Dicionário de Psicanalise
Por: eduardamaia17 • 28/3/2018 • 1.417 Palavras (6 Páginas) • 514 Visualizações
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O sexual freudiano é psiquicamente traumático e é sob essa forma que prioritariamente ele se encontra. Por traumática é necessário entender uma experiência vivida e que provoca uma excitação tão forte que nenhuma elaboração pode trata-la e, assim, perturba duradouramente a gestão da energia psíquica. Para os princípios de prazer e de constância que condicionam o equilíbrio psíquico, o trauma é inassimilável.
6- O que é libido?
Libido se relaciona com tudo aquilo suscetível de ser compreendido sob o conceito de amor, o amor, o amor desde o ponto de vista sexual, à amizade, ao amor à humanidade em geral, ao amor, finalmente, a objetos concretos ou abstratos.
7- Como a sexualidade humana passa a ser pensada a partir do conceito de pulsão?
Como toda pulsão, a sexual situa-se no limite somatopsíquico, sendo que, a parte psíquica, Freud denominou libido (em latim designa “desejo”), a qual, em termos genéricos, alude a “todas as pulsões responsáveis por tudo o que compreendemos sob o nome de amor” (Freud, 1921). Assim, certas zonas corporais, principalmente aquelas constituídas por orifícios (boca, anus, meato do aparelho genito-rinário externo, mamilo) serão o local preferencial da fixação da libido, não só pelas gratificações privilegiadas por essas áreas corporais, como também pelo seu papel de comunicação com o exterior, e elas compõem as aludidas zonas erógenas. Na verdade, completou Freud (1938), “seria mais correto dizer que o corpo, como um todo, é uma zona erógena”.
8- Com FREUD a sexualidade encontra-se desnaturalizada. Explique.
Ela é humana e, portanto, problemática, por se confrontar com o inacessível. Uma prova disso são as “aberrações sexuais” (desvios em relação ao objeto ou ao objetivo sexuais), que constituem as perversões, tal como Freud as nomeia nos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905-1925)- elas não são plenamente humanas, e a linguagem moral (religiosa, ideológica, jurídica) que as coloca fora das normas quer crer em uma natureza humana legitimada por uma transcendência presente em toda eternidade. Freud insiste nisso: “Por motivos estéticos, gostaríamos de poder imputar essa aberração, assim como outras graves aberrações da pulsão sexual observados nestes últimos não são diferentes daqueles dos saudáveis, qualquer que seja sua raça ou sua condição”.
9- Por que os critérios de normal/anormal não se adequam à pulsão?
Para abordar o sexual, Freud inventa o conceito de pulsão (Trieb) e acrescenta o de libido, definida como força (ou energia) pela qual a pulsão se manifesta na vida psíquica. Com esses conceitos, a sexualidade humana é pensada como jamais havia sido anteriormente: ela não é mais uma e não nasce com a puberdade no momento da maturação dos órgãos genitais masculinos e femininos. A referência à única sexualidade normal (a união das partes genitais no acasalamento heterossexual) não explica nada. O critério normal/anormal não é pertinente para a pulsão.
10- Quais os elementos da pulsão?
Conforme Freud descreveu, toda pulsão implica a existência de quatro fatores que lhe são imanentes:
Fonte: Provém das excitações corporais, ditadas pelas necessidades de sobrevivência.
Força: Determina o aspecto quantitativo da energia pulsional, ou seja, representado importante aspecto “econômico” do psiquismo, conforme o modelo energético de Freud acerca do funcionamento psíquico.
Finalidade: Primariamente, é a descarga da excitação para conseguir o retorno a um estado de equilíbrio psíquico, segundo o “principio da constância” ou o da “homeostasia”.
Objeto: Bastante variável e mutável, é aquele que seja capaz de satisfazer e apaziguar o estado de tensão interna oriunda das excitações do corpo, ou que, no mínimo, sirva-lhe como mero depósito de descarga.
11- Por que a pulsão freudiana é parcial?
O caráter sexual das pulsões parciais, cuja soma constitui a base da sexualidade infantil, define-se, num primeiro momento, por um processo de apoio em outras atividades somáticas, ligadas a determinadas zonas do corpo, as quais, dessa maneira, adquirem o estatuto de zonas erógenas. Assim a satisfação da necessidade de nutrição, obtida através do sugar, é uma fonte de prazer, e os lábios se transformam numa zona erógena, origem de uma pulsão parcial.
12- O que quer dizer "a sexualidade das crianças é perverso polimorfa"?
À medida que a sexualidade se desenvolve, os primeiros estágios infantis- que não devem ser considerados como perversos, mas estágios transitórios- dissolvem-se na sexualidade normal. Quanto mais tranquila e fácil for esta retirada da libido de suas posições transitórias, tanto mais rápido e perfeito será o desenvolvimento da sexualidade. Quanto menos isto se fizer, tanto mais perversa a sexualidade poderá se tornar. A condição fundamental para a perversidade
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