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A Atividade de Observação Comportamental de uma criança

Por:   •  15/12/2018  •  4.951 Palavras (20 Páginas)  •  414 Visualizações

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3 – PIAGET

Segundo Palacios (2004), Piaget, assim como Freud elaborou uma teoria de desenvolvimento psicológico como uma sequência de estágios que vão desde a imaturidade inicial do recém-nascido até o final da adolescência, com a intenção de descrever e explicar como funcionam os processos de transformações intelectuais que ocorrem na criança para sair de um psíquico de um recém-nascido para o conhecimento abstrato e organizado que encontramos em um adulto. Segundo o autor, na teoria de Piaget, a meta sempre é a adaptação, conseguir dar uma resposta adequada aos problemas que o indivíduo vai encontrando em cada momento, cada fase.

De acordo com o autor, os estágios do desenvolvimento intelectual de Piaget são: sensório-motor (0 a 2 anos), pré-operatório (2 a 7 anos, faixa etária da criança que foi analisada para o trabalho), operações concretas (7 a 12 anos) e operações formais (a partir da adolescência).

Seguindo ainda conforme Palacios (2004) e focando somente no estágio pré-operatório, nessa etapa a inteligência é simbólica, a linguagem é enriquecida rapidamente, a imaginação se desenvolve, os desafios já não são sensório-motores, mas lógicos, as respostas já não são mais físicas, mas sim raciocínios, a criança tende ao egocentrismo ou a centração, fazendo que seu raciocínio careça ainda de lógica.

4 - VYGOTSKY

De acordo com a autora Cíntia Maria Basso, para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros. Nas interações cotidianas, a mediação (necessária intervenção de outro entre duas coisas para que uma relação se estabeleça) com o adulto acontece espontaneamente no processo de utilização da linguagem, no contexto das situações imediatas.

Conforme a autora, para Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, isto é, é na interação com outros sujeitos que formas de pensar são construídas por meio da apropriação do saber da comunidade em que está inserido o sujeito.

5 - CONCEITOS DA PERSONALIDADE

5.1 – AUTOCONCEITO

Segundo Palacios e Hidalgo (2004), o autoconceito está ligado à imagem que temos de nós mesmos e se refere ao conjunto de características ou de atributos que utilizamos para nos definir como indivíduos e nos diferenciar dos demais, se relaciona com os aspectos cognitivos do sistema do eu e integra o conhecimento que cada pessoa tem de sim mesma como ser único, esse conhecimento segundo os autores é o resultado de um processo ativo de construção pelo sujeito ao longo de seu desenvolvimento e começa a ser definido durante a primeira infância do sujeito, embora durante os anos restantes da infância e da adolescência é que acontece uma maior elaboração.

Segundo os autores, na infância, o autoconceito é concebido em função do nível cognitivo que o indivíduo alcança em cada momento e das experiências sociais. Na primeira infância as suas descrições são em termos simples, tipo “bom” ou “mau”, ao passar dos anos suas autodescrições crescem e elas irão fazendo um uso cada vez maior de comparações sociais para preencher o conteúdo do seu autoconceito.

5.2 - AUTOESTIMA

Segundo os autores Palacios e Hidalgo (2004), o conhecimento de si, anteriormente citado, se completa como uma dimensão valorativa e julgadora do eu: em que medida avalio minhas características e competências, como satisfeito ou insatisfeito, contente ou descontente; como me sinto em relação como eu sou. Essa visão, segundo os autores, cada pessoa tem de seu próprio valor e competência, o aspecto avaliativo do eu, é o que conhecemos como autoestima.

Segundo Palacios e Hidalgo, as dimensões relevantes na autoestima das crianças vão mudando com a idade, da mesma forma como ocorre com o autoconceito, para avaliar autoestima entre os quatro e sete anos, podemos citar pelo menos quatro domínios relevantes nessas idades: competência física, competência cognitivo-acadêmica, aceitação por parte dos iguais e aceitação por parte dos pais. Porém, conhecer a avaliação dessas facetas que uma criança faz de sim mesma não garante que possamos saber o que sente em relação às outras crianças.

Segundo os autores, é comum que uma criança com autoestima alta se sintam queridos e aceitos pelas pessoas que o rodeiam, pois para uma criança se valorize, ela precisa se sentir valorizada. O determinante da autoestima na infância remete, em grande parte ao estilo de educação familiar.

5.3 - EMOÇÕES

Segundo os autores Hidalgo e Palacios (2004), as emoções constituem um dos elementos centrais de todas as atividades humanas e são essenciais para a compreensão do funcionamento da personalidade, o estudo do desenvolvimento emocional inclui a evolução das expressões emocionais, a compreensão e o controle das próprias emoções, assim como a compreensão e a resposta às emoções dos demais.

Conforme os autores, na primeira infância, os bebês experimentam e expressam emoções de natureza diferentes, desde o nascimento é possível perceber reações de agrados e desagrados diante de situações distintas, e suas emoções tem um importante valor comunicativo. Já no final da primeira infância, além dessas emoções básicas, as crianças experimentam um conjunto de emoções mais complexas que destacam a descoberta de si mesmo e de outros, o que têm de manifestação da relação com os demais, as mais importantes são a vergonha, o orgulho e a culpa.

Para uma criança sentir vergonha ou orgulho, é implicado três aspectos: o conhecimento das normas e valores sociais, a avaliação da própria conduta em relação às normas e aos valores e a atribuição de responsabilidade a si mesmo diante do êxito ou fracasso para se ajustar ou não às normas e valores. O sentimento de culpa está ligado ao desenvolvimento sociomoral e tem uma relação com o aparecimento das condutas altruístas.

A partir dos três ou quatro anos, segundo Hidalgo e Palacios, as crianças começam a poder esconder suas emoções em determinadas situações, mas não são de todos eficazes, porque estão agindo conforme seus pais a ensinaram com uma estratégia de dissimulação bem-compreendida. A partir dos cinco ou seis anos a criança parece compreender realmente a diferença entre uma emoção real e uma emoção expressas, nessa idade ainda eles passam a compreender que

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