muito útil a nível industrial, nomeadamente no controle de bactérias lácteas no vinho). Foi descoberta acidentalmente, em 1922, por Alexander Fleming que, estando constipado, deixou cair algumas gotas de muco nasal numa cultura de bactérias, verificando depois que alguma substância presente no muco as tinha matado. Esta enzima é antibacteriana, uma vez que degrada os polissacarídeos que se encontram nas paredes celulares de muitas bactérias (não tem, no entanto, efeito nas bactérias GRAM negativas). Ela desempenha este papel catalisando a inserção das moléculas de água em determinados pontos das cadeias polissacarídeas das bactérias, mais concretamente nos locais onde os dois amino-açúcares que compõem as cadeias (N-acetilglucosamina e ácido N-acetilmurámico) se ligam. Pertence, portanto, à classe funcional enzimática das hidrolases. Uma deficiência em lisozima pode ser causada pelo gene LYZ, do cromossoma 12, e pode estar associada a um aumento da tendência das infecções.

[pic 2]

Parede Celular das Bactérias Gram Positivas:

Aproximadamente 40% a 90% do peso seco da parede celular destas bactérias são formadas de peptidoglicano envolvendo toda a célula.

Muitas bactérias Gram positivas (estafilococos, estreptococos) possuem na parede celular os chamados ácidos teicóicos. Estes ácidos podem estar ligados ao peptidoglicano ou a lipídios da membrana citoplasmática. Neste ultimo caso, são chamados de ácidos lipoteicóicosatravessam a parede celular e podem ser detectados como antígenos na superfície da célula bacteriana.

Parede Celular das Bactérias Gram Negativas:

Aproximadamente 10% do peso seco da parede celular das bactérias Gram negativas é formado de peptidoglicano.

A membrana externa é formada por dupla camada lipoproteica. Os lipopolissacarídeos (LPS), conhecidos como endotoxinas, são localizados na membrana externa. Eles são compostos por um lipídio (lipídio A) que é responsável pelo efeito tóxico ligados a cadeias polissacarídicas. O polissacarídeo constitui o antígeno somático (antígeno O) das bactérias Gram negativas .

“Flagelos”

São estruturas protéicas, longas e delgadas que se projetam externamente a parede celular. O numero e a disposição dos flagelos, na bactéria, são utilizados para classificá-las:

a) Bactérias com um único flagelo polar: monotríquias;

b) Bactérias com inúmeros flagelos distribuídos nas extremidades: peritríquias;

c) Bactérias com um tufo” de flagelos nas extremidades: lofotríquias.

O flagelo é responsável pela motilidade (locomoção) da bactéria.

“Fimbrias”

Fimbrias ou pili são estruturas protéicas, curtas e finas, presentes na superfície de muitas bactérias Gram negativas. As fimbrias estão relacionadas com a aderência bacteriana à superfícies. Ex: CFA I e CFA II em Escherichia coli (CFA = Fator de Colonização).

Outro tipo de fimbria é a fimbria sexual que é necessária para que a bactéria possa transferir material genético no processo denominado conjugação.

“Capsula”

Muitas bactérias possuem uma camada polissacarídica ou protéica localizada externamente à parede celular. A cápsula está relacionada com a virulência bacteriana conferindo resistência bacteriana à fagocitose, fazendo com que as bactérias capsuladas sejam mais virulentas que as não capsuladas.

“Glicocálice”

É uma malha frouxa de fibrilas que se estende para fora a partir da célula.

Função: O glicocálice desempenha um papel importante na aderência das bactérias às superfícies no seu meio ambiente incluindo células de hospedeiros vegetais e animais.

Ex: Streptococcus mutans (aderência a dentina = cárie)

Morfologia bacteriana

Tamanho:

As células bacterianas na sua maioria apresentam o diâmetro variando entre 0,2 a 1,5µm e o comprimento entre 1-6µm.

Forma:

Quanto a forma as bactérias podem apresentar 3 grupos básicos:

a) Cocos: são células esféricas. Ex: Streptococcus spp

b) Bacilos: são células cilíndricas, em forma de bastonetes. Ex:Escherichia coli

c) Espirilos: são células espiraladas. Ex: Treponema pallidum

Arranjo:

Muitas bactérias podem ser classificadas ainda quanto ao arranjo que podem apresentar, isto é, a disposição das células entre si.

Tipos de grupamento:

1- Cocos agrupados aos pares recebem o nome de diplococos.

2- Quando o agrupamento constitui uma cadeia de cocos, estes são chamados de estreptococos (grupamento em cadeia). Ex: Streptococcus pyogenes.

3- Cocos em grupos irregulares, lembrando um cacho de uva, recebem a designação de estafilococos. Ex: Staphylococcus aureus.

Nutrição e crescimento bacteriano

O termo crescimento quando aplicado às bactérias, refere-se ao aumento de indivíduos presentes na população. A divisão da bactéria acontece depois que ela aumenta a massa celular, pela síntese de proteínas, polissacarídeos etc. E isto só acontece se a bactéria tiver acesso a nutrientes. O conhecimento das necessidades nutricionais das bactérias importante para o seu

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