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Psicologia do Esporte

Por:   •  1/5/2018  •  4.657 Palavras (19 Páginas)  •  362 Visualizações

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desenvolvido o primeiro laboratório em psicologia do esporte na University of Illinois. Publicou mais de 25 artigos de pesquisa sobre psicologia do esporte e desenvolveu perfis psicológicos de jogadores legendários.

Foi na década de 20, de acordo com Machado (1997), que se encontram as publicações de Schulte (corpo e alma no desporto: uma introdução à psicologia do treinamento) e de Griffith (Psicologia do treinamento e psicologia do atletismo). Enquanto no ocidente muito tempo se passou até que fosse dado maior destaque ao estudo e pesquisa na área. Na antiga União soviética métodos e técnicas eram desenvolvidos para incrementar o rendimento de atletas e equipes (RUBIO, 1999, 2002)

No 3º período (uma preparação para o futuro) é que houve uma verdadeira mudança significativa no desenvolvimento científico da área. Franklin Henry, da Universidade de Califórnia dedicou sua carreira ao estudo profundo dos aspectos psicológicos da aquisição de habilidades esportivas e motores. Formou uma equipe de professores de educação física e estabeleceu em 1938 o programa de graduação em psicologia da atividade física. (GOULD, D & WEINBERG, 2002) Outro fato importante foi surgimento do primeiro congresso mundial de psicologia do esporte, realizado em Roma no ano 1965.

Foi no 4º período, nos meados de 1960, que a educação física estabeleceu-se como uma disciplina acadêmica, e a psicologia do esporte tornou-se um componente separado dentro dessa disciplina, distinta da aprendizagem motora. Os psicólogos do esporte estudavam o modo como os fatos psicológicos – ansiedade, autoestima e personalidade – influenciam o desempenho de habilidades esportivas e motoras e a maneira como a participação em esportes e na educação física influencia o desenvolvimento psicológico (personalidade, agressão). Foi realizada em 1967 também a primeira conferência anual da North American Society for the Psychology of Sport and Physical Activity (NASPSPA). (GOULD, D; WEINBERG, 2002).

O 5º período – psicologia do esporte e do exercício contemporâneo (de 1978 até o presente) houve um tremendo crescimento na psicologia do esporte e do exercício, especialmente na área aplicada. Nas últimas décadas, a Psicologia do esporte vem passando por algumas mudanças, como em relação aos profissionais, pois estão em dois campos distintos de atuação: no primeiro deles estaria a Psicologia do Esporte acadêmica, cujo interesse profissional recairia sobre a pesquisa e conhecimento da disciplina do Esporte; no segundo estaria a Psicologia aplicada próxima do campo de atuação e intervenção (RUBIO, 1999)

Foi durante esse período que se organizou a primeira instituição com o objetivo de congregar pessoas interessadas na psicologia do esporte. Surgiu, então, a International Society of Sport Psychology (ISSP), presidida pelo italiano Ferruccio Antonelli que passou a realizar reuniões bienais com o objetivo de divulgar trabalhos na área, além de promover o intercâmbio entre os investigadores

Vale ressaltar que em 1980 foi fundado a jornada de psicologia do esporte e o comitê Olímpico dos EUA desenvolve o Conselho Consultor de Psicologia do esporte. Em 1984 a cobertura da T.V. americana enfatiza a psicologia do esporte e pela primeira vez em 1988, a equipe olímpica norte-americana é acompanhada por psicólogos do esporte oficialmente reconhecidos.

2.2. A PSICOLOGIA DO ESPORTE NO BRASIL

A psicologia do esporte no Brasil ainda é vista como uma novidade tanto por psicólogos, como profissionais do esporte, atletas, técnicos e dirigentes. O marco inicial da psicologia do esporte brasileira foi dado pela atuação e estudos de João Carvalhes, um profissional com grande experiência em psicometria, chamado a atuar junto ao São Paulo Futebol Clube, onde permaneceu por cerca de 20 anos, e esteve presente na comissão técnica da seleção brasileira que foi à Copa do mundo de Futebol de 1958 e conquistou o primeiro título mundial para o país na Suécia (MACHADO, 1997; RUBIO).

Naquele período a Psicologia do esporte não representou um grande impulso para a área no Brasil, somente em dezembro de 2000 ela foi reconhecida como uma especialidade da psicologia. (RUBIO, 2000b) Esse reconhecimento tardio se deve ao histórico da própria psicologia no Brasil e também as representações do esporte na década de 50 eram vistas de outra forma.

Em Relação à Psicologia, da maneira como ela se encontra organizada hoje, foi reconhecida como profissão apenas em 1962. Isso representou um grande movimento em duas frentes: na profissional e na acadêmica (RUBIO, 2000b).

Na profissional porque foi um período de concessão do registro de atuação profissional aqueles que já vinham exercendo ao longo de vários anos atividades que a partir daquele momento eram caracterizadas como do âmbito do psicólogo. E aqui se encontravam os filósofos, pedagogos, sociólogos que atuavam na escola, na indústria e, principalmente, na clínica, e que passaram a ser reconhecidos como psicólogos. Àqueles que não apresentaram os requisitos necessários para a obtenção do título restava fazer o curso de psicologia e obter o certificado por meio de formação acadêmica (RUBIO, 2000b).

Na esfera acadêmica o movimento foi de outra ordem, uma vez que apesar de já possuir um corpo teórico considerável na prática clínica, em outras áreas, principalmente na educação e em recursos humanos, a psicologia procurava se afirmar como ciência. São dessa época a criação e sistematização de um grande número de testes psicológicos que buscavam quantificar e medir inteligência, comportamento, personalidade e outros temas considerados da esfera da psicologia. Os instrumentos psicométricos desenvolvidos nessa época foram utilizados com a seleção brasileira (RUBIO, 2000b).

Se na Psicologia o movimento era de reconhecimento e de afirmação, no esporte, e mais especificamente no futebol, as condições era m distintas. As regras relevantes que marcavam o esporte na década de 1950 era o amadorismo e o fair play, e isso representavam um compromisso com a prática esportiva competitiva muito distinta daquela que se vive hoje. Os atletas que recebessem o mesmo a título de presente ou gratificação, benifícios para treinar ou competir eram considerados profissionais, e como tais não poderiam participar de Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais (RUBIO, 2000b)

O futebol constituía-se uma exceção. Profissionalizado no Brasil e em outros países desde a década de 1920, ele foi se tornando um fenômeno distinto das demais modalidades esportivas tanto naquilo que se refere à organização dos

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