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Acompanhamento Fisico Financeiro de Obra

Por:   •  19/6/2018  •  2.530 Palavras (11 Páginas)  •  362 Visualizações

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de trabalho para uma finalidade comum. A metodologia adotada entre os setores deve ser a mesma, objetivando uma tomada de decisão assertiva com o menor custo e prazo.

O trabalho de acompanhamento de obras é fundamental, de forma a garantir e dar suporte para que o Orçamento e o Planejamento estabelecidos para cada contrato sejam cumpridos e sejam atingidas as metas físicas, econômicas, financeiras e de qualidade estipuladas pela direção das empresas. Planejar é garantir a perpetuidade da empresa por meio do monitoramento da evolução do empreendimento e do eventual redirecionamento estratégico.

2 METODOLOGIA

2.1. Plano de Contas

Goldman (2004) define o Plano de Contas como um sistema de organização essencial para um bom planejamento e controle. A construção de um modo geral é um complexo que deve ser caracterizado quanto aos seus insumos (materiais, mão de obra e equipamentos). Através do Plano de Contas obtém-se a sistemática do controle dos materiais por serviço e a integralização dos custos e materiais. Percebe-se então que todo o processo de planejamento e controle deve ter como base o plano de contas. O orçamento executado e as previsões financeiras também devem ser totalizados no sistema de contas de construção e desmembrados nos serviços do plano.

2.2. Avanço Físico

O avanço físico-econômico é a atividade mais importante para o controle da obra, a qual interfere diretamente nos estudos e análises para monitoramento do resultado e apuração de indicadores e índices de produtividade. Nesta avaliação, consta ainda uma análise comparativa do percentual físico encontrado em relação ao previsto no cronograma, enfocando adiantamento ou atraso. Com o preenchimento dos avanços físico previsto e real e da atualização do reajuste do INCC, obtém-se uma planilha com a evolução física prevista e real mensal e acumulada da obra, bem como uma curva de desembolso fornecida pelo avanço econômico. A análise comparativa da evolução da obra com o planejado torna-se possível.

2.3. Medições de Terceiros

Os serviços realizados por terceiros ou subempreiteiros devem ser tratados como medições, pois representam um comprometimento de custos que ainda não possuem nota fiscal, mas que já foram empregados em atividades da obra e, portanto, considerados para o avanço físico. Os serviços listados como medições devem ser classificados de acordo com o Plano de Contas, a fim de consolidar a informação com as demais que compõem o custo realizado.

2.4. Apropriação de Mão de Obra

As apropriações de mão de obra são feitas para direcionar cada custo discriminado na folha de pagamento do setor Recursos Humanos por item de serviços do Plano de Contas. Com a apropriação é possível enxergar o gasto com mão de obra em cada tarefa executada e compará-lo com o custo previsto em orçamento.

2.5. Índice Econômico

A análise econômica da obra é feita através do índice econômico (IEC). Este índice é calculado pela razão entre o custo realizado e o orçamento realizado. O número do IEC representa o desvio da projeção de custo da obra: IEC < 1 indica economia e IEC > 1 indica estouro. Esta análise é feita para cada item do Plano de Contas e, de forma geral, é possível identificar qual o serviço que está impactando negativamente no resultado final da obra. O custo realizado pode ser obtido de acordo com as despesas acumuladas. No caso da construção civil, estas despesas são sintetizadas em cinco partes: Contas Pagas, Contas a Pagar, Medições, Estoque e Folha de Pagamento.

2.6. Histogramas

De acordo com Azevedo (1985), cabe ao setor de acompanhamento de obras codificar os apontamentos de mão de obra e equipamentos com base no Plano de Contas. O levantamento desses índices tem como finalidades o cálculo de novos orçamentos e revisões das estimativas de custo, a determinação do efetivo necessário para executar uma determinada frente de serviços num período de tempo determinado e controlar a construtora, comparando sua eficiência com índices preestabelecidos. Serão tratados no estudo os histogramas de mão de obra direta e indireta e histogramas de equipamentos.

2.8. Resultado

O resultado de uma obra, na visão do setor de acompanhamento, é obtido pela diferença entre o custo previsto pelo orçamento e o custo real do empreendimento. A importância da correta apropriação de serviços segundo o Plano de Contas aparece nesta etapa, pois permite a identificação dos resultados por macro serviços. Dessa forma, é possível analisar qual atividade necessita de melhoria.

3 ESTUDO DE CASO

O estudo de caso abordará a nova sede da empresa Direcional Engenharia. Trata-se de uma edificação comercial situada no bairro Santa Efigênia na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. O mês analisado será o de Março de 2014, quando a obra apresenta 50,84% de avanço físico.

3.1. Orçamento

A orçamentação do empreendimento foi realizada pela própria empresa. Devido à revisões de projetos e novas contratações de empreiteiros, o orçamento da obra sofreu alterações, sendo a data base de sua última versão Julho de 2013. O valor total da obra foi estimado em R$27.148.103,41.

3.2. Planejamento

O planejamento do empreendimento foi realizado juntamente com o orçamento. A obra em questão teve seu início em Março de 2012 e foi prevista terminar em Dezembro de 2013. Devido à atrasos de início de obra, revisões constantes de projeto e contratações, a obra sofreu replanejamento, com seu fim previsto para Agosto de 2014.

3.3. Avanço Físico

O avanço físico da obra foi obtido através de auditorias em campo dos serviços executados. O avanço físico do mês de Março de 2014 correspondeu a 5,55%, dando um total de 50,84% do empreendimento acumulado. Segundo o replanejamento, a obra deveria ter executado um total de 7,70% no mês, acumulando 55,85% do total. Pode-se inferir que o empreendimento não desempenhou o resultado esperado, e como consequência apresenta 5,01% de desvio.

FIGURA 1: Comparação Previsto e Real Mensal

3.4. Medição de Terceiros

Os serviços realizados por terceiros geraram avanço físico no mês para a obra, porém o pagamento referente às atividades da empreiteira não foi

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