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A Seletividade de Herbicidas na cultura do girassol

Por:   •  3/12/2018  •  1.978 Palavras (8 Páginas)  •  363 Visualizações

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Observar altura de plantas e produtividade do girassol em função de diferentes herbicidas

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O girassol (Helianthus annuus) está entre as quatro maiores fontes de óleo comestível do mundo. (FERNÁNDEZ-MARTINEZ et aI., 2008). É uma cultura cultivada em todos os continentes, em uma área de cerca de 24 milhões de hectares. (FAO, 2007). Apesar de ainda pouco expressiva no Brasil, essa cultivar vem sendo praticada nos estados do Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Nordeste. Sendo o Centro-oeste o maior produtor, porém com área reduzida. (CONAB, 2017).

Em relação à produtividade de girassol, enquanto a média mundial é de cerca de 1.300 kg há-1, com extremos de produção de 2700 kg há-1 na Suíça e de 300 kg há-1 no Marrocos, observa-se que a produtividade somente se destaca na França, país com vasta tradição de pesquisas com girassol, com média de 2.500 kg há-1. Essas diferenças podem ser atribuídas, principalmente, às variações que ocorrem nas condições de produção (clima, fertilidade do solo, emprego de tecnologias, ocorrência de doenças, entre outras). (EMBRAPA, 2016).

Após a emergência a cultura apresenta desenvolvimento lento até os 40 dias. Dentre os principais fatores que prejudica a produtividade destaca-se invasão de plantas daninhas. A presença dessas espécies durante as primeiras etapas do ciclo da cultura resulta em plantas cloróticas (folhas com pouca produção de clorofila), cultivares de menor porte, com diminuição severa da área foliar, do diâmetro de caule e do capítulo. (LEITE et al., 2007).

Brighenti et al. (2004) observa-se que a convivência do girassol com as plantas daninhas até 21 dias após a emergência (DAE) não causou efeito sobre o rendimento da cultura, o que corresponde ao período anterior à interferência (PAI). O período total de prevenção da interferência (PTPI) foi de 30 DAE, sendo o período crítico de prevenção da interferência (PCPI) dos 21 aos 30 dias após a emergência da cultura do girassol. Esses autores constataram, ainda, que a presença das plantas daninhas ocasionou perdas diárias de 1,1 kg há-1 no rendimento de óleo e de 2,5 kg há-1 na produtividade. Na ausência de plantas daninhas, até 30 DAE, o ganho diário foi de 6,5 kg há-1 no rendimento de óleo e de kg há-1 na produtividade.

Apenas dois herbicidas são registrados especificamente para a cultura do girassol, sendo eles trifluralin e alachlor. (MAPA, 2011). Faz-se necessário o estudo de seletividade de herbicidas na cultura do girassol devido à escassez de tal tema, são poucos estudos e consequentemente poucos registros para controle de plantas daninhas em pré-emergente e pós-emergentes. É de extrema importância agrícola, pois com facilidade no controle de plantas daninhas ocorrerá o aumento da produtividade da cultivar, o que irá beneficiar os produtores e o agronegócio brasileiro.

O girassol é sensível a diferentes grupos de herbicidas, destacando-se as triazinas e as imidazolinonas, que são muito utilizados nas culturas de milho e da soja, que na maioria das vezes antecedem o girassol (CASTRO et al., 1997), deixando resíduos no solo por até 180 dias.

Rossi (1998) informa que ao aplicar-se imazaquin na soja ou no milho (primeira safra), pode aparecer injúrias ao girassol que será semeado logo depois (safrinha). Fleck e Vidal (1994) observaram que o girassol semeado no mesmo dia da aplicação do imazaquim, causará danos severos na cultura. Se tornando um dos motivos que não se deve semear o girassol em áreas onde tenham sido utilizados esses produtos.

Alaclhor Nortox é herbicida seletivo de ação pré-emergente apresentado como concentrado emulsionável. Sua aplicação na pré-emergência das ervas daninhas e da cultura econômica para qual é indicado, proporciona eficiente controle de plantas daninhas de folhas estreitas, bem como as de folhas largas. Alaclhor Nortox é indicado para as culturas de soja, milho, algodão, amendoim, café e cana-de-açúcar e recentemente foi registrado para a cultura do girassol, sua composição se baseia em 2-chloro-2', 6'- diethyl -N – metoxymetylacetanilide. (NORTOX S/A).

Tabela que mostra plantas daninhas controladas por este herbicida. [pic 1]

Trifularin é um herbicida seletivo, pré-emergente, apresentado na formulação concentrado emulsionável. Sua aplicação é feita através de pulverização após o plantio, em pré emergência das plantas daninhas e das culturas para as quais é indicada, até o máximo de três dias após a última operação de manejo de solo para efetuação do plantio, proporcionando assim perfeito controle de plantas daninhas de ciclo anual e perene, principalmente gramíneas, sua composição é trifularina - 450 g.L-1 (45,0% m/v) e outros Ingredientes - 597 g.L-1 (59,7% m/v). (NORTOX S/A).

Tabela que mostra plantas daninhas controladas por este herbicida.[pic 2]

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4 METODOLOGIA

O experimento será instalado no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Campus Campo Novo do Parecis, que se localiza no estado de Mato Grosso, região centro-oeste do país, com latitude: 13º 40' 31" S, longitude: 57º 53' 31" W e altitude: 572 m, presença do solo latossolo vermelho argiloso. O delineamento experimental será em blocos casualizados com cinco repetições. A cultivar usada será Morgan M 742, semente convencional, será usada uma semeadora John Deere sete linhas. Os tratamentos avaliados serão: planta testemunha (capinada e sem capina), planta com a aplicação do herbicida alachlor (pré-emergencia/folha larga) e trifluralin (pré-emergencia/folha larga, em diferentes blocos cada. A aplicação dos herbicidas em pré-emergência da cultura será feita um dia após a semeadura, com um pulverizador motorizado a gasolina. A semeadura será realizada em 2018, no período de safrinha. Com adubação de mineral sintético (nitrogênio e potássio), 20 kg há-1 de nitrogênio e 30 kg há-1 de potássio. O espaçamento será de 50 cm entre linhas com 4,7 cultivares por m2. Aos 10, 20, e 30 dias da emergência (aplicação em pré-emergência) ou da aplicação dos herbicidas (aplicação em pós-emergência) serão feitas avaliações visuais dos sintomas de fitotoxidade, utilizando-se a escala da EWRC (1 a 9), (Camargo, 1972), referente à redução de crescimento, refletida pela altura de plantas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação dos produtos.

Serão

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