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Síndrome de Bournout em Docentes: Do Diagnóstico ao Tratamento.

Por:   •  7/5/2018  •  5.621 Palavras (23 Páginas)  •  318 Visualizações

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Este estudo teve como objetivo conhecer os fatores que podem desencadear a síndrome de Bournout em professores a partir de pesquisa bibliográfica. Assim, o foco central desta pesquisa foi compreender Síndrome de Bournout em docentes desde o diagnóstico ao tratamento. Para nortear a discussão teórica desse trabalho, utilizou-se os principais autores: Amorim (2004¹); Borges (2002³); Benevides-Pereira (20024); Lipp (20058); Mendes (2002), a Metodologia utilizada, foi a pesquisa bibliográfica.

MATERIAIS E MÉTODO

O presente artigo científico segue os moldes de uma pesquisa descritiva e bibliográfica, visando fazer uma ilustração geral sobre a Síndrome de Burnout em docentes desde o seu diagnóstico ao tratamento.

A pesquisa classificou-se como descritiva, por meio da identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis relacionadas ao assunto tratado, nessa perspectiva, foi realizada uma análise bibliográfica sobre a temática.

Adotou-se a pesquisa bibliográfica por esta disponibilizar uma quantidade razoável de material pesquisado sobre o problema de forma significante, mas que ainda não foi submetido a uma reflexão critica. Levantaram-se conhecimentos de forma bastante ampla do assunto utilizando acervos virtuais e livros, periódicos e materiais já publicados e disponibilizados na Internet. A pesquisa bibliográfica procurou explicar um

problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos.

O critério de seleção que foi adotado foi todo material publicado: livros, artigos, entre outros que apresente viabilidade de acesso com o tema que tenha sido publicado em períodos de 1990 e 2016.

O critério de seleção que foi adotado foi considerar a abordagem do tema escolhido para a pesquisa dentro do prazo estipulado para a publicação. Assim a pesquisa bibliográfica, mais do que nunca, essa afirmação ganha força, visto que é necessário ressignificar aquilo que já foi atribuído um significado por outros pesquisadores, esta é a proposta desta pesquisa.

Para esta pesquisa, após ter definido seu tema, foi feita uma busca em bases de dados virtuais em saúde, especificamente na Biblioteca Virtual de Saúde - Bireme. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações

apresentadas no Sistema Latino-Americano e do Caribe de informação em Ciências da Saúde - LILACS, National Library of Medicine – MEDLINE e Bancos de Dados em Enfermagem – BDENF, Scientific Electronic Library online – Scielo, banco de teses USP, revista CEREUS. Os critérios de inclusão foram: serem publicados nos últimos vinte e seis anos e responderem aos objetivos do estudo, assim artigos que foram publicados antes do prazo estipulado e não respondiam ao objetivo não foram utilizados.

Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a

organização das ideias por ordem de importância e a sintetização destas que visou a fixação das ideias essenciais para a solução do problema da pesquisa.

Após a leitura analítica, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário feito pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos prévios. Na leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados, pois ajustaram o problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura interpretativa se iniciou a tomada de apontamentos que se referiram a anotações que consideravam o problema da pesquisa, ressalvando as ideias principais e dados mais importantes.

REVISÃO DE LITERATURA

SÍNDROME DE BURNOUT: ASPECTOS CONCEITUAIS

O adoecimento emocional de docentes é um assunto extremamente sério e relevante. A saúde é um bem essencial, é o amor pela vida. Entende-se por saúde como um construto multidimensional composto por uma dimensão externa constituída pelo ambiente ou contexto onde os indivíduos estão inseridos e pelo grupo social ao qual pertencem, com suas normas, suas crenças sobre o que é normal e patológico, suas formas de ser e se relacionar. Estas duas dimensões externas formam o ecossistema (Eco de ‘oikós’, em grego, casa, ‘habitat’). Este sistema o contexto contribui para nos proteger ou nos destruir na função docente³.

Em tempo, e em íntima conexão com esse sistema, estão as dimensões internas: o corpo ou dimensão biológica e a dimensão psicossocial, que constituem o organismo entendido como uma unidade integrada. Na interação do sujeito com o contexto, o comportamento humano se manifesta de forma saudável ou doentia9.

A saúde, portanto, está alicerçada multidimensionalmente, diferente de outros tempos em que era colocada no sujeito a responsabilidade pelo seu adoecimento. Existem diversidades de fatores para serem analisados e avaliados com o intuito de fazer uma conclusão sobre o quanto um ambiente é saudável e sobre sua capacidade de promover ou não a qualidade de vida das pessoas que o compartilham. Assim é possível questionar: o quanto de saúde se possui? Ou será que ter ou não ter saúde é algo assim como ter ou não ter carro? Engana-se quem acredita ser tão simples².

O estado de humor das pessoas é extremamente oscilante, em uma tensão constante, entre forças de saúde e de doença. A saúde não se tem, se conquista todos os dias. É como se fosse um continuum linear onde num extremo está a doença e morte e no outro a saúde e vida. Por ironia, nessa linha de raciocínio, só se atinge por completo estado de bem-estar no momento da morte³.

A Saúde do Trabalhador é uma área de estudos recente, mas que já tem contribuído muito para a compreensão da relação entre adoecimento e trabalho, inicialmente com a saúde física do trabalhador, evitando os acidentes de trabalho, extremamente caros para o Sistema de Saúde¹. Atualmente, existe uma visão mais favorável ao trabalhador desde uma perspectiva bio-psicossocial, com equipes interdisciplinares preocupadas com a promoção e prevenção da saúde, buscando as empresas, desde a responsabilidade social, maior qualidade de vida no trabalho. No entanto, ainda há uma mentalidade empresarial de que, preenchidas as necessidades materiais, o trabalhador não tem outras necessidades a satisfazer (valorização, participação, realização pessoal e profissional...)8.

Empresas e organizações tem demonstrado uma crescente preocupação com a saúde do trabalhador, principalmente aqueles trabalhos

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