Relatório do Filme Patch Adams

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Adams.

Na mesma via, o texto de Gorayeb (2001) fala sobre a inserção gradual da psicologia no cotidiano hospitalar no contexto histórico brasileiro. Indica que a Psicologia foi introduzida primeiramente como derivada da prática clínica e assessoria da Psiquiatria, pois não haviam modelos de Psicologia Hospitalar consolidados ainda. Conforme houve a inserção do trabalho do psicólogo hospitalar, este foi notando os principais problemas, dentre eles a saúde holística do paciente e transtornos psicológicos transitórios devido a situação de hospitalização e doença orgânica, o que levou a papel de destaque em equipes multidisciplinares, ajudando na compreensão holística da saúde do paciente. Para isso, precisou se adaptar à realidade do discurso médico através da análise funcional dos pacientes e seus distúrbios.

Gorayeb (2001) ainda destaca a importância da intervenção psicológica e discorre sobre bons resultados em algumas áreas hospitalares, como em pré e pós-cirurgia, na cirurgia pediátrica, tratamento de fertilidade, cuidados paliativos e interconsulta.

O autor nota que a Psicologia é a única área da saúde que não produz materialidade direta nas intervenções. Por isso, cria-se que qualquer profissional de saúde que soubesse falar poderia exercer o papel original do psicólogo, o que talvez configurou-se como a maior dificuldade da consolidação

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da Psicologia enquanto prática de atuação profissional, especialmente em hospitais.

Levando em consideração ambas as fontes, nota-se que o cuidado do paciente até meados dos anos 1970, tanto no Brasil (Gorayeb, 2001) quanto nos EUA (PATCH, 1998) era despersonalizado, focado na doença e objetivando apenas a cura, desconsiderando a qualidade de vida do paciente hospitalizado. Conforme se notou a necessidade de oferecer qualidade de vida enquanto gerador de resultados positivos no processo de evolução hospitalar, fomentou-se a demanda por psicologia no hospital. De início, como uma intrusa, porém, conforme se adaptou à realidade médica, tomou forma enquanto promotora de saúde integral assim como elo entre discursos das diferentes áreas de saúde nas equipes multidisciplinares.

Referências:

GORAYEB, R. A prática da Psicologia Hospitalar. IN: MARINHO, ML & CABALLO, VE (Orgs.). Psicologia Clínica e da Saúde. Londrina: Uel - Granada: Apicsa, 2001. P 263-78.

PATCH Adams: O amor é contagioso. Direção: Tom Shadyac. Universal

Pictures, 1998. 1 DVD, (115 min)[pic 2][pic 3]