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PSI DO DESENVOLVIMENTO III - IDOSO

Por:   •  4/7/2018  •  1.666 Palavras (7 Páginas)  •  260 Visualizações

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“Hoje minha maior preocupação é com a saúde, tem sempre que ter aquele patrimônio como garantia de vida, porque as pessoas estão vivendo cada vez mais, e depois sua renda não é suficiente para você chegar até o final com qualidade.”

A tarefa essencial é, então, adaptar-se acertadamente às novas condições, tanto sociais quanto biológicas, que os anos trazem consigo. Frequentemente, tais condições significam dano, adversidade ou ameaça para a pessoa, e esta deve enfrentar todas elas. Diante de circunstâncias perigosas, ameaçadoras ou estressantes, o sistema adaptativo da pessoa se erige em sistema de enfrentamento, de defesa e de autoproteção. Por isso, faz parte do desenvolvimento e do amadurecimento adulto o desdobramento de estratégias de enfrentamento funcionais, adaptadas ao meio, à realidade de cada indivíduo, mecanismos mais ou menos deliberados de adaptação às novas circunstâncias os momentos de crises e de lidar com a realidade: Padrões, diferenciais, estilos de comportamentos, alguns dos quais são adaptativos, enquanto outros são patológicos, disfuncionais ou condenados ao fracasso. Existem adultos que se adaptam às novas circunstâncias e que enfrentam as adversidades, os conflitos e os problemas de maneira positiva e construtiva: são pessoas competentes, bem integradas, que gozam da vida e estabelecem relações acolhedoras e afetuosas, conscientes de suas conquistas, de seus fracassos e projetos, com uma atitude vital ativa, otimista, voltada para o futuro, com autonomia e auto-estima alta, capazes de desfrutar não somente do sexo e do ócio, mas também do trabalho. Muitos elementos da felicidade, da qualidade de vida, do bem- estar e das satisfações dependem de circunstâncias externas. Mas se é que, em algum momento, há um certo controle pessoal sobre tudo isso, é na idade adulta. Sob condições externas comparáveis, existem pessoas que, na plenitude da vida, conseguem dizer “vivi” (o vixis, viveu, das inscrições funerárias latinas), enquanto outras lamentam, com Borges, o “pecado de não ter sido feliz”.

“Eu acho que o amor que eu tinha desde que eu me casei continua o mesmo com minha esposa, com os filhos, não modifica nada, então, acho que às vezes com a idade em termos de sexualidade diminui, mas isso não tem nada haver com o amor. Ninguém é de ferro para dizer que vai viver a vida inteira daquele jeito, mas o amor você pode continuar e ter ele pela vida inteira.”

Um casamento que tenha sido relativamente bom desde o começo, pode estar melhor do que nunca. Do amor apaixonado dos recém-casados pode-se passar ao amor entre companheiros que se intensifica à medida que o casal compartilha alegria, confiança, fidelidade e uma compreensão íntima. Geralmente, as pessoas idosas casadas, comparadas com as solteiras, têm níveis mais altos de satisfação vital, saúde mental e física, recursos econômicos, integração e apoio social, e índices mais baixos de institucionalização. Os casais continuam juntos aos 60 anos têm mais probabilidade de serem felizes do que os casais de idade intermediária, embora não mais do que os jovens. Os problemas físicos e a necessidade constante de cuidados, mais frequentes em casais com mais de 70 anos, fazem com que a satisfação no casal tenda a ser menor. A capacidade de enfrentar os altos e baixos do casamento na velhice depende da tolerância mútua. Tal tolerância está baseada na intimidade, na interdependência e no sentido de pertinência recíproca. O conhecimento da personalidade do outro e o desfrute de sua companhia se transformam em objetivos importantes. Nesse contexto, estar apaixonado continua sendo o principal fator para o sucesso do casamento. Os anciãos valorizam muito a companhia e a oportunidade de expressar seus sentimentos abertamente, assim como o respeito e os interesses comuns (Atchley, 1985).

Sabe-se, que a satisfação com o casamento, mesmo que também se saiba que a frequência das relações sexuais não está. Se fosse assim, os níveis de satisfação no casamento seriam cada vez menores, dado que, com a idade, as relações sexuais são cada vez mais esporádicas. Temos que considerar que, durante a etapa adulta a velhice ocorre mudanças fisiológicas importantes: a resposta sexual é diferente da que se tinha na adolescência. Nos homens, as ereções são menos frequentes, costumam necessitar de uma estimulação direta, os orgasmos chegam mais lentamente e o tempo de recuperação é maior. Nas mulheres, pela menopausa, a excitação pode ser mais lenta e a lubrificação vaginal deficiente. Mas a maior parte dos especialistas não determina limites temporais para a sexualidade na velhice. Os idosos podem desfrutar de sua sexualidade se reconhecerem suas características e se, tanto eles como as pessoas mais jovens que os rodeiam, tomarem essas características como normais e saudáveis (López e Olazábal,1998).

“Eu não tenho nenhum tipo de sonho de consumo, por exemplo, um carrão de luxo, isso não me passa a cabeça, logico que tenho que ter aquilo que me atende. Mas sonho em montar uma empresa ligada ao meio ambiente, que trabalhe tanto no plantio de arvores de mudas para reflorestamento. Comprar um sítio onde tenha bastante agua e lazer. Outro sonho que tenho é estar sempre participando das coisas, então as pessoas me veem como uma pessoa amiga, uma pessoa para fazer parte de suas vidas.”

As relações sociais afetam todos os âmbitos da vida das pessoas mais velhas, contribuindo para o desenvolvimento de hábitos sociais e para a configuração de sua personalidade, pois têm de desenvolver novos hábitos para enfrentar as circunstâncias sociais nas quais se movem. Além disso, as relações sociais estimulam a mente e o pensamento, tendo múltiplos efeitos benéficos sobre a saúde e bem- estar. Os Homens e as mulheres mais velhas têm diferentes padrões de participação social e de relações sociais e afetivas nos âmbitos familiar e comunitário. Assim, as mulheres manifestam ter mais amigos do que os homens, mostrando também maior envolvimento emocional

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