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CONTROLE GERENCIAL NO PLANEJAMENTO DE OBRAS

Por:   •  19/12/2018  •  2.184 Palavras (9 Páginas)  •  277 Visualizações

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Dessa forma, é perceptível que o planejamento está envolto a todas as etapas da construção e, quanto mais bem pensadas e trabalhadas, maior o controle e maior o domínio gerencial frente às mudanças constantes que podem acontecer, tornando possível que uma obra seja construída de maneira funcional e viável para todos.

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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As fontes teóricas do presente trabalho estão embasadas na institucionalização do planejamento de obras como um controle gerencial que requer não somente um plano básico que se antecede às diversas variáveis do contexto, mas uma organização em um determinado espaço-tempo que contemple nuances comuns e complexas da construção civil.

De acordo com Goldman (2004), o planejamento é um sistema que canaliza informações de diversos setores, sendo eles: setor de arquitetura, financeiro, contábil, de processamento de dados, de tesouraria, jurídico, de compras e, por fim, o setor de engenharia-obras. Para ele, todo o planejamento parte de novos empreendimentos e viabilidade, como é demonstrado no fluxograma a seguir:

[pic 7]

Figura 1 Fluxograma do sistema, p. 15

Além da multidisciplinaridade do planejamento, Goldman (2004) demonstra que este está anterior ao controle, desenvolvido concomitante à obra para obter os resultados. Embora os termos estejam categorizados, não estão realmente separados, pois um depende do outro. Enquanto o planejamento é a pesquisa de necessidades em cada setor, o controle é uma atenção constante ao desenvolvimento daquilo que foi planejado, voltado para possíveis alterações e modificações (GOLDMAN, 2004).

Ao planejamento posto por Goldman pode ser acrescentado o modelo de sistematização de antecipações, trabalhado por Ricardo Luiz Machado, definido como uma “identificação de aspectos que podem comprometer os fluxos dos processos e das operações produtivas em termos de qualidade e produtividade esperadas” (MACHADO, 2003).

A sistematização é, então, um controle formal, ordenado e investigativo para garantir a concretização do planejamento, ou seja, um complemento ao PCP (Planejamento e Controle de Produção). Este modelo consta com um ciclo de inclusão exposto por Machado (2003) na figura abaixo:

[pic 8]

Figura 2 Ciclo de inclusão das antecipações nos planos de produção , p. 75

O ciclo perpassa as antecipações, ações gerenciais, inclusão destas nos planos e avaliação, o que, se comparado à Figura 1 de Goldman (2004), delimita uma maior organização na etapa de controle.

Há um consenso entre os autores supracitados que pode ser encontrado no texto de González (2008) acerca dos tipos de planejamento: a longo prazo é mais geral, confere emprego de mão de obra, contratos, prazos e outras maiores definições; médio prazo é voltado para atividades e serviços a serem realizados nas possibilidades dos próximos meses; e o planejamento a curto prazo se refere às programações da execução próxima do projeto.

A compreensão dessas diferenças leva-nos ao que deve ser pesquisado em cada planejamento. Júnior, Medeiros e Araújo (2006), no que concerne ao detalhamento dos planos para agregar aos sistemas de Goldman e de Machado, denotam o que é preciso obter na fase de longo prazo, estimando cada aspecto como entradas e saída a partir da viabilidade. Vê-se a seguir o esquema dos detalhes:

[pic 9]

Figura 3 Planejamento técnico-econômico

As entradas são “todos os projetos, especificações técnicas e de acabamento e prazo para execução da obra” (JÚNIOR, MEDEIROS, ARAÚJO, 2006), ou seja, aquilo que delimita a construção da obra em um espaço-tempo específico, dadas as exigências e as necessidades. Enquanto a saída é constituída de quadros de áreas e rateio das frações ideais, orçamento detalhado, cronograma físico-financeiro, cronograma detalhado por etapas e serviços, e relatórios mensais, sendo, então, as especificações técnico-financeiras.

Reiterado por González (2008), o planejamento inclui o orçamento e a programação da obra, “o orçamento contribui para a compreensão das questões econômicas e a programação é relacionada com a distribuição das atividades no tempo” (GONZÁLEZ, 2008). Portanto, a área técnica-financeira está diretamente relacionada às demais durante todo o processo. De acordo com o autor, há diversos tipos de orçamentos:

o padrão escolhido depende da finalidade da estimativa e da disponibilidade de dados. Se há interesse em obter uma estimativa rápida ou baseada apenas na concepção inicial da obra ou em um anteprojeto, o tipo mais indicado é o paramétrico. Para as incorporações em condomínio, a lei exige o registro de informações, em cartório, seguindo um procedimento padronizado, de acordo com a norma NBR 12721 (ABNT, 1999). O orçamento discriminado é mais preciso, mas exige uma quantidade bem maior de informações.

O orçamento paramétrico, o de registro da incorporação em condomínio (NBR 12721) e o discriminado têm distinções entre aspectos de especificidade e finalidade, assim como são diferenciados os planejamentos. Para Araújo e Meira (1997), o orçamento “dá suporte à criação de um cronograma físico-financeiro para programação de recursos humanos e conseqüentemente de suprimentos para abastecer a obra, evitando atrasos e desperdícios”, tornando-o a parte mais importante.

Todas as peculiaridades entre os parâmetros do planejamento reforçam a necessidade de um controle gerencial bem estruturado. Este também é diferenciado de outro, o controle operacional. Segundo Filho e Ribeiro (2009), o controle operacional é direto, ocorre no canteiro de obras por meio de mestre e encarregado; enquanto o gerencial é realizado por relatórios periódicos, comparando o previsto com o realizado e “deve ser preventivo ao invés de corretivo” (FILHO; RIBEIRO, 2009).

Segundo Júnior, Medeiros e Araújo (2006), “o controle representa a análise crítica dos resultados alcançados na produção para realimentar o processo, para que se possa replanejar a produção em momentos adequados”, é dessa forma que todos os elementos do planejamento irão e retornarão do controle gerencial

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