UTILIZAÇÃO E TRATAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS: APLICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO NA FACULDADE FEITEP
Por: Ednelso245 • 19/12/2018 • 1.618 Palavras (7 Páginas) • 356 Visualizações
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Contará com um sistema complexo de cisternas e caixas d’agua para alimentar os aparelhos sanitários e afazeres domésticos, filtros simples com malhas finas irão realizar a separação dos detritos provenientes do ambiente tais como poeira e folhas e ainda o cloro para desinfecção e medidas constantes de PH, para que atenda as condições mínimas para o uso.
1.4 OBJETIVOS.
1.4.1 OBJETIVO GERAL
Realizar um estudo para a criação de um sistema de coleta de precipitação no campus da faculdade, afim de reutilizar a água para fins não potáveis.
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, estão apontados os objetivos a serem atingidos com esta pesquisa:
- Realizar os cálculos e dimensionamento do sistema para a captação de águas das chuvas na estrutura física já existente;
- Desenvolver o sistema de filtragem;
- Distribuir a água tratada para seus devidos fins.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Robin Clarke e Janet King, pesquisadores norte-americanos, mapearam e projetaram o uso de recursos hídricos pela população mundial até o ano de 2050, onde grande parte da população mundial sofreria por conta da escassez de água. Seu estudo (CLARKE, KING 2006) compõe todo o tipo de uso da agua por parte da sociedade, dentre eles pode-se destacar o uso sanitário, o uso industrial e o uso para a irrigação. CLARKE e KING 2006 ressaltam que o volume de água presente no planeta é constante, no entanto, a população tende a aumentar em contrapartida o uso de água também. Com isso deve-se adotar medidas de reuso de recursos hídricos a fim de suprir as demandas populacionais. Em concordância com o quadro mundial exposto por CLARKE e KING 2006, está o Atlas Brasil, descrito pela Agência Nacional de Águas (ANA), expõe medidas de exploração dos mananciais, de tratamento de esgoto e reuso de águas.
Segundo MAY 2004 apud TOMAZ 2001, o Brasil detém 12% dos recursos hídricos mundiais, no entanto, estão mal distribuídos nas regiões Brasileiras.
Haja vista todas as demandas até aqui descrita deve-se promover uma mudança de hábitos diários por meio da educação ambiental, que conscientizem a sociedade como um todo com a finalidade de preservar os bens hídricos. Medidas de preservação trarão não só a preservação ambiental, mas também a melhor redistribuição dos recursos hídricos para o bem estar da população e do meio ambiente.
Nas regiões mais áridas do Brasil, por exemplo, para suprir a demanda hídrica, é implantado o sistema de cisternas para a captação e o armazenamento de água das chuvas (MEIRA et al 2005). No entanto, para compor este uso deve-se se atentar para o tipo de uso e o armazenamento, realizando tratamentos periódicos para garantir que a água armazenada esteja própria para o consumo humano (XAVIER 2010, apud KUSTER et al 2006; UNESCO 2008).
De fato que a captação e o armazenamento de águas da chuva já estão bem consolidados nas regiões norte e nordeste brasileiras. Entretanto, implantar este sistema em instalações domésticas e industriais nos demais estados proverá uma maior redistribuição e economia da água.
Atualmente no congresso brasileiro tramita o projeto de lei (PLC 109/2017) que obriga a instalação, em imóveis novos, dispositivos que facilitem a captação da agua da chuva, a retenção e a infiltração artificial de águas pluviais no solo (AGÊNCIA BRASÍLIA 2017). Este projeto abarca medidas que promovem a sustentabilidade na construção civil, viabilizando a análise dos impactos ambientais, o que é de suma importância para a sociedade.
Algumas organizações não governamentais brasileiras, ONG’s, já fornecem apoio a pessoas que desejam captar e armazenar água da chuva para uso doméstico (SOCIEDADE DO SOL e SEMPRE SUSTENTÁVEL 2013).
Além deste trabalho das Ong’s, as Instituições de Ensino Brasileiras devem ocupar o papel de multiplicadoras desta postura sustentável realizando a abertura de conhecimento para a comunidade acadêmica e externa. Desta forma insere-se a presente proposta de trabalho, unificando ideais sustentáveis, governamentais e sociais, para viabilização de um sistema de captação de aguas das chuvas para uso não potável na Faculdade de Engenharia e Inovação Técnico Profissional – FEITEP. Como a IES já está devidamente certificada quanto aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 2015), a presente proposta está totalmente inserida na agenda de objetivos prevista pelos próximos 15 anos pela Organização das Nações Unidas – ONU, a nível mundial.
O projeto abrangerá três frentes de trabalho: o uso da água armazenada pelas chuvas para os sanitários; a implementação de novos pontos de coleta de água para fins de limpeza; e a criação de uma mini estação de tratamento de água na IES para objeto de estudo dos alunos.
Inicialmente o projeto piloto norteará o uso da agua armazenada pela chuva para os vasos sanitários. Para este piloto, será realizado um estudo de consumo nos sanitários e as possíveis trocas hidráulicas que forneçam maior economia e maior conforto no uso. Este piloto irá compor a metodologia que será utilizada em todas as demais etapas do projeto, compondo as três etapas que serão validadas junto as normas vigentes (NBR 10844/89 e NBR 15527)
3 REFERÊNCIAS
AGÊNCIA BRASÍLIA. Disponível em: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2017/06/06/construcoes-em-lotes-com-mais-de-600-m%C2%B2-deverao-ter-sistema-de-captacao-de-aguas-pluviais/>. Acesso em: 02 de jul. de 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10844/89: Instalações Prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro, 1989.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15527: Água de chuva – Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos. Rio de Janeiro, 2007.
BOTELHO, M. H. C.; RIBEIRO, G. A. Instalações Prediais Utilizando Tubos de Plástico. 4ª ed. São Paulo: Edgar Blucher, 2014.
CLARKE, R.; KING, J. O Atlas da Água: O Mapeamento Completo do Recurso Mais Precioso do Planet. São Paulo: Publifolha, 2006.
ESTRATÉGIA
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