As Lentes de Contato
Por: YdecRupolo • 15/7/2018 • 2.425 Palavras (10 Páginas) • 353 Visualizações
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A IMPORTÂNCIA E A TÉCNICA DO ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO PARA LAMINADOS CERÂMICOS E RELATOS SOBRE O CASO
Basicamente, o enceramento serve para reconstruir a porção desgastada dos dentes e substituir os dentes ausentes, de modo a determinar corretamente o plano oclusal, os contatos simultâneos nos dentes posteriores e guia anterior.
A importância do enceramento diagnóstico associado a um planejamento integral para a obtenção de reabilitação oral ideal foi evidenciada porque também atribuiu a esta técnica a função de ser guia e, ao mesmo tempo, servir de demonstração para o paciente do trabalho a ser executado e do provável prognóstico funcional e estético. Este autor relatou um caso de micrognatismo, perda de dentes e de dimensão vertical cuja reabilitação oral só foi possível após análise oclusal, enceramento diagnóstico, planejamento integrado com especialidades afins e instalação de próteses métalo-cerâmicas superior e inferior. Com o enceramento diagnóstico é possível prever a estabilidade oclusal, a liberdade de movimentos mandibulares e a ausência de interferências, que, por sua vez, são essenciais para o equilíbrio do aparelho estomatognático. Na análise do inter-relacionamento da prótese dentária com implantodontia fundamentada na literatura pertinente, concluíram pela importância do enceramento diagnóstico para o nivelamento do plano oclusal. Recomendaram, para tanto, a perfeita sintonia no trabalho dos cirurgiões e protesistas, uma vez que, para a realização de implantes, é crucial a condição do rebordo alveolar. É por meio deste procedimento - o enceramento diagnóstico - que os protesistas podem avaliar o caso antes de qualquer cirurgia para posicionamento de implantes ósseo integrados ou da colocação de próteses fixas, de modo a garantir o resultado final ideal da prótese colocada.
A importância do enceramento diagnóstico extrapola a fase de planejamento. A sua relevância tem sido atestada também na fase de tratamento , durante a qual o sobre contorno das regiões cervicais deve ser evitado, de modo que se evite, igualmente, o acúmulo de placa bacteriana e se facilite o acesso à higienização . Isso, porém, só é possível a partir do preparo adequado que, por sua vez, depende do melhor entrosamento possível com o técnico de laboratório. Habitualmente, o enceramento diagnóstico é realizado pelo protético em laboratório. Para tanto, o cirurgião dentista clínico molda a boca do paciente, procede ao vazamento que resulta no modelo em gesso da boca deste paciente e executa a montagem em articulador. O protético, então, se encarrega de esculpir os espaços edêntulos ou completar dentes desgastados ou quebrados. Trata-se, contudo, de um processo relativamente complexo para o aluno de graduação em Odontologia ou para técnicos menos experientes. Por outro lado, o mercado dispõe de fôrmas dentárias cujo uso dispensa que os alunos tenham que esculpir a superfície oclusal, procedimento mais difícil e delongado. Este trabalho, portanto, refere-se ao relato de um caso em que a técnica de enceramento diagnóstico foi realizada com modificações, no sentido de torná-la mais fácil e mais rápida para o aluno, permitindo-lhe otimizar o atendimento odontológico público.
Relato do Caso nº 1
Um paciente do sexo masculino, com 55 anos de idade, foi atendido no Serviço à Comunidade da Universidade Federal do Piauí. Com o exame clínico, foi observada perda de vários elementos dentários comprometendo toda a oclusão funcional deste paciente, requerendo, portanto, reabilitação oral imediata. Para o planejamento dessa reabilitação, empregou-se a técnica fácil e rápida de enceramento diagnóstico. Inicialmente, a boca do paciente foi devidamente moldada, e o molde foi vazado para obtenção do modelo em gesso especial. A montagem foi realizada com articulador semi-ajustável seguindo-se todos os passos convencionais deste procedimento. Os modelos obtidos montados em RC permitiram evidenciar tanto o desgaste patológico quanto a perda dos princípios de oclusão. Lateralmente, os modelos evidenciaram alteração da curva de Spee, ausência da guia de desoclusão e perda da dimensão vertical. Na vista oclusal dos modelos, demonstraram-se as facetas de desgaste e os espaços edêntulos. Para a confecção dos dentes, utilizou-se o kit industrializado Conformix, que é composto de quatro fôrmas: (1) uma com dentes superiores anteriores direitos e esquerdos; (2) uma com dentes inferiores anteriores direitos e esquerdos; (3) uma com dentes superiores posteriores direitos e esquerdos; (4) uma com dentes inferiores posteriores direitos e esquerdos.
Para tanto, mediu-se o espaço edêntulo de modo a encontrar, nas fôrmas Conformix, uma bateria de dentes com tamanho igual ou bastante aproximado aos necessários. Foram, assim, utilizadas fôrmas dentárias com tamanho aproximado aos dentes necessários. Com o emprego de pingador, Lecron, cubeta metálica para derreter a cera e lâmparina à álcool como instrumentais, iniciou-se a fase seguinte da técnica. Foi colocada no modelo uma camada fina de cera utilidade para auxiliar no posicionamento dos dentes de cera. As formas escolhidas foram preenchidas com cera, e aguardou-se o seu endurecimento para a retirada dos dentes, assim os dentes construídos em cera foram devidamente lapidados e posicionados, atendendo - se rigorosamente aos princípios de oclusão, orientados a partir dos movimentos realizados no ASA. Por fim, os dentes foram fixados com cera de escultura, e a aplicação dos princípios de oclusão pôde ser ainda mais refinada resultando em enceramento diagnóstico concluído e lapidado. Os modelos assim obtidos foram mostrados ao paciente, que recebeu todas as explicações sobre como seria conseguido o seu protótipo, e qual seria o prognóstico estético e funcional de sua reabilitação.
Relato do Caso nº 2
Paciente com 22 anos de idade, do gênero feminino, compareceu a Clínica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia (FOUFU), insatisfeita com a estética de seu sorriso onde relatou haver diferença no formato de seus dentes incisivos laterais superiores e manchamento em outros. Durante o exame clínico constatou-se essa diferença no formato entre os dentes 12 e 22, manchas hipoplásicas nos elementos dentais 11, 12, e 13 uma restauração classe IV no 21 com comprometimento estético. É notório no paciente a presença de caninos bastante pontiagudos, o que passa a se destacar como ponto de dominância no sorriso, desviando a atenção dos incisivos centrais para os caninos, resultando em um sorriso desarmônico. Após definição do planejamento foi realizado a
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