A Cultura do Trigo
Por: Ednelso245 • 11/3/2018 • 1.582 Palavras (7 Páginas) • 356 Visualizações
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- Faça uma síntese do artigo “Ecofisiologia Tritícola”, apontando os principais aspectos que os autores abordam e explicando como essa revisão pode contribuir ara sua formação na área fitotécnica, em relação a cultura do trigo.
O artigo aborda aspectos sobre a ecofisiologia do trigo (Triticum aestivum L.). O artigo começa descrevendo um pouco sobre a planta de trigo, a qual é uma monocotiledônea pertencente a família das poaceas, que teve sua origem na antiga Mesopotâmia hoje Iraq e que em 2009 tinha como seu principal produtor a União Européia. No Brasil plantamos a espécie de trigo conhecida como trigo comum, sendo que esta é uma espécie hexaplóide e apresenta 3 genomas, A, B e D. O genoma D é o responsável pela qualidade de panificação de certos trigos, trigos duros ou trigos para macarrão apresentam apenas os genomas A e B. Os principais produtores de trigo no Brasil encontram-se nas regiões Sul, Centro-Sul e Central do Brasil. Este estudo tenta representar as principais características do trigo em diferentes estádios fenológicos e como os fatores ambientais podem afetar o desenvolvimento e produtividade da cultura. A germinação do trigo ocorre entre 4 e 37o C, porem sua faixa ótima de temperatura seria em torno de 20-25oC com um teor de umidade entre 35% e 45% da massa seca da semente. Para um melhor desenvolvimento inicial das plântulas pode se fazer uso de bioestimulantes, contudo, isso não garantirá necessariamente um aumento no rendimento de grãos. Uma importante característica que a cultura do trigo possui é quanto a germinação pré-colheita, a qual é dependente da base genética da cultivar, das condições de colheita, do manejo adequado da secagem para comercialização dos grãos, das condições de armazenamento, etc. Quanto ao crescimento das raízes da planta, este é restrito a uma zona de aproximadamente 10mm acima da ponta da raiz, cuja taxa de alongamento é de 0,5 a 3,0 cm por dia. Durante o pré-perfilhamento, o ápice de crescimento permanece pequeno e em forma de cúpula, com 0,5 a 1,0 mm de comprimento. Neste período o ápice gera folhas e afilhos até o momento do aparecimento do primeiro primórdio de espigueta no ápice. As plantas de trigo podem atingir de 0,3 a 1,5 m de altura, sendo que atualmente a média de crescimento citua-se em torno de 1,0 metros de altura. As folhas da planta emergem do meristema apical e se desdobram. A rapidez com que isso ocorre depende de condições de temperatura, intensidade luminosa, comprimento do dia e condições de nutrição da planta. O numero de flores por espigueta e o de espiguetas por espiga dependem de fatores nutricionais e ambientais, além de fatores inerentes à própria cultivar, sendo que quando se tem uma maior disponibilidade de assimilados próximos à antese um numero maior de flores férteis e consequentemente grãos em maior numero e tamanho. O trigo é uma cultura que pode sofrer muito devido a estresse causado por calor, o qual pode afetar negativamente vários caracteres da planta e consequentemente diminuir a produtividade de grãos. Precipitações insuficientes e mal distribuídas apos a semeadura também afetam o poder germinativo das sementes, as quais decrescem seu “stand” em até 50% e acabam tendo menor altura inicial. Quando o estresse hídrico ocorre durante o enchimento de grãos, ocorre uma redução do índice de colheita de até 19,1%. Quanto ao fotoperiodo as plantas de trigo são de dia longo, ou seja, elas aumentam sua taxa de desenvolvimento com o aumento do fotoperíodo. Em estádios iniciais de desenvolvimento da cultura a geada causa poucos danos pois as plantas nessa fase apresentam elevada tolerância por não ter muitas partes expostas. Na elongação essa tolerância diminui devido ao alto teor de solventes e baixa concentração de solutos dentro das células. Quando as espigas são expostas a tolerância depende da eficiência dos nós da ráquis e da ráquila em bloquear a propagação do gelo. Em respeito a vernalização, os trigos de inverno são muito sensíveis a mesma. Os solos considerados ideais para a cultura do trigo devem apresentar ausência de impedimentos de natureza química, ausência de impedimentos físicos, ausência de impedimentos a mecanização e pouca suscetibilidade a erosão, além de ter uma composição física média com aproximadamente 30% de argila, 50% de areia, 12-15% de silte e 5-8% de húmus. O uso de reguladores de crescimento vem sendo cada vez mais empregado, principalmente quando utilizadas cultivares que apresentam um maior desenvolvimento em altura. A importância da adubação nitrogenada à produtividade é elevada, e para que os efeitos no acamamento possam ser reduzidos, reguladores vegetais de crescimento são utilizados. Em relação a épocas de semeadura da cultura, estas dependeram basicamente do zoneamento agroclimático existente para cada região, sendo que este é feito baseado na analise das produções obtidas em experimentos conduzidos em cada região tritícola, riscos de geadas próximas a floração, a probabilidade de dispor de suficiente umidade no solo ou de excessivo encharcamento desse. Quanto a época de colheita, e para aquelas cultivares que não apresentam dormência, uma alternativa seria a antecipação da colheita, evitando assim a pré-germinação. Outra
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