PESQUISA SOBRE CIMENTAÇÃO E REVESTIMENTO
Por: Salezio.Francisco • 5/11/2018 • 1.874 Palavras (8 Páginas) • 316 Visualizações
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PERFIL DO POÇO EXIBINDO OS REVESTIMENTOS
[pic 1]
Fonte: THOMAS, 2001.
Após o assentamento da coluna de perfuração a mesma é cimentada por uma pasta de cimento que é bombeada, ocupando o espaço anular que fica entre as paredes do poço e o revestimento, fixando a tubulação e selando o espaço anular. Desta forma evita-se o fluxo de fluidos das formações pelas paredes do poço, fechando a área (MIRANDA, 2008).
Figura 2:
ESQUEMA TÍPICO DE REVESTIMENTOS EM POÇOS VERTICAIS E DIRECIONAIS.[pic 2]
Fonte: (ROCHA,2008)
A figura 2 apresenta um esquema típico de poço vertical e direcional de desenvolvimento. Como se observa ambos tem o mesmo seguimento de posicionamento dos revestimentos, a diferença é que nos poços direcionais a descida do revestimento apresente mais dificuldade pelo fato do maior arraste com as paredes do poço (THOMAS, 2004).
O dimensionamento da coluna de revestimento de poços direcionais segue o mesmo fundamentos utilizados nos cálculos para poços verticais. A diferença no dimensionamento é devido as cargas aplicadas aos poços direcionais, no que refere-se a flexão imposta pela curvatura do poço ao revestimento (THOMAS, 2001).
Observa-se na figura 2, os revestimentos condutor (30”) e de superfície (20”) que forra as formações acima do Kickoff point e são geralmente verticais. Os revestimentos intermediários (13 3/8”) cobrem o segmento de perda e ou de ganho de ângulo, permitindo visibilizar a estabilidade e a segurança do poço. O revestimento de produção (9 5/8”) é frequentemente assentado no topo do reservatório com a finalidade de produzir o fluido (THOMAS, 2004).
O projetista deve tomar cuidado com a curvatura da coluna de revestimento, para que não ganhe ângulos excessivos, que podem provocar um dobramento da coluna ocasionando falhas por cargas de tração e de compressão (THOMAZ, 2004).
- CIMENTAÇÃO DE POÇOS
Logo em seguida da descida da coluna de revestimento, frequentemente o espaço anular entre as paredes do poço e a tubulação de revestimento é ocupado com cimento com interesse de fixar a tubulação e que possa evitar que aconteça migração de fluidos entre as inúmeras zonas permeáveis atravessadas pelo o poço, que são localizada detrás do revestimento. A cimentação do espaço anular é basicamente feita por mediante do bombeio de pasta de cimento e água, que é o mesmo é deslocado pela própria tubulação de revestimento. Em seguida do endurecimento da pasta, o cimento carecerá de ficar fortemente aderido á superfície que está localizada a parte externa do revestimento e a parede do poço, nos intervalos que serão antecipadamente definidos (MIRANDA, 2008).
A cimentação além de realizar uma futura isolação para um poço que possa ser abandonado, também realiza um grande papel de impedir a entrada de fluidos e percas de circulação. O tipo do cimento que será usado para a execução do processo o mesmo deve ser bastante escolhido criteriosamente e estudado, com o propósito de atender as necessidades de cada poço, pois o uso indevido de deliberados tipos de cimento, quando submetidos a temperaturas e altas pressões, podem acarretar a aparição de trincar no qual podem estar submetidos a um kick, pondo em risco toda a operação e podendo acarretar a perda do poço, caso não tenha êxito no controle deste (NUNES, 2014).
3.1 TIPOS DE CIMENTAÇÃO
- Cimentação Primaria
Sendo a cimentação principal, onde a mesma é realizada após a descida de cada coluna de revestimento do poço. Para obter qual a qualidade da cimentação primaria usualmente é avaliada através de perfis acústicos onde são corridos por dentro do revestimento (ROCHA, 2010)
- Cimentação Secundaria
A cimentação secundaria dedicar-se as corrigir a cimentação primaria, se houver necessidade. Se caso exista alguma razão, que o topo do cimento não alcançou a altura que foi prevista no espaço anula, deverá ser realizada uma recimentação, com intuito de que aconteça uma circulação da pasta do cimento por trás do revestimento, realizado através de canhoneios (perfuração feitas no revestimento). Quando não obtido êxito na circulação da pasta, executa- se a compressão de cimento ou ‘sqeeze’, procurando corrigir tais defeitos localizados na cimentação primaria ou reparar vazamentos na coluna de revestimento (ROCHA, 2010)
- ACESSORIOS DE CIMENTAÇÃO
Existe vários acessórios que os mesmos são conectados ou afixados a coluna de revestimento, procurando garantir um melhor êxito da cimentação. Os principais acessórios são:
- Sapata
Localizada na extremidade da coluna, usada como guia para a penetração do revestimento no poço, podendo adequar a um mecanismo de vedação para que a pasta por ser mais pesada que o fluido de perfuração, retorne ao interior do revestimento após o deslocamento. Umas das sapatas mais comum é a sapata flutuante que a mesma tem o intuito que impede fluxo para o interior da coluna com auxílio de uma válvula. No tempo em que a descida do revestimento este é preenchido com fluido de perfuração, com um intuito de evitar um diferencial de pressões excessivos, que consiga colapsa a tubulação (THOMAS, 2001).
- Colar
Colocado 2 a 3 tubos logo acima da sapata, o colar é usado para preservar de tampões de cimentação, podendo receber mecanismo de vedação (diferenciado ou flutuante) (THOMAS, 2001).
- Tampões
O tampões tem sua estrutura de borrachas e ajudam na cimentação. Geralmente são lançados dois tampões, o de topo e o de fundo, com o propósito de evitar provável contaminação da pasta de cimento. A tarefa do tampão de fundo é limpar o interior do revestimento. O tampão do topo é rígido, sendo lançado logo depois da pasta para ser separada do fluido de perfuração assim ocorrendo o deslocamento. Ao finalizar todo o processo de bombeio do fluido de deslocamento, o tampão do topo é preso pelo o colar, analisando um aumento de pressão indica o final da operação (THOMAS, 2001).
- Colar de Estágio
Localizado em algum ponto pelo meio da coluna,
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