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Piso Auto Nivelante A Argamassa Autonivelante

Por:   •  16/5/2018  •  4.599 Palavras (19 Páginas)  •  347 Visualizações

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aderência do revestimento ao piso;

• capacidade de absorver deformações, não ocorrendo fissuras durante a execução e utilização; e

• durabilidade.

Encarado como uma atividade secundária, não é contemplado com um projeto específico, sendo executado por operários que, na maioria das vezes, não possuem conhecimento técnico suficiente para analisar as variáveis que influenciam diretamente no processo de produção e execução do contrapiso (BARROS; SABBATINI, 1991).

Segundo Barros; Sabbatini (1991), os resultados que se obtém a partir de procedimentos sem um método padronizado e adequado causam grandes problemas como:

• custo elevado pela má escolha no tipo de material utilizado e formulações adequadas;

• espessuras variáveis do contrapiso;

• falta de qualidade no produto final;

• falta de padronização na confecção do contrapiso.

2.1. MATERIAIS UTILIZADOS

Segundo a NBR 13281 (2001), "argamassa é a mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria (argamassa industrializada)".

Segundo Martins (2009), entende-se por argamassa autonivelante, uma argamassa capaz de preencher os espaços vazios e se auto-adensar apenas sobre o efeito da gravidade e de sua própria capacidade de fluxo, sendo caracterizada pela grande capacidade de fluir e se adensar, sem segregar. A argamassa autonivelante provém da argamassa auto-adensável, só que obrigatoriamente na horizontal.

Na composição da argamassa autonivelante tem-se cimento, areia, água e aditivos. A relação entre a quantidade de aglutinante e a quantidade de material inerte é denominada traço ou dosagem. O traço é variável, conforme o destino da edificação em que se aplica.

2.1.1. CIMENTO PORTLAND

O Cimento Portland é definido como um material pulverulento, aglomerante hidráulico, composto por silicatos de cálcio e aluminatos de cálcio que em contato com a água hidrata-se e depois de endurecido não se decompõe, nem com nova presença de água (MEHTA; MONTEIRO, 2008).

Na confecção da pasta auto-nivelante não existe um cimento específico a ser utilizado. O cimento Portland por ser facilmente produzido e comercializado no Brasil, geralmente é o mais empregado.

2.1.2 ÁGUA

Segundo Cardão (1988) a água a utilizar em dada argamassa deve ser potável. Não deve conter mais de 2% de argila. Uma parte da água necessária à argamassa pode ser fornecida pela areia, porque raramente encontra-se seca. A proporção da água deve ser cuidadosamente observada para que a argamassa não fique lavada e não tenha sua resistência diminuída pela grande quantidade de poros.

2.1.3 AGREGADOS

Os agregados podem ser utilizados em diversos campos da construção civil. Na argamassa autonivelante é utilizado o agregado miúdo. Segundo Campos (2007), os agregados são usados tanto por razões técnicas como econômicas. Suas funções podem ser assim resumidas:

• contribuir com grãos capazes de resistir aos esforços solicitantes, ao desgaste e à ação de intempéries;

• reduzir as variações de volumes provenientes de causas várias; e

• reduzir o custo da argamassa.

Ainda segundo Campos (2007), ao exercer adequadamente suas funções, os agregados devem apresentar:

• uma distribuição granulométrica tal que permita uma boa compacidade, pela obtenção de uma pasta com menor índice de vazios possíveis, propiciando economia de cimento e água, sem prejudicar uma eficiente ligação entre as partículas;

• forma das partículas a mais equidimensional possível, para permitir boa trabalhabilidade, boa compacidade e resistência da argamassa a esforços solicitantes; e

• ausência de impurezas que possam empobrecer a qualidade da argamassa e interferir no seu desempenho posterior.

2.1.4. ADITIVOS

Há a necessidade de introduzir nas Normas Brasileiras métodos padronizados de ensaios para determinação e aferição das ações dos aditivos e seus efeitos desejáveis ou inconvenientes.

Pode-se definir como aditivo todo produto não indispensável à composição e finalidade do concreto, que colocado na betoneira imediatamente antes ou durante a mistura, em quantidades geralmente pequenas e bem homogeneizadas, faz aparecer ou reforçar certas características (BAUER, 1995).

Também se tem o Método de dosagem do American Concrete Association (ACI) que se baseia numa série de observações referentes ao projeto, ao tipo de execução e às características dos materiais disponíveis.

De acordo com o ACI 212.3R (1996), os aditivos são produtos químicos utilizados em argamassas e concretos com a finalidade de modificar suas propriedades no estado fresco e/ou endurecido, tornando-os mais adequado em termos de trabalho, manuseio, custo, entre outros (MELO, 2005).

O comportamento dos aditivos se deve a inúmeras variáveis, como sua natureza e quantidade empregada, composição e superfície específica do cimento, natureza e proporcionalidade dos agregados, compatibilidade entre materiais e adições, relação água/cimento, condições de cura, entre diversos outros (MAILVAGANAM, 1999).

Um dos aditivos que pode ser utilizado na dosagem da argamassa autonivelante é o superplastificante. A finalidade dos aditivos superplastificantes está descrita abaixo (COLLEPARDI et al., 1999; DE LARRARD, 1999; TATTERSALL, 1991):

• redução do consumo de água para uma mesma consistência, consequentemente aumentando a resistência e a durabilidade de concretos e argamassas;

• aumento da fluidez da mistura sem modificar a quantidade de água; e

• redução no consumo de cimento, mantendo a consistência e a resistência à compressão com o objetivo de reduzir custos e ainda reduzir a retração, fluência e tensões térmicas.

Na confecção da argamassa autonivelante, outro aditivo de grande importância é o modificador de viscosidade - viscosity modify admixture (VMA), pois ele pode ser

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