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Telescópio, A Expansão das Fronteiras do Universo.

Por:   •  16/2/2018  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  356 Visualizações

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Este telescópio não teria uma limitação de tamanho, podendo ser tão grande quando se puder criar um espelho côncavo. Ainda que as lentes acromáticas viessem a corrigir a aberração cromática em telescópios refratores, o telescópio newtoniano ainda possuía outras vantagens: é muito mais fácil criar um espelho côncavo, do que uma lente dupla, e assim, por questões financeiras e de praticidade o telescópio newtoniano se destacou sobre os telescópios refratores. O famoso telescópio Hubble, por exemplo, é um telescópio refletor.

De fato o telescópio newtoniano ainda é um dos mais usados pelos astrônomos amadores podendo até mesmo ser fabricado artesanalmente sem muitas dificuldades. Os fabricantes artesanais de telescópios muitas vezes conseguem até mesmo superar os telescópios industrialmente fabricados, estes fabricantes são chamados de ATM (Amateur Telescope Maker).

Em artigo, Ulisses Capozzoli, editor da Scientific American Brasil, explica a importância destes telescópios na formação da astronomia brasileira:

“Uma das muitas crises econômicas vividas pelo Brasil, como a de meados dos anos 80, fez com que telescópios se tornassem objetos de sonho. A alternativa foi recorrer a instrumentos artesanais produzidos por pequenas indústrias. Quase sempre ligadas a astrônomos amadores, foram e ainda são uma forma de resistência à ameaça de quase banimento dessa atividade”..

Para ele é extremamente importante para manter o incentivo à astronomia a construção de telescópios por amadores, esta construção é basicamente de telescópios de espelhos, já que é praticamente impossível a criação artesanal de lentes. Então vemos uma contribuição de Newton no sentido de facilitar o acesso à telescópios.

A luz invisível e a contribuição de outras ciências na astronomia

Já no século XVII, o próprio Isaac Newton, registrou a decomposição da luz solar em diversos comprimentos de onda através de um prisma. Essa ideia de decompor a luz foi cada vez mais aprimorada, afinal a luz é a mensagem proveniente dos corpos celestes, somente observá-la tornou-se algo muito supérfluo, surgiu a necessidade de analisar as propriedades físicas dessa luz descobrindo assim cada vez mais informações sobre esses corpos.

Para o estudo cada vez mais detalhado da luz, outras ciências começaram a interagir diretamente com a astronomia. No final do século XVIII o químico inglês William Hyde Wollanston desenvolveu um aparelho que permitia estudar os comprimentos de onda emitidos por um corpo, o espectroscópio.

A partir dos estudos com espectroscópio, o químico Robert Bunsen e o físico Gustav Kirchhoff perceberam que as mudanças nos espectros de luz estavam associados diretamente com propriedades do corpo emissor, como temperatura e até mesmo composição química.

Com o desenvolvimento da computação e eletrônica, pôde-se criar sensores que captam todas os comprimentos de luz muito além dos visíveis e assim surgiu a astrofísica, utilizando-se dos conceitos da astronomia observacional mas com recursos técnicos e teóricos que acabaram por criar uma espécie de corrida no intuito de descobrir todo o possível em relação a milhões de corpos celestes, utilizando-se de catalogação e buscando cada vez mais prever e descobrir novas possibilidades no universo.

Além dos telescópios ópticos, os que captam luz visível, já existem telescópios que captam ondas de rádio, os radiotelescópios, telescópios para irradiações infravermelhas, para irradiações de raios x e até mesmo para irradiações de raios gama.

Atualmente a corrida continua e países fazem alianças científicas com o objetivo de cada vez criar telescópios maiores, afinal, o tamanho da objetiva é diretamente proporcional a resolução das imagens formadas. Cada vez mais os telescópios focam nas luzes não visíveis, caso do ALMA, uma arranjo de 66 grandes antenas parabólicas que visam a captação de micro-ondas para assim buscar imagens que a luz comum não pode formar. O maior observatório do mundo a ser concluído em 2017 é uma prova da relevância da astronomia no sentido de mobilizar diversos países e enorme força financeira em projetos científicos.

O articulista da Folha de S. Paulo, Rafael Garcia escreve sobre este telescópio em artigo:

“O maior observatório do mundo , o SKA, também não verá luz. Especializado em captar ondas de rádio deverá ficar pronto em 2017, construído em esforço conjunto de 19 países. Austrália e Africa do Sul disputam a hospedagem. Custando US$ 1,5 bilhão, o SKA consistirá em 3.000 radiotelescópios espalhados numa área de até 3.000 km de extensão ”.

Esta incessante corrida astronômica é uma prova de como a astronomia permanece importante ao homem mesmo tendo sido uma das primeiras áreas de conhecimento científico.

Conclusão

Com a evolução da astrofísica a astronomia deixou de ser uma exploração espacial para tornar-se uma exploração temporal. Com o aumento das potências de telescópios ao redor do mundo todo, surgiu a possibilidade de estudar o início do universo pela utilização de micro-ondas que nos expõe estrelas extremamente antigas, nos mostra o nascimento das estrelas e cada vez mais ruma à uma possível expedição ao início do universo.

Até mesmo o fim do universo pode ser previsto por teorias que surgiram graças a observações como as de Hubble que nos mostraram que o universo está constantemente em expansão.

Percebe-se que a importância do telescópio é indiscutível já que este instrumento torna cada vez mais o homem um conhecedor do universo a sua volta,

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