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Discussão do filme Tarja Branca

Por:   •  23/9/2018  •  1.493 Palavras (6 Páginas)  •  619 Visualizações

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O artigo também aborda sobre essa redução do brincar na sociedade contemporânea e suas consequências, um dos pontos levantados é que devido ás formações da sociedade capitalista no sistema escolar, e as frequentes posições de controle sobre as crianças assumidas pelos professores, subtraindo os espaços lúdicos. Ainda, o discurso social sobre as crianças, a escola e a cidade tem como sintomas recorrentes o isolamento, a hiperatividade, a depressão e a violência.

Diante do exposto fica evidente a ação terapêutica do brincar. Essa característica é referenciada até mesmo no título do documentário, “Tarja Branca”. No filme é falado que o nome se refere a uma ‘medicina psicolúdica’, além disso, é dito que é a palavra que concerta as pessoas. E possível compreender que o brincar é referenciado no filme como algo capaz de trazer alegria, algo que pode afetar e transformar de maneira positiva a vida daqueles que o exercem, tendo ação lúdica e terapêutica sobre a vida dessas pessoas. Considerando que a tarja dos medicamentos indica o grau de risco, ou seja, perigo que aquela medicação pode oferecer à saúde e que os medicamentos identificados com a tarja preta são os que representam maior risco a saúde e portanto necessitam de maior controle de uso, a medicação de tarja branca pode ser entendida como aquela que oferece risco mínimo, ou inexistente a saúde, podendo ser adquirida e usada sem nenhum controle. Com base no filme acredito que a indicação dessa medicação ‘psicoludica’ seria a maior dose possível e que isso seria capaz de ‘concertar’ a vida, trazendo mais felicidade.

Algumas Cenas ficaram marcantes para mim ao longo do documentário. A primeira delas se refere a quando várias pessoas definem o que é brincar par ela, dentre as discrições uma especial definiu o brincar como “usar o fio inteiro de cada ser, usar o fio de vida inteiro”. Isso pra mim está relacionado a viver com intensidade, a viver de verdade, a aproveitar a vida, a fazer valer a pena e viver momentos marcantes. Acredito que isso dá sentido a vida, ou seja, viver intensamente e fazer com que cada momento possa ser vivenciado como único e significante.

Duas das cenas finais, em que as pessoas comentam sobre fotos de quando eram crianças, também foram marcantes para mim. Em uma delas está o discurso de Domingos Montagner em que ele fala que não está decepcionando aquele molequinho da foto. Em minha compreensão foi marcante porque sempre fico admirada quando pessoas falam de algo que fazem com amor. Ao meu ver, o que ele disse estava repleto de amor e satisfação pelo que ele estava realizando em sua vida, naquele momento. Também, acho que essa cena se destacou pelo fato de que fiquei pensando que ele possa ter usado, literalmente, seu “fio de vida inteiro” em uma brincadeira, e o que ocasionou a sua morte poderia ter sido uma brincadeira, ou seja, que ele se arriscou fazendo algo que gostava, algo que lhe daria prazer.

Por fim, a terceira cena e refere a quando uma das mulheres fala de uma foto de criança em que ela está sorrindo e correndo na praia, contando que as pessoas dizem que ela ainda tem o mesmo sorriso. Foi marcante porque lembrou minha infância, em um momento em que tinha cinco anos: Estava no alto do morro, na rua da casa em que morava, em rua calçada com pedras; minha mãe segurava minha irmã de um ano no colo e eu disse a elas que iria voar, desci a rua de braços abertos, correndo, só parei quando tropecei em uma pedra. Tive um corte profundo na testa, entretanto, somente percebi que tinha me machucado quando um vizinho veio me socorrer, me pegou nos braços e então, eu vi o sangue. Apesar do acidente foi uma experiência incrível, eu realmente senti a felicidade como se estivesse voando. Além disso, essa cena me marcou pela frase em que se refere a ter o mesmo sorriso de infância, acho algo fundamental conseguir conservar esse sorriso e são raras as pessoas que conseguem e geralmente essas, são pessoas encantadoras.

Referencias

Meira, A. M. 2012. A educação, o brincar e a infância contemporânea. Revista de Educação. PUC-Campinas, Campinas, 17(2):173-179.

Tarja Branca: A revolução que faltava. 2014. Produção: Maria farinha filmes.

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