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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS DE PSICANALISE

Por:   •  3/1/2018  •  2.122 Palavras (9 Páginas)  •  526 Visualizações

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De acordo com Malanie Klein a criança tem uma imagem inexistente da mãe real, as chamadas fantasias inconsciente que estão presentes nas relações objetais primitivas. As fantasias nascem com o sujeito, são representantes dos instintos libidinais e os agressivos.

Elas dão origem a atitudes pré-consciente e conscientes que determinam a personalidade. Por tanto João apresenta problemas comportamentais

A vida de João foi marcada pela ausência de sua mãe. Perda do objeto (mãe), que o satisfazia infinitamente, com a ausência já não o satisfazia, sempre que ele a desejava.

Relações objetais é a maneira que o sujeito se relaciona com os objetos exteriores. Uma relação de amor, amparo, afeto e esperança não foi vivenciada pelo João uma relação objetal insuficiente.

Esta ausência, por sua vez, ocasionava explosões agressivas por parte da criança predominante a posição esquizo-paranóide, umas das armas punitivas utilizadas, passam a ser excrementos como urina e fezes.

João vivenciou experiências dolorosas, principalmente, por ter permanecido, três dias ao lado do corpo de sua mãe, essa experiência dolorosa de tensão originou sobre seu comportamento sentimentos destruitivos.

Existe um predomínio da onipotência, não assume suas responsabilidades, por suas atitudes, se esconde e é agressivo; consequência dos episódios ocorridos de frustações dolorosas. João não tem noção a essa vida emocional traumática, desenvolvendo comportamentos referenciados.

Concluímos que com todos impactos agressivos que João sofrera ao longo da vida, poderão ser reconstruídas através do laço afetivo da tia, e com o tratamento psicológico, dando-lhe a possibilidade de se conhecer como ser humano, e lidar com as adversidades da psique.

- RÊVERIE NA TEORIA DE BION

A obra de Bion, expressa concepções técnicas com uma amplitude digna dos grandes autores da psicanálise. Ele não só se apropriou de todos os recursos teóricos e metodológicos disponíveis no campo da psicanálise, como também propôs novas diretrizes a conceitos já estabelecidos e anteriormente aplicados por Freud.

Tanto na teoria do precursor da psicanálise, Freud; quanto na de Bion, um dos seus principais sucessores; o conceito de vínculo merece lugar de destaque. Ambos os autores reconhecem a importância do vínculo, mas é Bion que mergulha com mais profundidade nesse conceito. O teórico compreende vínculo como estrutura que se concretiza na simbiose relação-emoção, compartilhada por duas ou mais pessoas, ou entre duas ou mais partes separadas de uma mesma pessoa.

Segundo o autor, a experimentação do vínculo acontece ainda na vida pre natal, quando a mulher vivencia um estado êxtase; envolta por sensações singulares, a unicidade está em sua plenitude; a mulher e o bebê tornam se cúmplices de uma trama de ternura, de amor, de amparo, de entrega e identificação. A esse processo considerado primordial para a transformação e evolução do estado psíquico da criança, Bion define de Rêverie.

Para Fernandes (2003, p.44), o vínculo se refere tanto ao mundo interno quanto a relação com a sociedade. O autor cita Zimerman: “... os vínculos são elos de ligação intra, inter e transpessoais e que sempre estão acompanhados de emoções e fantasias inconscientes”.

Para ele, isso se dá através da relação de integração afetiva existente entre a mãe e o bebê; a figura da mãe então representa o objeto externo que dará a representatividade simbólica que a criança necessita para se compreender enquanto outro ser. Depois de introjetar tais percepções, a criança controlará melhoras pulsões, como também terá maior capacidade de suportar as angustias.·.

A ideia de Bion é que desde bebê o sujeito carrega em si a necessidade de relacionar se, seja a objetos, sentimentos ou idéias. Esse mundo sígnico é o estado primitivo da vida do bebê, onde as emoções e percepções ainda não foram resignificadas, o progresso de desenvolvimento da vida psíquica do bebê depende então da função de Rêverie, ele se encarrega de fazer o processo de transposição de um estado imaginário, para estado simbólico. O Rêverie então possibilita que o bebe dê sentido a sua experiência, suporte a perda da onipotência, dose o contato coma realidade.

Para que isso aconteça é necessário que algumas funções maternas estejam bem elaboradas. Uma delas denomina da função alfa, tem como foco principal fazer com que as pressões instintivas, e as representações sensoriais (beta), sejam resignificados, transformando os elementos antes sígnico, em elementos simbólicos. A função Alfa também possibilita transformar estados anímicos insuportável em suportáveis.

O processo de simbolização plena acontece por conseqüência das múltiplas evoluções, pelo qual passa o bebê. Isso se concretiza quando a criança evolui da posição esqui- paranoide para a posição depressiva até que a representação simbólica se traduza pelo pensamento verbal; ganhe maior força de abstração e perca a concretude sensorial, imagética. Esse mundo sígnico é o estado primitivo da vida do bebe, onde as emoções e percepções ainda não foram elaboradas, o progresso de desenvolvimento da vida psíquica do bebê depende então da função de Rêverie.

Quando bem elaborado possibilita que o bebe dê sentido a sua experiência suporte a perda da onipotência, dose o contato com a realidade. Nesse estágio evolutivo o bebe já ultrapassou o que se conhece de equação simbólica, que é a rígida proximidade entre o representante e o representado, passando para a etapa mais elaborada de seu desenvolvimento, que é quando o representando não se faz essencialmente necessário; e o bebê já suporta a ausência do objeto, por já ter alcançado com maior estabilidade a posição depressiva.

A importância do papel materno em todo esse processo é dar suporte nessa transição; estando disposta a criar condições favoráveis para acolher as manifestações da vida emocional do bebê, sendo sensível ao seu anseio por amor, proteção e também acolhendo suas angústias. Isso será o diferencial que fará com que o bebê transponha os percalços existenciais. De posse dessa estrutura construída pela mediação maternal o bebê adquirirá a maturidade psíquica necessária para criar em sua mente uma forma de representar um objeto sem que este esteja fisicamente presente, esse constructo simbólico inaugura na criança a fase depressiva, superando a fase esquizo-paranóide.

Por fim o autor compreende

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