ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DA FACE E ESTRUTURAS ANEXAS
Por: Juliana2017 • 1/10/2018 • 1.959 Palavras (8 Páginas) • 362 Visualizações
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O tratamento é cronologicamente seqüenciado, uma equipe especializada em odontologia, pediatria e cirurgia. O lábio leporino deve ser operado logo que a criança alcance os 4 a 5 quilos, em média, e boas condições de saúde geral. A fenda do palato deve ser operada, quando a criança estiver na idade de 12 a 24 meses, para promover o desenvolvimento da fala, e ao ingressar na escola, não sofra discriminação por parte dos colegas, não seja motivo de atenção pela deformidade a fim de conseguir melhor integração social, prevenindo dificuldades psicológicas que viriam interferir no próprio aprendizado.
Uma vez alcançada a dentição mista, tem início o tratamento ortodôntico convencional para estabelecer a forma normal da arcada superior.
3.4 Fossetas e/ou fistulas congênitas dos lábios e/ou comissura
A etiologia é congênita que segue freqüentemente um padrão hereditário, podendo estar associada a outras anomalias de desenvolvimento tais como fendas labiais e palatinas.
Clinicamente, as fossetas e/ou fístulas do lábio é uma depressão ou cova, uni ou bilateral, que ocorre no vermelhão de qualquer dos lábios, sendo mais comum no inferior.
Em alguns casos, da base desta fosseta pode escoar uma secreção mucosa rala. O lábio, por vezes, apresenta-se inchado, acentuando o aparecimento das mesmas. Nas comissuras essas fossetas aparecem uni ou bilateralmente e na área do vermelhão.
O diagnóstico é clínico e o prognóstico é favorável, pois as fossetas são inofensivas e raramente causam complicações. A cirurgia é recomendada em casos de comprometimento estético.
3.5 Lábio duplo
O lábio duplo pode ser de etiologia congênita ou adquirida em conseqüência de traumatismo ou hábitos.
Clinicamente se caracteriza por uma dobra excessiva no lado interno do lábio, geralmente o superior. É melhor observado quando o lábio esta distendido ou quando durante o ato de sorrir.
Pode ser adquirido por trauma ou hábito de morder a mucosa interna do lábio entre os dentes anteriores das arcadas superior e inferior.
O diagnóstico é clínico, e o prognóstico é bom. Não há necessidade de tratamento, exceto nos casos em que a estética esteja comprometida ou interferindo com as funções.
- Queilite glandular
Apresenta etiologia desconhecida, porém a exposição ao sol, ao vento e à poeira, bem como o fumo, possa ter importância etiológica, assim como a ocorrência familiar e fatores hereditários.
O aspecto clínico da queilite glandular se caracteriza por um aumento das glândulas salivares labiais e, às vezes mostram-se nodulares, com os orifícios dos ductos secretores inflamados e dilatados, aparecendo como pequenas máculas vermelhas na mucosa. Desses orifícios podem drenar uma secreção mucosa viscosa, sendo esta forma a mais freqüente.
Quando o lábio apresenta tumefação indolor, endurecimento, formação de crostas, ulcerações superficiais, é denominada de queilite glandular supurativa superficial. Quando mais profundas, e com formação de abscessos e trajetos fistulosos são denominadas de queilite glandular apostematosa ou mixadenite labial.
O diagnóstico é clínico e o prognóstico é favorável. Devido à incidência relativamente elevada da associação com a malignidade, foi recomendada a raspagem do lábio, esta conduta eliminou a doença com resultados estéticos aceitáveis.
3.7 Alteração no freio labial
a) Freio labial longo e delgado provocando recessão gengival
Tratamento: cirúrgico e ortodôntico
b) Hipertrofia e alongamento do freio labial superior provocando diastema entre os incisivos centrais
Tratamento: cirúrgico e ortodôntico
4 ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA
- Aglossia
Caracteriza-se pela ausência da língua, é muito rara, e na literatura foi encontrada apenas um caso. Existe conseqüência gravíssima em relação à nutrição, fala e dentição e suscetibilidade a doenças. Geralmente está associada a outras anormalidades de desenvolvimento, principalmente aquelas que atingem as extremidades (síndrome de aglossia-adactilia).
4.2 Microglossia
Língua pequena ou rudimentar.
4.3 Macroglossia
É o aumento da língua. Pode ser de etiologia congênita (primária) ou adquirida (secundária).
- congênita ou primária - aumento exagerado dos músculos da língua que pode estar relacionado com uma forma de hipertrofia muscular de todo o corpo ou apenas de um lado.
- adquirida ou secundária - geralmente é proveniente de um relaxamento da musculatura da língua. Pode ocorrer no cretinismo. Pode ainda estar relacionado com tumores da língua, hemangioma ou amiloidose.
A macroglossia pode causar deslocamento dos dentes e má oclusão, verificam-se nos bordos laterais depressões devido à pressão exercida sobre os dentes.
O diagnóstico é clínico. O Tratamento é feito somente para a macroglossia adquirida onde deverá ser removido o tumor nela instalado para diminuir a massa de tecido.
4.4 Anciloglossia
Significa língua ancilosada ou presa no assoalho da boca. Pode ser:
a) total ou completa - se refere a fusão completa da língua ao assoalho da boca.
- parcial ou incompleta - também denominada “língua de gravata”, uma ocorrência mais comum, é causada por um freio lingual curto ou ligado à ponta da língua. O movimento da língua fica, portanto, restrito a um grau variável e a fala é freqüentemente deficiente. À medida que a língua se estende para fora seu corpo se encurva com a extremidade apontando para baixo. Nestes casos, a ponta da língua não pode se estender aos incisivos inferiores.
Em alguns casos a anciloglossia parcial tem correção espontânea, mas a maioria é tratada cirurgicamente pela secção do freio.
4.5 Língua fissurada ou plissada
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