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ESTUDOS SOBRE AS CONTRIBUÇÕES DA ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO NO TRABALHO

Por:   •  22/6/2018  •  2.022 Palavras (9 Páginas)  •  482 Visualizações

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Durante o desenvolvimento humano o trabalho sofreu grandes transformações. Estas transformações parecem ter sido gradativas, se for observado com cuidado. O homem primitivo, por exemplo, tinha sua atividade de trabalho totalmente fundamentada na coleta – colhia, caçava e pescava e hoje é notável que nas culturas atuais o trabalho já tem outras finalidades. Leo Huberman, em seu livro “História da Riqueza do Homem”, descreve a evolução do trabalho, a partir do sistema feudalista tipicamente europeu até o capitalismo globalizado que hoje conhecemos. As modificações nas formas de trabalho passaram por processos longos e intermináveis. Como dizia o escritor Omar Cartes: “A humanidade não pode passar diretamente do machado de pedra para a central atômica [...]”, pois as técnicas e tecnologias que possuímos hoje foram herdadas da geração que nos antecedeu, da mesma forma, a geração futura herdará de nós essas técnicas e tecnologias um pouco mais aperfeiçoadas. (2006, Omar Cartes, História do Trabalho)

No entanto, não é necessário nesta abordagem o aprofundamento em teorias sobre o trabalho. O interesse aqui é fazer uma abordagem do trabalho dentro do âmbito organizacional, a fim de esclarecer as transformações ocorridas nesta área especifica. E a partir da implantação da psicologia no trabalho, dar enfoque na analise experimental do comportamento.

Assim, pode-se dizer que o trabalho sofreu grandes mudanças desde épocas remotas, e após aplicação da psicologia, outras novas mudanças vêm ocorrendo até os dias atuais. Isso nos leva a seguinte pergunta: como era o ambiente organizacional antes da psicologia? Sendo mais especifico antes da analise experimental do comportamento. Mais a frente será abordada esta situação.

Os Processos psicológicos e o comportamento

O behaviorismo, também denominado analise experimental é uma linha da psicologia onde o nome tem sua origem na palavra behavior, de origem inglesa, que significa comportamento. Muitas correntes antecederam ao comportamentalismo até ele se tornar o que é hoje. Alguns conceitos como, o comportamento respondente, comportamento operante, formam essa teoria.

O comportamento respondente, seria o pertencente ao behaviorismo clássico, estimulo- resposta (S-R). Segundo Ivan Pavlov, ele é formado pelo pareamento de estímulos que gera certas respostas. Assim, temos um estimulo neutro, que não gera uma resposta no indivíduo, e um estimulo incondicionado que gera uma resposta inata. Quando se faz o pareamento de um estimulo com outro durante uma certa quantidade de repetições, o estimulo neutro passa a gerar resposta condicionadas no indivíduo. Logo, o comportamento respondente esta relacionado com todas as respostas que dependem do sistema nervoso autônomo e são eliciadas por estímulos do ambiente. Para entender melhor a ideia de estimulo-resposta será feita uma abordagem sobre este processo.

O ser humano recebe através de sensações a informação (estimulo) do meio ambiente, que pela via aferente do sistema nervoso, chega até o córtex cerebral. Este fará o processamento da informação, e, logo em seguida, pela via eferente uma resposta motora será emitida. Todo esse processo é uma breve representação do que ocorre no comportamento respondente.

Há, também o conceito de comportamento operante, abordado por B.F. Skinner. Este comportamento já é diferente da ideia de “S-R” (estimulo-resposta). No comportamento operante, o individuo age sobre o ambiente e através da consequência de sua ação recebe um novo estimulo (reforço). Este reforço pode aumentar a possibilidade de resposta pelo indivíduo.

Existem alguns processos psicológicos envolvidos no comportamento operante. Se pensarmos na maturação que um organismo obteve por condicionamentos acumulados, por exemplo, pode-se notar que há o uso da memoria, sensação. Referindo-se a reforço, é fácil notar que há o uso da percepção para indivíduo perceba que um estimulo( reforço) tem ligação com determinada ação e o uso da memória para que determinada resposta possa ocorrer com mais frequência.

Desta forma, pode-se dizer que existem muitos processos psicológicos envolvidos no comportamento.

Organizações sem a psicologia do trabalho

Antes da revolução industrial, o interesse das organizações referente a forma de como as técnicas estavam aplicadas ao trabalho, era uma importância exclusivamente voltada a satisfação dos lideres, e assim acreditavam que o gerenciamento seria eficaz focando nos superiores, independentes das necessidades básicas dos funcionários. Deste modo, não existia satisfação para os trabalhadores.

Isso se dava, por que o objetivo estava focado apenas na produtividade a qualquer custo, provocando assim vários problemas, como: falta de motivação; saúde; percepção; fadiga; entre outros. Um dos pontos forte para esse acontecimento era, as condições precárias de trabalho, por conta da falta de saneamento básico. As orientações a respeito da produtividade não eram estruturadas, por conta disso muitos processos práticos e comuns para a resolução de problemas corriqueiros com relação as interpessoalidade dentro das organizações eram distorcidos ou realizados sem sucessos por falta de uma concepção científica a respeito do caso.

A relação organizações os funcionários, estava em um nível não humano, condições desesperadoras acompanhavam as pessoas que trabalhando apenas pela sobrevivência sem algum tipo de visão a uma boa condição de vida. Por conta disso que ouve a necessidade de uma mudança, até porque não deve apenas existir uma boa relação pessoal no trabalho, mas com o social fora dele, assim práticas como a psicologia do trabalho foi introduzida para com seus métodos criar uma aplicabilidade prática e objetiva para a resolução dos problemas eminentes que existia nas organizações antigas. Que vem sendo aprimoradas a cada dia que se passa.

Um interesse crescente pelo do trabalho e a convicção de que o grau de satisfação no trabalho relacionasse com aspectos tais do comportamento no trabalho como a produtividade, e com os índices de absenteísmo e de renovação de pessoal estimularam o desenvolvimento de uma vasta literatura de pesquisas (de acordo com algumas autoridades, acima de 4.000 itens) sobre satisfação no trabalho não o bastante, como assinalou hionrichs (1968), ainda falta uma definição clara e geralmente aceita de satisfação no trabalho, e o conceito é em muitos aspectos análogo “ao tantas vezes usado mas essencialmente indefinido conceito moral”

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