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As Considerações Sobre a Cultura do Algodão

Por:   •  24/6/2018  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  414 Visualizações

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Caule, folhas, maças e capulhos: alimentação de animais em geral;

Bagaço (farelo ou torta): alimentação animal (bovinos, aves e suínos).

Fibra: confecção de fios para tecelagem; algodão hidrófilo para enfermagem; confecção de feltros de cobertores; entre outros.

Para expressar seu potencial produtivo a planta requer, para um ciclo de 160 dias, entre 750 mm a 900 mm de água bem distribuídos no período. Satisfeitas as condições de água e temperatura, a cultura tem sido realizada com sucesso em altitudes variando de 200 m a 1.000 m, com ciclo que pode aumentar em até de 40 dias em altitudes superiores a 600 m. Nas espécies cultivadas comercialmente, o estágio do florescimento ocorre entre de 40 a 70 dias após a semeadura. Após o florescimento, a parte interna da flor desenvolve-se gradualmente por cerca de 40 a 70 dias em um fruto (capulho) com as sementes e as fibras (BUAINAIN & BATALHA, 2007).

Zamberlan (2007), recomenda ainda que para obter a máxima produção, o algodoeiro herbáceo deve ser cultivado sob as seguintes condições climáticas:

Temperatura média do ar variando entre 18 e 40°C;

Umidade relativa média do ar em torno de 60%;

∙ Nebulosidade inferior a 50%;

Inexistência de inversão térmica (dias muito quentes e noites muito frias);

Inexistência de alta umidade relativa do ar associada a altas temperaturas.

Em relação à água a sua deficiência no solo interfere negativamente no crescimento e desenvolvimento do algodoeiro. Todo o metabolismo é afetado pela escassez de água. Estima-se que, para uma produtividade de 2.500 kg/ha, a cultura absorve cerca de 700 mm de água, que devem ser distribuídos de acordo com o Quadro 1 (ZAMBERLAN, 2007 & LAMAS, 2011):

QUADRO 1: Necessidade de água pela cultura do algodão em função do desenvolvimento da planta.

Estádio de desenvolvimento

Idade (dias)

Água (mm)

1. Da germinação aos primeiros botões florais.

0-40

80

2. Dos primeiros botões à 4ª semana de florescimento

40-85

140

3. Da 4ª semana de florescimento á 1ª semana de abertura dos frutos.

85-110

230

4. Da 1ª semana de abertura dos frutos ao final.

110-160

250

Fonte: ZAMBERLAN (2007).

2.2. Principais insetos-pragas que atacam a cultura do algodoeiro

Dentre as pragas que atacam o algodão, destacam-se o complexo de lagartas: lagarta curuquerê (Alabama argillacea), lagarta falsa medideira (Pseudoplusia includens), lagarta mede-palmo (Trichoplusia ni), e lagarta da maçã (Heliothis virescens). Além das outras pragas como, o percevejo marrom (Euschistus heros), mosca branca (Bemisia tabaci), pulgão (Aphis gossypii) e bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis) (EMBRAPA, 2003).

durante o ciclo da cultura são capazes de causarem redução na produção, resultando em prejuízos para o cotonicultor, Como o ataque de pragas é intenso o monitoramento para a tomada de decisão de controle é fundamental para o estabelecimento adequado do Manejo Integrado de Pragas (MIP). A presença de amostradores no campo, operando sob critérios tecnicamente definidos, oferece segurança à atividade algodoeira (CHIAVEGATO, 2009).

Amostragem depende do tamanho da amostra, observação das inspeções e da forma que foi realizada. Quanto maior for o número de plantas e pontos amostrados, melhores serão as informações, É importante procurar variar os locais de caminhamento durante as inspeções de campo, com objetivo de que as amostragens possam ser representativas de toda a área (FUNDAÇÃO MS, 2009).

São relatados pelo menos 250 patógenos na cultura do algodoeiro, sendo mais de 90% fungos, 16 tipos de vírus, dois micoplasmas, 10 nematóides e uma bactéria. A ocorrência de doenças sobre a cultura do algodoeiro vem aumentando ao longo dos últimos anos. Em geral as condições climáticas das regiões produtoras favorecem em geral a sua ocorrência, diante disso o manejo de doenças se tornou de suma importância para a manutenção do sucesso alcançado com a cultura em grandes extensões de área (SIQUERI, 2005).

Evidentemente, os danos são proporcionais ao poder destrutivo de cada patógeno e à severidade com que as doenças ocorrem.

A transmissão dessa doença é realizada pelo pulgão Aphis gossypii, onde os principais sintomas são redução do porte da planta infectada, nas folhas ocorre mosaico nas nervuras, rugosidade e curvatura dos bordos para baixo (MICHELOTTO & BUSOLI, 2007).

As doenças que também merece cuidado demandando medidas de controle no estado de Mato Grosso do Sul, trata-se da ramulose e podridão das maças além de outras manchas (ramularia). A ramulose, atualmente é considerada uma das principais doenças do algodoeiro no cerrado brasileiro devido a sua alta freqüência e intensidade de ocorrência, principalmente em áreas onde se cultiva o algodão sem se utilizar à prática de rotação de culturas. Pode causar manchas e perfurações nas folhas, enrugamento da superfície do limbo, nanismo de plantas, encurtamento de entrenós e superbrotamento, os quais comprometem o crescimento da planta e a formação de capulhos (ZAMBIASI & BÉLOT, 2005 e BARROCAS et al, 2011).

O manejo destas doenças é eficiente quando realizado de forma integrada, como o uso de cultivares resistente e aplicação de fungicidas. Todavia, a principal estratégia de manejo adotada atualmente é o uso do controle químico. O controle químico é apresentado como alternativa para garantir o desenvolvimento da cultura na região dos 8

Cerrados, já que as cultivares utilizados não possuem níveis satisfatórios de resistência

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