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Aproveitamento energético do biogás em aterro sanitário

Por:   •  8/11/2018  •  2.316 Palavras (10 Páginas)  •  295 Visualizações

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3.2 Aterro

O aterro sanitário de resíduos urbanos é uma técnica com intuito de receber e armazenar resíduos sólidos e semissólidos no solo de modo a colaborar com a limpeza da região urbana em sua proximidade.

A definição do aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos, visto pela NBR 8419/1992, é dita como: “Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário.”

Citação direta com mais de três linhas deve ter o recuo.

O funcionamento do aterro sanitário é dividido em três setores, sendo eles o setor em preparação, execução e setor concluído. Cada funcionamento é de fundamental importância para se minimizar ao máximo o impacto ambiental e evitar riscos à saúde pública.

No setor em preparação, o solo recebe uma camada de impermeabilizante para evitar a contaminação de lençol freático e da parte inferior de solo do aterro. Neste setor é aplicado também um dreno de chorume, que o direciona para uma estação de tratamento. O chorume é um líquido originado da decomposição por fungos e bactérias de resíduos orgânicos, presente em grande quantidade nos resíduos sólidos urbanos.

O setor em execução é a região ativa de trabalho, onde acontece a compactação e disposição entre camadas de terra dos resíduos que chegam ao aterro sanitário.

Quando uma jornada de trabalho chega ao fim, a região que foi concluída passa a ser chamada de setor concluído. Na parte superior deste setor uma camada de terra e grama recobre toda esta região do aterro para evitar a poluição visual.

Quem disse isso?

3.4 Biogás

Tem por definição uma mistura gasosa, constituída principalmente de dióxido de carbono (CO2) e o gás metano (CH4) (VANZIN et al, 2009) (Figura 1) e para LIANGCHENG et al. (2014) é considerado uma fonte renovável de metano e tem potencial para alcançar uma produção sustentável de energia.

[pic 3]

Figura 1: Composição de Biogás

Fonte: Bley, 2015, p. 144.

O biogás segundo BLEY (2015) tinha um conceito confuso, soterrado sob vários títulos: biomassa residual, biocombustível gasoso, agroenergia, subproduto da biodigestão e tantos outros, ao eliminar essas nomenclaturas confusas e díspares, o biogás pode ser identificado como um produto energético.

3.4.1 Geração do Biogás

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (s.d.) a temperatura, composição dos resíduos dispostos, tamanho das partículas, umidade, pH, Idade dos resíduos, projeto do aterro e sua operação são fatores que podem influenciar na geração e composição do biogás.

O biogás é gerado através dos RUS´s (Resíduo Sólido Urbano) descartados em aterros sanitários que são decompostos, por meio de dois processos. O primeiro, aeróbio, acontece no período de decomposição do lixo no solo, ocorrendo a redução de oxigênio e assim formando a fase anaeróbia, o segundo processo, onde a ação dos microrganismos transformam a matéria orgânica no biogás. (MONTAGNA, 2013). Contudo, esse gás gerado não é apenas um subproduto da biodigestão de resíduos, trata-se de um produto energético em si, que pode ser aproveitado para a geração de energia (BLEY, 2015).

3.4.2 Aproveitamento energético

O biogás produzido na degradação da matéria orgânica é um problema ambiental, pois o metano, que é seu principal componente possui a capacidade de reter calor, colaborando assim para o efeito estufa. Então, é desejável que o biogás não seja lançado diretamente na atmosfera, no entanto, seria muito interessante queimar o biogás de forma controlada, para aproveitar a energia liberada no processo de combustão, para transformá-la em energia elétrica ou mecânica. (SILVA; SOEIRO, 2013).

Segundo o mesmo autor, até pouco tempo, o apelo ambiental era o único argumento utilizado para incentivar a busca por fontes renováveis de energia, com a crise da energia elétrica e o plano de racionamento de 2001, chamou-se a atenção para a necessidade de diversificar as fontes de energia, voltando-se assim, para o biogás, que é uma fonte de energia pouco valorizada até por quem o produz. O aproveitamento energético do biogás para a geração de energia elétrica, destaca-se quanto a procura por energias renováveis (MONTAGNA, 2013).

3.6 Rentabilização

3.6.1 Cap and trade

O Cap and Trade é um sistema que tem o objetivo de reduzir a poluição (Rathmann, 2010). O foco é reduzir gases que se espalham para a atmosfera, como dióxido de carbono ou enxofre, ao contrário de toxinas como mercúrio que permanece onde foi emitido.

Conforme publicado no Fundo de Defesa Ambiental (Environmental Defense Fundo, EDF, s.d), o sistema Cap and Trade tem os seguintes significados:

O “Cap” é o limite das emissões de gases, por exemplo, o dióxido de carbono e os poluentes que impulsionam o aquecimento global, que são os principais alvos para esse limite de emissão, caso excedido as empresas pagam multas, o que se torna mais rigoroso a longo prazo. O limite é projetado para diminuir a cada ano.

O “Trade” é o comércio, as empresas compram e vendem as licenças, que permitem emitir uma porcentagem de gases, gerando um grande incentivo para as empresas pois ganham dinheiro evitando tais emissões. A empresa pode vender qualquer subsídio não utilizado aos outros produtores, ou seja, a empresa que emitir menos do que foi exigido, pode vender o que sobrou para outros que não conseguiram, passando da cota.

[pic 4]

Figura 2: Esquema do Cap and Trade

Fonte: 425Business, 2015.

OBS: NÃO ENTENDI COMO FAZER REFERENCIA DE FIGURA. COLOQUEI O LINK NAS REFERENCIAS.

O sistema pode ser constituído por várias formas, a principal,

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