O Mal de Parkinson
Por: Rodrigo.Claudino • 3/6/2018 • 1.938 Palavras (8 Páginas) • 452 Visualizações
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O diagnóstico da patologia encontra algumas dificuldades, uma vez que geralmente exames como Tomografias computadorizadas cerebrais, eletroencefalograma não mostram alterações computadorizadas cerebrais, eletroencefalograma não mostram alterações no funcionamento dos neurônios. Desta forma é preciso ficar atento aos sinais e sintomas apresentados, e diagnosticar pela clínica e por meio de testes musculares e de reflexos no indivíduo com a suspeita da patologia.
O tratamento da doença é feito com objetivo de retardar os progressos da patologia e controlar os sintomas, uma vez que a mesma não possui cura. O tratamento pode ser realizado por meio de prescrição de medicamentos e de uma mudança de estilo de vida do individuo. Em alguns casos existe a indicação de processo cirúrgico, caso seja vontade do paciente.
O tratamento da Doença de Parkinson é principalmente multidisciplinar, para que o alcance dos resultados seja mais abrangente e eficaz. Profissionais como Fisioterapeutas, Médicos (sua maioria Geriatras), Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Assistentes Sociais e outros, devem trabalhar em caráter multidisciplinar para que os resultados obtidos sejam benéficos para o paciente. Segundo Gouveia (2015, p. 4), “não há um tratamento fisioterapêutico especifico para o Parkinson, mas sim, um leque de opção de técnicas disponíveis que podem ser usadas para ajudar o paciente a ter uma melhor qualidade de vida”.
A fisioterapia e a terapia ocupacional possuem sua relevância principalmente nos casos onde motricidade fina já está prejudicada, assim como dificuldades de equilíbrio e marcha acentuado, melhorando assim o quadro motor do paciente. Quando a fisioterapia trabalhada com a fonoaudiologia, se tornam uteis para boa parte dos pacientes com disartria e com diminuição do volume vocal que possuem boas respostas a tratamentos farmacológicos.
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3 A FISIOTERAPIA E ABORDAGEM PSICOMOTORA NO PARKINSON
O objetivo principal da fisioterapia no Parkinson é a funcionalidade, tentando manter o paciente o mais funcional possível no dia a dia, retardando a evolução da patologia. Segundo Goulart; Pereira; Xavier (2005, p. 51), “o tratamento fisioterapêutico tem como objetivo, melhorar a mobilidade, a força muscular, o equilíbrio, a aptidão física e a qualidade de vida”. Ela deve ser iniciada o quanto antes, para garantir a eficácia do tratamento evitando as complicações secundarias. Vara; Medeiros; Striebel (2011, p. 4) “acreditam que a fisioterapia deve começar tão cedo quanto o estabelecimento do diagnóstico, para prevenir a atrofia muscular, a fraqueza e a capacidade de exercício reduzida”.
A fisioterapia pode ajudar no controle dos problemas posturais, nas deformidades e distúrbios de marcha, por meio dos exercícios ativos e passivos, treinamento da caminhada, desenvolvimento de atividades diárias, calor, gelo, estimulação elétrica e hidroterapia. E essa intervenção pode ser feita em diferentes estágios da patologia, analisando a condição especifica de cada paciente, e respeitando a resposta de cada um ao tratamento. “Como essa doença é progressiva, as intervenções de exercícios não devem ser em curto prazo, mas se tornar parte do estilo de vida diário” (VARA; MEDEIROS; STRIEBEL, 2011, p. 4).
Em um estágio inicial da Doença de Parkinson o foco central é a prevenção de deformidades musculoesqueléticas, trabalhar com a família através de informações em relação à doença, sua progressão e a importância de exercícios de alongamentos e fortalecimentos para a reabilitação do paciente e controle dos sintomas motores. Quando o estágio é intermediário as técnicas visam ganho de amplitude de movimento, ampliando a consciência postural, e corrigindo a deficiência musculoesquelética.
O fisioterapeuta deve nesse processo explorar com o paciente as estratégias que possam diminuir o tremor e assim melhorar as atividades diárias. O treino de marcha, assim como os treinos de queda, treinos de equilíbrio, e orientação quanto ao uso de órteses (bengalas ou andadores), e adequação do ambiente são facilitadores para o cotidiano do paciente, que se bem empregados no tratamento podem reduzir os impactos da doença, e diminuir sua progressão. E em um estágio tardio da patologia é preciso levar em conta a função respiratória, a deglutição, e outros cuidados como com a pele e o uso de equipamentos para auxiliar a transferência do paciente.
Um das abordagens que a fisioterapia pode abordar no tratamento dos pacientes com a Doença de Parkinson, é a psicomotricidade é definida por Vaz (2013, p. 15) “como um campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e influências recíprocas e sistêmicas entre o psiquismo e a motricidade”, que estuda os feitos corporais por meio da avaliação e observação de movimentos, posturas e atitudes apresentadas pelo paciente. Em pacientes com a Doença de Parkinson, que sua maioria faz parte da população de idosos, pode-se usar a psicomotricidade como aliada, com o objetivo específico da aplicação de programas de estimulação psicomotora que retardem a deterioração psicológica associada ao envelhecimento (FONSECA, 2001).
Na doença de Parkinson, a psicomotricidade não trabalha com o intuito de impedir a evolução da patologia, mas sim com a ideia de munir de estratégias os idosos para que estes saibam como lidar com no nível da dissociação, coordenação, equilíbrio e tonicidade. Alem destes níveis a psicomotricidade pode ainda ser trabalhada nos cuidados paliativos onde a atenção é focada em áreas da dor, problemas respiratórios, problemas digestivos e problemas de ansiedade.
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4 CONCLUSÃO
Todos os dias surgem novos tratamentos para a Doença de Parkinson, não só na Fisioterapia mais em todas as demais áreas. E é por causa desses estudos que foi necessário construir uma escala capaz de avaliar a condição clínica de cada paciente, assim como incapacidades, função motora e mental e até mesmo a qualidade de vida dos mesmos. Esta escala permite o monitoramento da progressão da patologia, e perceber se há eficácia nos tratamentos e medicação.
Por ser uma doença lenta, gradualmente progressiva e sem cura, os tratamentos buscam o controle dos sintomas, oferecendo uma melhor qualidade de vida. Muitos pacientes tem a medicação rejeitada por seus organismos, o que leva o tratamento fisioterapêutico
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