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Segregação Social como Variável Dependente de Seu Contexto Histórico

Por:   •  3/4/2018  •  2.623 Palavras (11 Páginas)  •  360 Visualizações

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Esse fenômeno ocorre em locais onde há uma grande diferença de renda entre os grupos, uns possuem todas as condições de moradia e serviços, e outros não.

Há críticas a muitos governos devido a segregação, uma vez que os próprios geralmente priorizam os investimentos e melhorias em áreas onde concentra-se a população com maior renda, aumentando assim a segregação, e ignorando as partes mais pobres da cidade. Os condomínios fechados são um grande exemplo de segregação urbana, uma vez que as pessoas buscam por segurança e tranquilidade, fazendo com que elas migrem para determinadas áreas da cidade.

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A cidade como variável dependente

É um modo de analisar a cidade tomando conhecimento de fatores que de alguma forma contribuíram para sua composição a transformando e moldando ao longo da historia. São fatos que explicam o por que de certas características de um ambiente e das pessoas que nele vivem .

Ao ter conhecimento desses fatores é possível compreender o quanto a historia contribuiu para que as coisas chegassem onde estão hoje ,para facilitar esse estudo são utilizados pontos chaves que guiam e auxiliam no entendimento e formulação do estudo , por exemplo o sistema econômico , político e social de uma sociedade explica muito ao seu respeito .

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Historia da cidade de Belo Horizonte

A cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, tem história recente, num Estado de antigas tradições. Foi fundada em 12 de dezembro de 1897, 152 anos depois da criação da primeira cidade mineira, Mariana, em 1745. Sua localização está na região Sudeste do Brasil, formada ainda pelos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

A região de Belo Horizonte começou a ser povoada em 1701, pelo bandeirante João Leite Ortiz. Em suas terras, nasceu o arraial de Curral del-Rei, em 1707, nome que iria perdurar até a fundação da nova cidade. Belo Horizonte surgiu após a disputa pela transferência da capital de Minas Gerais. O movimento para a mudança começou após a proclamação da República, em 1889. Ouro Preto, então sede do Estado desde 1721, ainda com o nome de Vila Rica, já não apresentava condições de suportar o crescimento econômico e populacional que o novo cenário republicano despertava.

A escolha aconteceu em 1893, com a promulgação da lei que determinava a mudança da capital pelo então presidente de Minas Gerais, Afonso Pena (1892-1894). Quatro anos depois, deu-se a inauguração da nova sede do Estado.

A cidade foi construída de forma planejada, inspirada nos modelos urbanos de Paris e Washington. A concepção urbanística coube ao engenheiro paraense Aarão Reis. De traçado geométrico, com ruas em formato quadriculado e avenidas no sentido diagonal, Belo Horizonte concentrou os edifícios públicos, estabelecimentos comerciais e as principais obras de infraestrutura no limite da Avenida do Contorno, que circula toda a área central - ainda hoje referência para a cidade.

A capital é emoldurada pela serra do Curral e apresenta diversas atrações em sua paisagem urbana, com destaque para o Conjunto Arquitetônico da Pampulha e da praça da Liberdade. A Pampulha foi erguida entre 1942 e 1943, durante a administração de Juscelino Kubitschek (1902-1976) na prefeitura. Uma de suas quatro construções, a igreja de São Francisco de Assis é o cartão postal de Belo Horizonte e um dos principais trabalhos do arquiteto Oscar Niemeyer, que se tornou mundialmente conhecido pela construção de Brasília. Já o conjunto da praça da Liberdade, onde está localizado o Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, data da época da fundação da capital, entre 1895 e 1897.

A cidade possui bairros com forte vocação para diversos tipos de comércio - do popular ao de alto luxo - e vida noturna intensa, que lhe deu o título informal de "a capital dos barzinhos", pela quantidade de estabelecimentos espalhados pelos bairros. Outras atrações são o estádio Mineirão, o Museu Histórico Abílio Barreto, os parques Municipal e das Mangabeiras, o Palácio das Artes e a praça do Papa, de onde se tem uma excelente vista panorâmica.

Belo Horizonte tem 2,4 milhões de habitantes, segundo as estimativas de 2006. É a quarta capital mais populosa do Brasil, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. A Região Metropolitana de Belo Horizonte possui 33 municípios e 4,5 milhões de habitantes. A temperatura é amena, com médias de 22º C. Principais distâncias: São Paulo (586 km), Rio de Janeiro (435 km) e Brasília (740 km).

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O problema das favelas em Belo Horizonte

Esse problema retorna a fase de construção da cidade. Criada para ser o centro político e administrativo do estado de minas Gerais, em 1895,dois anos, antes de ser inaugurada, já contava com duas áreas de invasão com aproximadamente, 3.000 pessoas.

As invasões foram consequência da inexistência na Planta Geral da cidade, de um lugar definido para alojar os trabalhadores encarregados de construí-la. O projeto se tratava de Uma cidade Capital destinada ao aparato administrativo do governo e voltada para uma população especifica - o funcionalismo publico. A existência do trabalhador da construção civil era vista como temporário o que talvez explique o fato do projeto não contemplar um local para alojar essas pessoas. Inicialmente o poder público não se importou com o problema nessa perspectiva não impediu que as invasões ocorressem, como até mesmo estimulou-as, especialmente em áreas próximas aos canteiros de obras. Entretanto a medida que o projeto da nova Capital tornava-se uma realidade, a Prefeitura municipal começa a regulamentar a situação das invasões, incomodada com a presença da população pobre na parte nobre da cidade. Nesse sentido, em I902, designou um 1oca1 para moradia do trabalhador - a Área Operaria promove a primeira remoção de favelas. No entanto, o afluxo constante da população e a incapacidade da área operaria em abrigar a todos levaram a continuidade do processo de invasão em novas áreas.

Dentro do caráter segregacionista e elitista imposto ao processo de ocupação do solo, a presença da população pobre na parte central da cidade passa a ser considerada indesejável, tornando-se cada vez mais claro o lugar que cabia as pessoas na nova Capital: as elites no centro, e a população pobre e trabalhadora - a periferia, ,que foi sendo ocupada desordenadamente.Nesse sentido, a área inicialmente

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