Cadeia de Custódia FSC

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O processo da certificação é realizado pelas certificadoras. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal não emite certificado. É responsabilidade das certificadoras avaliar operações de cadeia de custódia para conceder o uso do selo FSC nos produtos, e auditar as operações certificadas. Também cabe à certificadora precificar e cobrar por este serviço. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal não recebe nenhum subsídio ou repasse financeiro pelas certificações concedidas no país. (FSC, 2013)

4.1 CUSTOS

A certificação compreende custos financeiros, pois as operações florestais precisam se encaixar a algumas normas da certificação do FSC. Esses custos estão intrinsicamente relacionados à forma de gestão do empreendimento. Uma operação satisfatória, que segue os procedimentos legais, emprega técnicas de manejo apropriadas, entre outras ações que distinguem um bom gerenciamento, estará bem próxima de receber um certificado de origem, como é o selo do FSC. (FSC, 2017)

Ainda de acordo com o FSC (2017), quanto mais afastada a operação estiver em relação a tais aspectos, maiores serão os custos para se ajustar à uma certificação. Portanto, no FSC existem dois tipos de custos previstos: os custos relacionados ao processo de avaliação, licenciamento e monitoramento do uso do selo (custos diretos); e os custos relacionados às ações necessárias para atender as normas da certificação (custos indiretos).

- Custos diretos da certificação

• Os custos das auditorias de campo (pré-avaliação e avaliação completa), que mudam de acordo com a localização, acesso às unidades de manejo, perfil sócio-econômico da operação florestal etc;

• Custos do monitoramento anual;

• Taxa anual de certificação, que varia de acordo com o tamanho da unidade produtiva. (FSC, 2017)

- Custos indiretos da certificação

• Podem ocorrem gastos com a separação dos produtos certificados dos não-certificados, como também de capacitação de mão de obra da unidade de processamento para se adaptar às normas de cadeia de custódia. (FSC, 2017)

4.2 CERTIFICADORAS

O FSC Internacional (FSC IC), por meio da Accreditation Services International (ASI) estabelece regras para credenciar as certificadoras que serão responsáveis pela liberação do selo FSC. Para assegurar a competência e monitorar a evolução da certificação mundial, as certificadoras são acompanhadas continuamente pela ASI. A lista de certificadoras que operam atualmente no Brasil, é apresentada no Quadro 2 (FSC, 2015):

Quadro 2: Certificadoras no Brasil

Certificadora

Representante no Brasil

CoC

FM

Associação Portuguesa de Certificação (APCER)

APCER Brasil

X

Swiss Association for Quality and Management Systems (SQS)

X

Control Union Certifications B. V. (CU)

-

X

X

DNV GL Business Assurance Sweden AB (DNV)

-

X

GFA Certification GmbH (GFA)

-

X

X

IMO Swiss AG. (IMO)

ECOCERT BRASIL CERTIFICADORA Ltda.

X

DIN CERTCO Gesellschaft für Konformitätsbewertung GmbH

TÜV Rheinland do Brasil Ltda.

X

QMI - SAI Global Assurance Services (QMI)

-

X

Rainforest Alliance (RA & SW)

IMAFLORA (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola)

X

X

RINA Services S.p.A (RINA)

RINA Brasil Serviços Técnicos Ltda

X

SCS Global Service (SCS)

Sysflor

X

X

SGS – South Africa (Pty) Ltd. (SGS)

-

X

Soil Association Certification Limited (SA)

Daniel Trabbold - Assistente Regional Brasil

X

TÜV Nord Cert GmbH (TUEV)

BRTÜV Avaliações da Qualidade S.A.

X

Fonte: elaborado pelas autoras com base em FSC (2015)

5. BENEFÍCIOS

Os 10 Princípios do FSC, asseguram algumas vantagens e benefícios que abordam todos os patamares da cadeia produtiva, desde a floresta até o consumidor final, conforme o Quadro 3. (FSC, 2013)

Quadro 3 – Vantagens e benefícios do FSC

Para os produtores florestais

Para os beneficiadores e revendedores

Para os consumidores

Melhores preços, já que a procura por madeira certificada é alta e aumenta a acessibilidade ao mercado internacional, especialmente europeu. Países como Holanda preferem importar madeiras certificadas FSC

Reconhecimento