ODONTOLOGIA APLICADA A PACIENTES PNE
Por: Carolina234 • 22/4/2018 • 2.543 Palavras (11 Páginas) • 392 Visualizações
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Ate recentemente o cuidado da saúde bucal de pacientes especiais era muito limitado, porem com o aperfeiçoamento de especialistas na área e de novas técnicas o atendimento a PPNE cresceu muito.
Infelizmente ainda hoje muitos pacientes portadores de necessidades especiais recebem tratamento odontológico somente em situações de urgência, ou na presença de dor, sendo comum a pratica de extrações dentarias.
CARACTERISTICA DOS PACIENTES ESPECIAIS
No Brasil, de acordo com o censo do ano de 2000, 24,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de incapacidade, sendo que este número corresponde a 14,5% da população.
A literatura apresenta diversas definições para o PPNE Segundo Mugayar (2002), o PPNE é aquele indivíduo que possui alguns desvios de normalidade, identificáveis ou não. Por isso, precisam de atenção e abordagem especiais por um período da vida ou por um período indefinido.
Segundo SANTOS E SBBAGH-HADDAD (2003) pacientes com necessidades especiais são aqueles indivíduos que apresentam algum tipo de doença ou condição que requerem atendimento diferenciado por apresentarem alterações físicas, orgânicas, mentais, sociais e comportamentais.
Para FIQUEIREDO (2002), a odontologia utiliza-se o conceito pacientes com necessidades especiais. A international Association for Disability and Oral Health (IADH) inclui, além dos portadores de deficiência, pessoas com restrições de capacidades advinhas da idade ou de agravos adquiridos, os quais limitam a função intelectual, física ou social.
No intuito de promover a inserção social desses indivíduos, inclusive buscando uma melhor assistência a eles, o Conselho Federal de Odontologia criou, em 2002, a especialidade “Odontologia para pacientes portadores de necessidades especiais” (PINTO, 2004).
CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.
A classificação do vem a ser PNE sofre bastante alternância e deve ser considerada de forma ampla. De acordo com a associação Internacional de Odontologia ao Portador de Necessidades Especiais (AIDH) esses indivíduos são classificados de acordo com o tipo de desvio ou defeito que apresentam. As alterações podem ser de origem/causa física, inteligência, congênita, comportamental, psíquica, sensorial, audiocomunicação, sistêmica, metabólica e fisiológica (ELIAS, 1995).
De acordo com Mugayar (2002, p.15) estas classificações ocorrem segundo a região afetada pela patologia:
- Desvios da inteligência: retardo mental;
- Defeitos físicos: sistema nervoso central: paralisia cerebral; acidente vascular cerebral; doença de Parkinson; sistema neuromuscular: distrofia muscular progressiva; miastenia grave; sistema musculoesquelético: artrite; escoliose; osteogênese imperfeita; malformações congênitas: mielomeningocele ou espinha bífida;
- Defeitos congênitos: distúrbios originados de anormalidades cromossômicas; mutações genéticas;
- Desvios comportamentais: disfunção cerebral; medo; ansiedade; birra; timidez; agressividade; autismo;
- Desvios psíquicos: neuroses; psicoses; esquizofrenia;
- Deficiências sensoriais e de audiocomunicação: visuais e da audiocomunicação;
- Doenças sistêmicas crônicas: hemopatias; cardiopatias; nefropatias; pneumopatias; transtornos convulsivos; neoplasias; AIDS;
- Doenças endócrino-metabólicas: distúrbios no funcionamento das glândulas hipófise; tireoide; paratireoide; supra-renal; hipofunção do pâncreas (diabetesmellitus);
- Desvios sociais: alcoólatras; toxicômanos; asilados;
- Estados fisiológicos especiais: gestantes e pacientes geriátricos.
Os pacientes portadores de necessidades especiais fazem parte de um grupo onde estão mais propícios a desenvolverem carie, má oclusão e ainda presença de defeitos no esmalte dentre outras diversas doenças bucais, tudo isso devido a uma alimentação mais pastosa, ingestão frequente de carboidratos, uso crônico de medicamentos, inabilidade de realizar a própria higiene bucal, movimentos inadequados dos músculos mastigatórios da língua, alterações do fluxo salivar e a dificuldade na manutenção da higiene bucal.
Para SCHMIDT (1998) , os pacientes portadores de necessidades especiais não apresentam boas condições de saúde, em especial a saúde bucal, transformando o prazer, a alimentação, o relacionamento com o mundo, em dor e desconforto, isto além de prejudicar um possível aprendizado, pode comprometer a nutrição, e predispor o portador de necessidades especiais ao risco de infecções bucais, e aumento de morbidade.
De maneira geral a literatura cita diversas alterações bucais em PPNE, como a prevalência da cárie dentária e da doença periodontal originada por fatores diversos, inclusive a idade, o grau de comprometimento físico/mental e as condições de higiene bucal. Muitos PNE apresentam, com frequência, uma higiene bucal deficiente. Fatores locais como macroglossia, maloclusão, forma dos dentes, atividade mastigatória e bruxismo foram associadas às doenças/alterações na cavidade bucal (WALDMAN et al., 1998; FAULKS; HENNEQUIN, 2000).
Além disso, um grande número de PNE utiliza medicamentos sedativos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e outros. Muitas dessas drogas possuem açúcar em sua fórmula. Algumas provocam hiperplasia gengival e outras apresentam o efeito de reduzir a salivação normal do paciente. Alguns PNE possuem o hábito de permanecerem com o alimento parado na cavidade bucal por muito tempo, levando a um maior risco de cárie (FAULKS; HENNEQUIN, 2000).
Em casos específicos como a Síndrome de Dawm, os dentes dos pacientes apresentam mineralização completa, porem sofrem atraso na erupção, mostram alteração na sequencia, principalmente nos decíduos e observam-se vários casos de anormalidades dentarias.
No tratamento de pacientes com Deficiência Auditiva, o ouvido é órgão fundamental para a comunicação, porem uma pessoa com essa deficiência pode ficar isolada e sem atendimento especializado necessário. Neste caso o cirurgião dentista deve trocar as mascaras tradicionais por viseiras transparentes, pois a comunicação nesses casos a extremamente visual, desta forma será facilitada a comunicação.
Deficiência Visual, no atendimento de um paciente com deficiência
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