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Base de Torre Eólica

Por:   •  23/3/2018  •  2.116 Palavras (9 Páginas)  •  253 Visualizações

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Com recente ingresso no setor, o Brasil já tem conquistado destaque no ranking de energia eólica produzida ao redor do mundo. Atualmente, ocupamos a décima posição no ranking dos maiores produtores de energia eólica e a previsão é de ultrapassarmos a Itália e chegarmos à nona colocação ainda este ano. A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) prevê que, até 2020, o Brasil figure entre os cinco maiores produtores, que hoje são China, EUA, Alemanha, Índia e Espanha. Além do Brasil e da Itália, o ranking de energia eólica também é composto por Rússia, Canadá e França. Os investimentos em energia eólica no Brasil nos últimos dois anos chegam à casa dos R$ 30 milhões e 81 mil postos de trabalho foram criados na área desde então. São 8,72 GW de capacidade instalada e distribuída em 349 usinas, a maioria na região Nordeste. (CERNE, 2015, s/p)

No presente trabalho buscou-se fazer um panorama da energia eólica no Brasil e no Rio Grande do Norte, demostrando os principais tipos de fundações de torres de eólica utilizadas no Rio Grande do Norte.

2 A ENERGIA EÓLICA

A energia eólica é aproveitada pela movimentação do ar, na forma de vento, abundante fonte de energia, renovável, limpa e disponível em todo o mundo. E conforme Martins et al (2008 apud, GASCH E J. TWELE, 2002), a evolução da tecnologia da energia eólica é analisada em detalhes a partir de 1700 a.C. até os atuais mega aerogeradores que geram energia elétrica.

A energia dos ventos já era utilizada há milhares de anos para bombeamento de água, moagem de grãos e aplicações que envolviam energia mecânica. O primeiro registro histórico da utilização da energia eólica para moer grãos e bombear água por meio de cata-ventos, é originário da Pérsia, 200 a.C. (DUTRA, 2003).

O contato da Europa com os cata-ventos ocorreu, especificamente, no retorno das Cruzadas, há 900 anos. Os cata-ventos foram largamente utilizados na Europa, principalmente na Inglaterra, França e Holanda.

Os moinhos de vento foram disseminados na Europa, por volta do Século XI, durante as Cruzadas. Largamente utilizados na Holanda, para a drenagem de terras alagadas, na criação de áreas de plantio, sua utilização teve um declínio no Século XIX, quando da Revolução Industrial, em que foram substituídos por máquinas movidas a vapor. (JUNIOR, 2009, s/p)

As primeiras tentativas para a geração de energia elétrica, feitas com o uso da energia eólica datam no final do século XIX, em 1998 por Charles F. Brush, um industrial pioneiro do segmento de eletrificação, que deu início à adaptação dos cata-ventos existentes para a geração de energia elétrica na cidade americana de Cleveland, Ohio. A primeira turbina eólica para geração de eletricidade tinha capacidade de 12 kW e visava alimentar sua mansão de energia elétrica (FAVRE, 1998)

Há cerca de 150 anos estudos científicos vêm sendo desenvolvidos para a conversão da energia cinética dos ventos em energia elétrica, sendo que atualmente a energia eólica afirma-se cada vez mais como a fonte de energia renovável, onde na busca pela ampliação da oferta de energia “limpa” e transição para uma economia de baixo carbono, a energia eólica confirma-se como uma fonte crescente de aproveitamento energético no mundo, apresentando incremento de cerca de 230% nos cinco últimos anos (GWEC, 2011).

A energia eólica tem origem na energia solar. É um tipo de energia renovável que tem como fonte o vento, resultante do deslocamento de massas de ar, originado pelos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e influenciadas por efeitos naturais como continentalidade, maritimidade, latitude, altitude, e a rugosidade do solo, entre outros. As formas de aproveitamento dessa energia estão associadas à conversão da mesma em energia mecânica e elétrica.

(GEMUC/FEAM, 2013, s/p)

As projeções para o futuro da energia eólica são otimistas, apontando um caminho positivo no uso dessa fonte alternativa de energia, tendo em vista que as tecnologias setoriais vêm demonstrando um desenvolvimento potencial, permitindo a redução dos custos. Novos modelos de aerogeradores surgem a cada dia com potências cada vez maiores.

2.1 ATUAL MERCADO DE TRABALHO

Segundo Terciote (2001), no decorrer das últimas décadas o mercado vem apresentando notório crescimento em níveis eólicos, sendo evidente a queda constante de preços nos custos para a produção de aerogeradores, tornando assim, a energia eólica altamente competitiva frente às outras fontes de geração inclusive as renováveis, tanto em consequência da evolução tecnológica como das próprias configurações operacionais inseridas à energia eólica e não apenas a problemática dos fatores de produção.

Como sabemos, o Brasil foi o país pioneiro na América Latina a instalar um aerogerador, no início da década de 1990. Porém durante os dez anos seguintes, pouco se avançou na consolidação da energia eólica como alternativa de geração de energia elétrica no país, por motivos em parte da falta de políticas, mas especialmente pelo alto custo da tecnologia.

O Brasil possui uma das matrizes elétricas mais renováveis no mundo. No início do segundo trimestre de 2012, a capacidade de geração de energia de fontes renováveis correspondia a 79,3%, sendo mais de 70% devido a hidrelétricas. Em 2011 as usinas hidrelétricas contabilizaram mais de 90% da geração de eletricidade no país, além da importação de eletricidade de usinas binacionais ou de países vizinhos. No Brasil, o incentivo às energias renováveis relaciona-se com a busca pela diversificação da matriz elétrica, segurança no fornecimento de energia, incentivo ao desenvolvimento de novas indústrias e à geração de empregos. (MOANA, PACCA, 2013, s/p)

No ano de 2002, a demanda nacional por energia elétrica aumentou, o que levou o Governo Federal, através da Lei nº 10438/2 a criar o PROINFA (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia), inserido dentro de um contexto da política Nacional de Energia Elétrica.

O Proinfa, instituído em 2002, foi o principal motor para impulsionar o desenvolvimento do mercado eólico no Brasil. Como a primeira política pública efetiva voltada ao setor, proporcionou um ambiente com poucos riscos para o investimento em uma tecnologia ainda pouco conhecida no país. O programa mostrou que a energia eólica é viável tecnicamente, e serviu como ganho de experiência para as diversas atividades que envolvem esse setor. Os

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