Psicologia do Cotidiano
Por: Rodrigo.Claudino • 20/11/2017 • 1.063 Palavras (5 Páginas) • 415 Visualizações
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mas
percebo que as outras meninas do grupo também estão olhando para ela. A
menina esta com a mãe, essa menina grita para que a mãe vá balança-la, a
mãe atende ao pedido e fica um tempo razoável a balançando, aparentemente
a mãe cansou e foi parando de balançar aos poucos, a menina não se
conforma e como no começo começa a gritar com a mãe de novo, mais
fazendo manhã do que sendo mal educada, em um desses momentos de
histeria da criança, ela pega o seu chinelinho e joga na direção da mãe, o
intrigante é que a mãe até tenta conter a birra dessa menina, porém sem
sucesso algum, depois da cena do chinelo sendo jogado a mãe desiste e
coloca a menina no balanço de novo e começa a balança-la.
Quando isso acontece, eu e as meninas do grupo conversamos e
percebo que não foi só eu que fiquei indignada com essa atitude tanto da
criança quanto da mãe, desse jeito a menina vai ser muito mimada e pelo
menos no meu ponto de vista é na infância que temos que ensinar a criança a
ter limites, mostrar a ela que nem tudo que queremos nós vamos ter e coisas
do tipo, a mãe agindo desse jeito só vai estar criando uma adolescente mal
educada e que não tem limites. Parando para pensar sobre esse tema durante
a volta para minha casa, eu me lembro de algumas colegas de classe no
ensino fundamental e médio, algumas dessas garotas era extremamente
mimadas, a ponto de me irritar, eu sempre arranjava alguma briguinha com
elas, porque achavam que assim elas iriam aprender algo, elas também em
alguns momentos chegavam a ser mal educadas com o professor, quando eles
respondiam com um não a algumas perguntas delas ou até mesmo quando
não faziam as suas vontades.
Vindo nesse lugar fiquei com muita saudade da minha infância, de
alguns amigos que se perderam por causa das escolas que fizeram escolhas
diferentes das minhas, por conta disso acabei perdendo o contato. Eu não
lembro muito bem se na minha infância eu frequentava parques assim, mas
lembro de frequentar lugares alternativos a esse como o Bosque, o Taquaral e
uma Pracinha bem menor que ficava na rua da casa da minha avó, foi nesses
lugares que eu pude viver a melhor parte da minha infância, eu observei que
ainda boa parte das crianças aqui do Centro brincam com as mesmas coisas
que eu e ainda há mães que deixam as crianças se sujarem na terra ou até
mesmo cair um pouco para ficar com cicatriz e assim aprender a cair, levantar
e continuar brincando. Reparei que ainda nos dias de hoje, pelo menos em
mim, ainda há esperança de que algumas crianças possam ter uma infância
igual a que eu tive.
O lugar também me surpreendeu bastante, não pensei que tivesse um
Parque ou Centro como é chamado, tão enorme e tão próximo da minha casa,
eu só tinha visto lugares assim ou até com mais coisas lá em Jundiaí, por
causa do meu irmão que mora lá com meu pai, aos fins de semana quando vou
pra lá esse é um dos momentos mais legais, quando pegamos a bicicleta dele
e descemos para o Parque da Cidade para dar uma volta, tomar um sorvete ou
um refrigerante, estando aqui até parece que não estou em Campinas ou até
mesmo que não estou próximo a uma avenida bem movimentada, onde tem
escolas, lojas, lugares empresariais, onde nesse momento tem gente que deve
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