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Resumo do capítulo "Episódios de Contato" - Livro: Gestalt-Terapia Integrada.

Por:   •  18/4/2018  •  3.587 Palavras (15 Páginas)  •  412 Visualizações

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Vale ressaltar que no livro “Gestalt Terapia Integrada” do casal POLSTER (2001; pág. 184) podemos compreender que a sintaxe do episódio de contato se movimenta em consequência de oito estágios: 1) a emergência da necessidade; 2) a tentativa de representar a necessidade; 3) a mobilização da luta interior; 4) a afirmação do impasse; 6) a experiência culminante; 7) a iluminação; e 8) o reconhecimento. Para os autores, “esse ciclo pode durar apenas um minuto; pode atuar durante uma sessão, um ano, ou mesmo uma vida inteira. Os oito estágios podem ocorrer em diversas sequências, ou algumas vezes, ou algumas vezes condensar-se simultaneamente. Eles são orientações e não devem ser considerados uma ordem precisa e imutável”.

Um caso que ilustra muito bem esses estágios é o de Bernard (págs 185-191), cujas trocas pessoais, informativas e de conversa, ajudaram a fazer, naturalmente, o contato do homem, que tem um pouco mais de trinta anos, com o psicoterapeuta. Sua vida é agitada, vive sentindo muita urgência, pouco senso de sustentação e nem de longe há a paz suficiente. Ele é repetidamente “condicionado e aprisionado” pelas situações de crise e não consegue fazer aquilo de que necessita, porque só é inspirado pela necessidade imediata. O psicólogo, primeiramente, faz com que ele tome consciência para experimentar o espaço atrás de si, a fim do paciente contatar o espaço vazio ao invés de projetá-lo com pressões que o afrontam. Seguindo para o estágio 3, notou-se que a sua luta interior é formada, rejeitando a sua passividade e infantilidade que eram vistas como inaceitáveis, e normalmente perturbadoras, provocando também, a crise de permanecer em pé e agir (ambos como um homem). No estágio 4 o dilema do paciente era que, para conseguir se mexer, Bernard cria uma situação, de modo que exista a pressão de uma fonte externa. Para ele (o paciente), é incapaz de criar algo, vindo de si mesmo, sem sentir-se empurrado. Ele precisaria, então, aprender a sentir-se capaz, o que, a partir da especulação imposta em POLSTER (2001; pág. 187) ele precisa “(...) fazer seu trabalho sem uma pressão externa imediata e clara para compensar sua incerteza quanto a suas próprias direções. Bernard tem de ser capaz de fazer contato com suporte-sem-exigência e permitir que sua ativação aumente”. Nisso, com a psicoterapia, tem-se a primeira transformação ao alargar o impasse, descobrindo que o comportamento rotulado como proibido gera satisfações que não lhe eram esperadas, e, acaba o libertando para experienciar e experimentar, direcionando-se a sua própria experiência final/conclusiva.

“Bernard: _ Eu me sinto muito aquecido e apoiado neste momento, de algum modo não me sinto preocupado com o que digo.” (Assim refere o homem à sensação de ter alguém - que no caso é o terapeuta - atrás dele)

Esta experiência final/conclusiva (vista como “culminante”, no estágio 6) partiu-se da experiência interna de Bernard, em vez da exigência projetada. E, sem ficar hesitante, consegue a própria “liberdade expressiva e seu estilo”. No estágio 7 (a iluminação) torna-se importante destacar a conclusão que o paciente obtivera, estando muito consciente de seus sentidos. Ele pudera, finalmente, passar para o estágio 8 (o reconhecimento), completando o episódio de contato e libertando-se para seguir adiante:

“Bernard: _ (...) Neste momento, eu sinto como se eu pudesse estar no olho de um furacão, onde tudo está calmo, e tudo estivesse bem. Você poderia ver tudo rodando em volta, e eu ainda poderia me mover. É isso que acontece comigo. Eu... Gosto do cotidiano. Não que isso pareça tão tedioso e cotidiano. Parece tão caótico, e então eu me sinto caótico e de um modo ou de outro não consigo lidar com o caos. Mas quando me sinto calmo assim, sinto que posso lidar com o caos que está tudo bem se as coisas forem caóticas. Eu não preciso controlar, posso simplesmente lidar com isso...)”

Logo, de uma maneira mais resumida sobre o caso: ao perceber acolhido pôde se permitir a vivenciar momentos nunca vivido antes. E, nota-se que o comportamento proibido traz satisfação inesperadas, liberando-o para experimentar novas experiências. Com isso deixou-se produzir algo da sua urgência interior, sendo apoiado pelo outro sem ficar hesitante, mantendo sua liberdade expressiva e estilo. Se sentindo livre para poder criar e imaginar coisas que não vão lhe tirar da zona de conforto; levando a ter comportamentos inesperados, fazendo-o se sentir calmo e consciente dos seus sentidos.

Sobre a representatividade que pode ser vista no capítulo 07 - “Episódios de Contato” - de POLSTER (2001; págs. 191-200), pode-se dizer que esta parte de nossas experiências adquiridas da aprendizagem e a habilidade da vida cotidiana. Levando em conta essas experiências, ela nos leva a condensar os eventos que acontecem no decorrer de períodos de tempo. E ao deparar-se na psicoterapia, um lugar aberto e instrutivo para fazer-se o uso da reflexão, o indivíduo começa a ter uma linguagem mais expressiva a fim de obter apoio e incentivo do seu terapeuta ou grupo, experimentando novos comportamentos, podendo se abrir e ter um espaço para tirar de cima, de si mesmo, todo o peso adquirido no decorrer de sua vida.

E uma vez que as habilidades venham a ser aprendidas, elas podem ser usadas. E, de acordo com POLSTER (2001) “muitas delas são os produtos colaterais do processo de abertura e afrouxamento”. E ela só vai ser bem aprendida se for bem exercitada, e ao exercitá-la o paciente pode melhorar o seu desempenho (seja social, seja pessoal).

Portanto, o paciente sempre vai aprender de forma incidental ou específica de habilidades, e em alguns casos existirão intenção necessária em direcionar, e não o que lhe vai ser imposto, mas sim que vai fazê-lo descobrir e experimentar situações nunca vividas antes.

Torna-se super válido o ensino sem a sabotagem da integridade de quem aprende as novas habilidades. Quanto ao terapeuta, cabe a ele instruir, estimular através da fala e ações, e eliciar novas oportunidades de resolução - de maneira que cada resolução por si mesma tem um novo potencial de ativação -, ao ponto de fazer com que o paciente se sinta capaz de responder à uma situação estimuladora de si mesmo ou de outras pessoas. Com a ativação, novos valores e novos comportamentos surgem para promover mudanças; mudanças que poderão ocorrer conforme os riscos inerentes a tais ativações.

Há ilimitadas experiências ativadoras ao ser humano. Os autores POLSTER (2001; pág. 196) citam a paixão, insinuando que comumente acontece entre paciente e terapeuta, ou entre membros do grupo: “Nesse amor existe a fagulha

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