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A INFLUÊNCIA DA ADOÇÃO DE PRÁTICAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS EM ATIVIDADES INDUSTRIAIS

Por:   •  17/7/2018  •  4.227 Palavras (17 Páginas)  •  250 Visualizações

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A ergonomia focaliza vários fatores dominantes no desempenho do sistema produtivo para extinguir as consequências prejudiciais ao trabalhador, como diminuir estresse, a fadiga, erros em operações e acidentes, alcançando então segurança, satisfação, saúde mental e física dos trabalhadores, durante todo o período de trabalho (IIDA, 2005).

2.2 Ergonomia na indústria

A ergonomia como um todo contribui para melhorar a eficiência, credibilidade e a qualidade de todas as operações industriais. Isso é feito de três formas básicas: aprimoramento do sistema homem-máquina-ambiente, organização do trabalho e uma otimização das condições de trabalho (IIDA, 2005).

A primeira é o aprimoramento do sistema homem-máquina-ambiente que ocorre na fase do projeto de máquinas, equipamentos e postos de trabalho ou na mudança de sistemas que já existem se adequar-se as competências e limitações do operador (IIDA, 2005).

A segunda se trata dos aspectos organizacionais do trabalho, buscam reduzir a fadiga e a monotonia, que é sobretudo causada pelo trabalho repetitivo e também a falta de motivação causada pela extrema falta de participação em decisões sobre o próprio local de trabalho (IIDA, 2005).

A terceira é a otimização feita pela análise das condições ambientais de trabalho, tais como temperatura, ruídos, vibrações, etc. Um bom exemplo sobre a iluminação, são os tipos de foco de luzes brilhantes em contato com o campo visual, podendo causar reflexos e ofuscamentos muito desconfortáveis (IIDA, 2005).

O uso da ergonomia na indústria é feito com a indicação de locais onde ocorrem os problemas ergonômicos mais graves. Esses locais são distinguidos através da verificação de alto índice de erros, acidentes, doenças, absenteísmo e troca de empregados em determinado setor de trabalho. Por outro lado, todas essas evidências é possível a existência de alguma máquina mal adaptada, falhas na organização do setor de trabalho ou deficiências ambientais que possam provocar dores musculares e até tensões psíquicas nos trabalhadores (IIDA, 2005).

2.3 Ergonomia e engenharia de produção

A ergonomia contribui para a engenharia de produção tanto concedendo seus conhecimentos para área de engenharia do produto como mais notadamente na área que podemos cognominar como engenharia do trabalho, tem como seu objetivo projetar, elaborar e administrar o posto de trabalho e a forma de trabalhar (MÁSCULO; VIDAL, 2011).

Figura 2 - Modelo Simplificado de Sistema de Produção, Conteúdos Profissionalizantes da Engenharia de Produção e a Ergonomia.

[pic 1]

Fonte: Adaptado de Másculo e Vidal (2011).

Quando se inicia um projeto em engenharia, existe sempre a preocupação de elaborar algo que contribua de maneira positiva seja em saúde, no meio-ambiente ou com enfoque social. Projetos que visam à ergonomia preservam a saúde do trabalhador em diversos aspectos, impedindo que movimentos repetitivos possam ocasionar lesões (MÁSCULO; VIDAL, 2011).

O engenheiro de produção deve assegurar que o trabalhador exerça suas tarefas de maneira adequada e segura, um bom exemplo é o manuseio de cargas, deve-se sempre partir do principio de que se houver uma forma de manusear cargas por meio técnico, essa será a maneira correta. Uma das recomendações é a utilização de carrinhos no manuseio de cargas (MÁSCULO; VIDAL, 2011).

O uso de dispositivos mecânicos para abaixar, levantar e mover materiais pesados, são muito empregados em indústrias tanto de pequeno porte como em grandes multinacionais. A escolha do dispositivo varia de acordo com as circunstâncias, podendo se utilizar empilhadeiras elétricas ou hidráulicas, mesas elevadoras, gruas hidráulicas de solo, elevadores ou guindastes de corrente. (MÁSCULO; VIDAL, 2011).

A integração entre a engenharia de produção e a ergonomia é extremamente importante, pois mesmo utilizando conceitos simples garante a preservação das características psicofisiológicas dos trabalhadores (MÁSCULO; VIDAL, 2011).

2.4 Ergonomia no Brasil

A ergonomia no Brasil teve seu momento de destaque no início de 1980, quando diversos pesquisadores brasileiros retornaram de mestrados e doutorados na França, sob orientação dos professores Alain Wisner e Maurice de Montmollin, e ingressaram em universidades de vários estados, criando ou contribuindo para realização de cursos de especialização em ergonomia. Certamente, esse feito contribuiu para a divulgação da ergonomia no país, assim como motivar o interesse de pesquisadores com esta área de pesquisa (SILVA; PASCHOARELLI, 2010).

Um importante feito para a ergonomia brasileira ocorreu com a concepção da Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo) em agosto de 1983. A Abergo começou a fazer congressos, um meio de divulgação de pesquisas e de propor um debate crítico sobre a produção científica tanto entre pesquisadores nacionais como também internacionais. Em 2004, a Abergo cria a certificação para Ergonomistas, como forma de impulsionar a especialização na área (SILVA; PASCHOARELLI, 2010).

O estudo em ergonomia se aplica às diversas áreas do conhecimento, por isso tem aumentado o número de estudiosos, no entanto ainda é necessário encontrar um meio de divulgação dos trabalhos que atinja um número maior de profissionais ligados a essa área de estudo, possibilitando tornar o conhecimento científico desenvolvido nessa área cada vez mais aplicado ao setor produtivo nacional. (SILVA; PASCHOARELLI, 2010 p. 102).

Segundo Silva e Paschoarelli (2010, p. 101) “[...] A razão da pequena produção de livros por autores brasileiros está relacionada ao fato de que efetivamente as pesquisas em ergonomia são recentes no país [...]”. Os congressos de ergonomia têm contribuído para divulgar pesquisas já desenvolvidas ou em desenvolvimento, pelos grupos de estudiosos da área, principalmente pesquisas realizadas em programas de pós-graduação (SILVA; PASCHOARELLI, 2010).

2.5 Ergonomia e sustentabilidade

A humanidade, desde a Revolução Industrial, se vê perante um paradigma: a incompatível oferta de recursos naturais diante as demandas gradativas das atividades humanas e aumento populacional. Sendo assim, a mudança do velho estilo de vida para um novo estilo de vida, se chama desenvolvimento sustentável (CHAIB, 2005).

O crescimento no consumo

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