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O USO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA EM ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA

Por:   •  16/9/2018  •  3.912 Palavras (16 Páginas)  •  388 Visualizações

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9 REFERENCIAS............................................................................................. 16

10 LOCAL E DATA.......................................................................................... 18

11 APENDICES................................................................................................ 19

1. RESUMO

A Tecnologia Assistiva (TA) é atualmente o termo aplicado para identificação dos recursos e serviços disponibilizados nas instituições de ensino. Com o objetivo de expandir e proporcionar habilidades de alunos com algum tipo de deficiência, a Tecnologia Assistiva vem ganhando seu espaço e reconhecimento para promover vida independente e inclusão social desses estudantes. O presente projeto busca avaliar se há apropriação e uso da Tecnologia Assistiva em instituições escolares públicas de ensino infantil do município de São João da Boa Vista - São Paulo. E de que modo essas instituições têm vivenciado essas novas tecnologias em suas práticas e processos na inclusão de alunos com deficiência em suas salas de aulas. Os dados para análise serão levantados por meio de pesquisas científicas realizadas dentro das instituições, visando identificar o quão preparada esta instituição está para receber estes alunos com deficiência, também serão avaliados os alunos e professores. O levantamento destas informações traz uma contribuição de suma importância para o crescimento dos alunos com necessidades especiais, diminuindo as diferenças que infelizmente ainda existem. Estas diferenças estão relacionadas principalmente à mobilidade, comunicação e locomoção.

Palavras-Chave: Tecnologia Assistiva; inclusão social; deficiência; recursos.

2. CARACTERIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Na sociedade atualmente despontam novos conceitos e paradigmas. Uma sociedade que aceita mais à diversidade, questiona seus modos de discriminação e avista novos caminhos de inclusão social da pessoa com deficiência. Este fato tem estimulado novas pesquisas, inclusive com a ajuda dos acelerados avanços tecnológicos disponíveis na atualidade.

Em aspectos gerais, percebemos que a evolução tecnológica contribui para tornar a vida mais simples. Com frequência, fazemos uso de mecanismos que foram concebidos para beneficiar e facilitar as atividades do dia a dia, como computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, eletrodomésticos, enfim, infindáveis meios, que já estão incorporados ao nosso cotidiano e, de modo geral, são instrumentos que facilitam nosso desempenho nas funções rotineiras.

Nessa perspectiva, surge o conceito de Tecnologia Assistiva que embora seja um termo relativamente novo, tem sido percebido em diferentes países do mundo, além das diversas formas de classificá-la. Embora a Tecnologia Assistiva seja uma expressão nova, que se refere a um conceito ainda em pleno processo de construção, a utilização de seus recursos já é bem antiga. Como faz notar Manzini:

Os recursos de tecnologia assistiva estão muito próximos do nosso dia-a-dia. Ora eles nos causam impacto devido à tecnologia que apresentam, ora passam quase despercebidos. Para exemplificar, podemos chamar de tecnologia assistiva uma bengala, utilizada por nossos avós para proporcionar conforto e segurança no momento de caminhar, bem como um aparelho de amplificação utilizado por uma pessoa com surdez moderada ou mesmo veículo adaptado para uma pessoa com deficiência. (MANZINI, 2005, p. 82).

Tecnologia Assistiva - TA é um termo utilizado para identificar todo o conjunto de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão (BERSCH, 2006).

A TA deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento. Podemos então dizer que o objetivo maior da TA é proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho.

De acordo com Bersch, a origem da expressão Tecnologia Assistiva, surge pela primeira vez em 1988:

O termo Assistive Technology, foi criado oficialmente em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana, conhecida como Public Law 100-407, que compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act. Este conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam. Houve a necessidade de regulamentação legal deste tipo de tecnologia, a TA, e, a partir desta definição e do suporte legal, a população norte-americana, de pessoas com deficiência, passa a ter garantido pelo seu governo o benefício de serviços especializados e o acesso a todo o arsenal de recursos que necessitam e que venham favorecer uma vida mais independente, produtiva e incluída no contexto social geral. (BERSCH, 2005).

Essa legislação norte-americana que estabelece os critérios e bases legais que regulamentam a concessão de verbas públicas e subsídios para a aquisição desse material, entende Assistive Technology como Recursos e Serviços. Recursos, no texto da ADA - American With desabilities Act, é “todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida, utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência”. Serviços são “aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos” (BERSCH, 2005).

Baseados nos critérios do ADA, Cook e Hussey definem Tecnologia Assistiva como:

Uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais encontrados pelos indivíduos com deficiência (COOK e HUSSEY, 1995).

Portanto, essa maneira de entender TA, a concebe bem além de meros dispositivos, equipamentos ou ferramentas, englobando no conceito também os processos, estratégias e metodologias a eles relacionados.

No Brasil, o processo de apropriação

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