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A Doença de Parkinson

Por:   •  8/4/2018  •  2.425 Palavras (10 Páginas)  •  468 Visualizações

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Os quatro sintomas principais definidos para identificar a Doença de Parkinson são:

- Tremores: é o sintoma mais frequente - estando presente em pelo menos 70% dos casos, embora não seja o mais incapacitante. O tremor apresenta-se de forma característica: é rítmico, relativamente lento quando comparado com outros tipos de tremor (4 a 7 ciclos por segundo) e ocorre principalmente quando o membro está em repouso. Ocorrem principalmente quando o paciente encontra-se em repouso e melhora quando se movimenta o membro. Esta é uma característica que distingue o tremor da doença de Parkinson dos tremores que ocorrem por outras causas. Situações de estresse emocional ou a sensação de ser observado aumentam visivelmente a intensidade do tremor.

Como o tremor da doença de Parkinson ocorre em repouso e melhora à movimentação, este acaba não sendo um sintoma muito incapacitante, ao contrário da bradicinesia.

- Bradicinesia: refere-se a lentidão na execução de movimentos. A bradicinesia é o sintoma mais incapacitante do Parkinson. O paciente sente-se cansado, com intensa fraqueza muscular e sensação de incoordenação motora. Tarefas simples tornam-se muito difíceis, como abotoar uma camisa, digitar no computador, pegar moedas dentro do bolso ou amarrar os sapatos. O doente refere dificuldade para iniciar qualquer movimento voluntário. O paciente torna-se hesitante e descoordenado. Com o tempo até andar vira uma tarefa difícil; os passos tornam-se curtos e lentos, o paciente apresenta dificuldade para se levantar e sente-se desequilibrado quando em pé.

- Rigidez: a rigidez dos músculos é outro sintoma importante do mal de Parkinson. Assim como o tremor e a bradicinesia, a rigidez inicia-se apenas de um lado, generalizando-se conforme a doença progride. A sensação que se tem é a de que os músculos estão presos, muitas vezes limitando a amplitude dos movimentos e causando dor. Um dos sinais típicos é a perda do balançar dos braços enquanto se anda.

- Instabilidade postural: nosso equilíbrio enquanto andamos ou permanecemos em pé depende do bom funcionamento do cérebro; é ele que controla nosso tônus e reflexos musculares que mantêm nosso centro de gravidade estável. A perda da estabilidade postural é um sintoma que só ocorre em fases avançadas da doença de Parkinson, manifestando-se principalmente com quedas regulares (PINHEIRO, 2015).

- DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da Doença de Parkinson normalmente é feito pelo médico neurologista e é basicamente de caráter clinico, pois não existem ainda exames específicos para o diagnóstico da DP. O diagnóstico é feito com base no histórico clinico do paciente, avaliação dos sinais e sintomas, exames neurológicos e físicos.

Os exames neurológicos, como a tomografia cerebral, ressonância magnética etc, servem mais como caráter de exclusão, ou seja, tem como principal intuito excluir outras doenças neurológicas que possam apresentar sintomas e sinais semelhantes à DP.

O médico vai então avaliar uma combinação dos sinais motores cardinais da DP, para conseguir chegar a um diagnóstico. Os sintomas são os seguintes: tremor de repouso, bradicinesia, rigidez e anormalidades posturais.

Não existe ainda uma classificação clinica padrão para a DP.

Dependendo do estágio da doença, o diagnóstico de Parkinson pode demorar um tempo para ser concluído. É normal que o paciente passe por consultas regulares com um neurologista para avaliar a condição e os sintomas do paciente por um período de tempo, antes de chegar a um prognostico final; quando é feito o diagnóstico normalmente já houve 60% de perda neuronal do individuo.

As seguintes tabelas têm como intuito elucidar o leitor de maneira clara e consistente sobre os critérios de diagnostico de DP, sendo estes de caráter clínico, auxiliadores de diagnóstico, representantes de intensidade dos sinais neurológicos e por fim distúrbios não motores da DP.

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- TRATAMENTO

Atualmente ainda não se conhece a cura para a Doença de Parkinson e a grande dificuldade se encontra na própria genética humana, pois ao contrario do que ocorre no resto do organismo, as células do encéfalo não se renovam. Sendo assim, nenhum tratamento é eficaz na morte das células produtoras de dopamina que se encontram na substância negra, uma vez perdidas jamais serão substituídas.

Porém, existem tratamentos que ajudam a combater e a minimizar os sintomas e também a retardar o progresso da doença.

Estes tratamentos podem se dividir três grupos principais, que são: os farmacológicos, os não farmacológicos e tratamento cirúrgico.

- Tratamentos farmacológicos

O tratamento farmacológico é feito principalmente através da Levodopa ou L-Dopa.

Este medicamento é atualmente o mais importante para amenizar os sintomas da doença, pois se transforma e dopamina no cérebro, suprindo parcialmente a falta deste neurotransmissor.

Porém, apesar dos seus resultados serem positivos, vale salientar os malefícios que o uso prolongado do levodopa pode causar ao paciente, como reações secundárias severas (movimentos involuntários anormais).

Além do levodopa, outros medicamentos auxiliam o tratamento da doença de Parkinson.

- Tratamento cirúrgico

A intervenção cirúrgica pode se dar através de cirurgias que inflijam lesões no núcleo pálido interno (Palidotomia) ou do tálamo ventro-lateral (Talamotomia), que são áreas envolvidas nos sintomas de rigidez e tremor. Estas intervenções, ao causar lesões nestas áreas podem diminuir a rigidez e até mesmo eliminar o tremor. Porém, como já foi citada acima, nenhuma promove a cura da doença.

Outra intervenção cirúrgica que cresce muito nos casos de Parkinson é a Estimulação profunda do cérebro através de um marca-passo cerebral.

Neste tratamento é implantado no paciente um dispositivo semelhante ao marca-passo cardíaco, que promove estimulo em determinadas regiões do cérebro, bloqueando os sinais que causam os sintomas motores incapacitantes

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