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Contribuições do psicologo no NASF

Por:   •  28/2/2018  •  6.597 Palavras (27 Páginas)  •  252 Visualizações

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Considerando que se trata de uma política recente, a proposta foi delineada pelo grupo em função do interesse pelo trabalho do NASF especialmente pelo trabalho do psicólogo como participante ativo, que se atenta sobre a necessidade de cada família, pois a atenção, a escuta e o diálogo são fundamentais para estabelecer vínculo e adesão à proposta do projeto terapêutico (BOSI e MERCADO-MARTINEZ, 2010).

No Brasil, o problema se agrava por haver uma situação social ainda marcada pela exclusão de grande parcela da população ao acesso às condições mínimas de vida, tais como, alimentação, moradia, educação e trabalho digno. Devido a estes fatos se fez necessário a construção do modelo vigente de saúde pública brasileira, fruto de conquistas marcadas através da reforma sanitária. Daí a importância de apresentar as políticas públicas voltadas para esta área e identificar as contribuições da psicologia junto a tais políticas.

Este assunto é relevante, pois está relacionado à inserção da Psicologia na atenção básica, por meio do NASF, além da importância da participação deste profissional em uma equipe multiprofissional atuando o mais próximo possível da população. Para chegar ao proposito este trabalho será norteado da seguinte forma, mapeando as políticas públicas, caracterizando o NASF e entendendo como atuam as equipes deste núcleo, compreendendo quando o psicólogo passou a atuar no NASF, conhecendo quais profissionais atuam em parceria com o psicólogo na equipe multidisciplinar e pesquisando qual o papel do psicólogo neste contexto.

Este trabalho se justifica, pois percebe-se que é fundamental o acompanhamento psicológico em conjunto com os demais profissionais do NASF, desta forma esta atuação integrada permite realizar discussões de casos clínicos, possibilita o atendimento compartilhado entre profissionais tanto na Unidade de Saúde como nas visitas domiciliares, contribuindo na construção de projetos terapêuticos de forma que qualifica as intervenções na saúde de grupos populacionais em territórios cada vez mais amplos (BRASIL, 2012).

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho foi através de pesquisas bibliográfica em livros e artigos científicos nas bases de dados científicas Scielo, CRP e CNP utilizando os seguintes descritores para busca dos artigos: Núcleos de Apoio à Saúde da Família, Saúde Básica, Politicas Publicas. Além disso, para a construção da interdisciplinaridade o tema foi discutido entre o grupo de alunos e com todos os professores do 2º módulo do curso de Psicologia. A interdisciplinaridade é um paradigma que leva em conta uma tomada de posição frente ao problema do conhecimento pelas pessoas envolvidas num processo educativo e que reconhece a complexidade dos problemas a serem enfrentados, propondo soluções para que a humanidade possa se expressar em sua plenitude (CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA, 2015).

Ainda segundo o Centro Universitário UNA (2015), a interdisciplinaridade requer uma relação de reciprocidade, interação, mutualidade e diálogo em torno de uma intenção comum pelos participantes do projeto; cooperação entre as disciplinas ou áreas distintas de uma mesma ciência para que possam enriquecer-se mutuamente; aplicação prática da teoria para a sedimentação dos conteúdos aprendidos; abertura a todas as formas de saber que possam contribuir com o projeto, mantendo-se o foco científico sobre o objeto estudado; substituição da concepção fragmentária do conhecimento por uma concepção mais abrangente, complexa e que abarque vários ângulos em que o tema do projeto possa ser estudado.

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POLÍTICAS PÚBLICAS E O NASF

Segundo Junior e Junior (2006) a política pública voltada para área da saúde surge inicialmente nos Estados Unidos por meio de uma disciplina acadêmica, baseado em teorias explicativas sobre o papel do estado. A área surge sem estabelecer relações com as bases teóricas sobre o papel do Estado, passando direto para a ênfase nos estudos sobre a ação dos governos.

No Brasil, durante os anos de 1897 até 1930 os assuntos relacionados com a saúde e funções públicas, eram tratados no Ministério da Justiça e Negócios Interiores onde relatava que a assistência à saúde ofertada pelo Estado se limitava às ações de saneamento e combate as endemias. O primeiro modelo da assistência médica não era universal, e baseava-se apenas nos vínculos trabalhistas, onde tinham direito somente os trabalhadores com carteira assinada que contribuíram para a Previdência (MOROSINI et al., 2006).

De acordo com Junior e Junior (2006) foi criado a partir de 1930, o Ministério da Educação e Saúde, que se tornaram predominantes para os governos, pois as ações baseavam-se no caráter coletivo. A partir desta década a ênfase governamental começa a se deslocar para a assistência médica individual. Originou-se então, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), que foi criado anos depois. Já em 1974, que passou a estimular o desenvolvimento das atividades hospitalares, onde surge o Plano de Pronta Ação (PPA), que desburocratizou o atendimento de urgência permitindo o atendimento ambulatorial a toda a população nos casos de urgência.

Junior e Junior (2006) traz relatos sobre o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) que foi fundado em 1976, onde marca o início da mobilização social que se convencionou chamar Movimento da Reforma Sanitária Brasileira (MRSB). Já em março de 1986 foi realizada a VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS), marcada pela expressiva participação popular por mudanças baseadas no direito igualitário e universal a saúde. O conceito de saúde foi ampliado e vinculado às políticas sociais e econômicas. A assistência é concebida de forma integral preventiva e curativa.

A Constituição Federal no ano de 1988 deu nova reforma à saúde no Brasil, estabeleceu a todos o direito universal. A Saúde passou a ser dever constitucional do governo, sendo que antes era apenas para o trabalhador segurado. Desde então a reorganização do sistema de saúde brasileira, tornou-se prioritária, resultando na formulação de políticas que viabilizassem a efetividade dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

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