Análise do filme Colcha de Retalhos
Por: Carolina234 • 9/3/2018 • 1.073 Palavras (5 Páginas) • 394 Visualizações
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Em se tratando da relação dialógica presente no longa, é o que ocorre quando na relação com o outro os participantes do diálogo relacionam-se através da empatia e da reciprocidade, os envolvidos estão e são presentes. Não existe relação de superioridade ou de coisificação. No filme a história é contada nessa perspectiva, assim como as lembranças que Finn escuta e pergunta sobre os seus pontos de vista sobre a relação. Percebe que o seu interesse parte sobre o que é amar para todas envolvidas na costura da colcha. Não há um distanciamento entre elas. Eles não se impõem ou são impostas sobre os seus assuntos amorosos. E não os tratam como se ela fosse inferior ou superior, apenas como alguém, assim como elas. O diálogo então permite avaliar todos os envolvidos, e as suas relações amorosas desastrosas e cheias de estigmas.
O existencialismo trabalha o tema “Morte”, preenchendo diversas lacunas para o desenvolvimento de conceitos estruturais que enraízam o pensar existencial dentro de um parâmetro em que se é possível observar o ser humano em sua totalidade. No filme podemos citar cada cena, cada momento, cada gesto, cada suspiro, cada segundo para caracterizar este tema, pois cada momento vivido é também uma morte e, assim, sendo a prova da vida, singularizando cada um desses momentos vividos, colocando o ser humano como um ser em sua totalidade a todo momento.
Há um momento no filme em que a avó cobre a neta com a colcha, já pronta, como se a jovem estivesse sendo coberta por todas as estórias de amor e feminilidade que representam aquelas mulheres. E, de fato, podemos pensar que, de uma forma ou outra, nós somos cobertos, desde o nosso nascimento pelas colchas tecidas com as experiências, mitos, tradições, permissões e proibições que, ao longo de várias gerações, vão marcando nossos caminhos. Essa cena levanta outro grande tema, “O sentido Da Vida”, que propõe a dinâmica de que o homem é um eterno vir-a-ser, sempre num processo de transformação, renascendo a cada nova experiência, o ser que se monta em cima de seus objetivos que se desdobram com a existência.
Quando Finn toma a decisão do que lhe foi transmitida através da história das mulheres podemos observar o ser humano com ser transcendental, é quando a personagem reflete sobre as vivências e se projeta para além do que pode ser, trazendo o “poder-ser” para mais perto da realidade.
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