A Técnica “Bone ring” de enxertia em bloco – uma revisão de literatura
Por: Rodrigo.Claudino • 13/12/2018 • 6.339 Palavras (26 Páginas) • 423 Visualizações
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Palavras-chave: 1. Defeito ósseo alveolar. 2. Instalação simultânea de implantes. 3. Anéis de osso. 4. Enxerto ósseo com trefinas. 5. Enxerto ósseo cilíndrico,
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ABSTRACT
Periodontal defects and trauma at the anterior maxillary region can cause a severe alveolar ridge deficiency resulting in an unesthetic view. Ideal implant positioning can be compromised by inadequate alveolar bone in terms of height and width. Reconstruction of osseous defects with autogenous bone allows ideal implant positioning and creates a more natural soft and hard tissue profile, which influences esthetic crown anatomy at the anterior maxillary region. The purpose of this study was to address the advantages, disadvantages, indications and contraindications of the bone ring grafting technique.
Keywords: 1. Alveolar bone defect 2. Simultaneous implant placement. 3. Bone rings. 4. Trephine bone grafting. 5. Cylinder bone graft
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 PROPOSIÇÃO 13
3 REVISÃO DA LITERATURA 14
3.1 Enxerto ósseo autógeno 14
3.2 Sínfise mentoniana como sítio doador de enxerto ósseo..................... 17
3.3 Técnica Cirúrgica – Bone Ring Technique 20
3.3.1 Vantagens e Desvantagens da Técnica...... 22
- Indicações e Contraindicações
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4 DISCUSSÃO 29
5 CONCLUSÃO 32
REFERÊNCIAS 33
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1 INTRODUÇÃO
A necessidade de correção de pequenos ou de grandes defeitos ósseos para inserção de implantes e posterior reabilitação tornou-se rotineira na prática da Implantodontia. As técnicas de enxerto ósseo e de reconstrução parcial ou total da maxila e da mandíbula e das áreas doadoras são avaliadas, basicamente, de acordo com o grau de perda óssea, do planejamento cirúrgico-protético e das condições gerais do paciente. Há muitas discussões e controvérsias a respeito da utilização de materiais para enxerto e reconstrução óssea, podendo ser usados ossos autógenos, alógenos, heterógenos e aloplásticos.
O enxerto ósseo autógeno é definido como a remoção de um fragmento ósseo de uma determinada região do corpo humano para, concomitantemente, ser transplantada em outro local, no mesmo indivíduo, devolvendo a morfologia em quantidade e qualidade, para permitir a colocação dos implantes na posição ideal. Os enxertos ósseos são classificados em três tipos: o enxerto autógeno, obtido e transplantado no mesmo indivíduo, o enxerto alógeno ou homólogo, obtido de um indivíduo e enxertado em outro indivíduo da mesma espécie, e o enxerto xenógeno ou heterógeno, caracterizado pelo transplante ósseo entre indivíduos de diferentes espécies (DOMIT, 2008).
O enxerto autógeno é considerado biologicamente o padrão ouro (Gold Standard) para reconstrução dos rebordos maxilares e mandibulares, por apresentar vantagens quanto às propriedades antigênicas, angiogênicas e é o único que mantém propriedades osteoreparativas, osteogênicas, osteoindutoras e osteocondutoras (FERREIRA, 2001).
Diversas técnicas para a reconstrução dos maxilares atróficos são descritas, todas com o intento de promover um aporte ósseo para a reabilitação com os implantes osseointegráveis. Sendo assim, os indivíduos edêntulos podem desfrutar de um prognóstico de sucesso bastante favorável, tendo em vista, a alta previsibilidade de sucesso alcançada nestas modalidades de tratamento.
A morfologia óssea remanescente é vital para a instalação dos implantes em região estética. Após periodontite avançada, reabsorção óssea pode ser vista ao redor dos dentes, o que conseqüentemente dificulta a colocação do implante nessas regiões após a extração. Anteriormente à inserção do implante, os procedimentos de enxertia óssea são rotineiramente necessários, portanto a extensão horizontal e vertical do defeito desempenha um papel vital no planejamento da reconstrução do rebordo (TEKIN et al., 2011). Removendo-se da sínfise, enxertos ósseos em bloco podem ser aplicados para aumento ósseo previsivelmente de até 6 mm tanto nas dimensões horizontais quanto verticais (YÜKSEL, 2010; STEVENS et al., 2010).
É possível para o cirurgião aumentar o osso e inserir o implante em uma sessão usando o procedimento de transplante de anel ósseo (bone ring technique) desenvolvido por Bernhard Giesenhagen em 2004 (MACCARTHY et al., 2003; TEKIN et al., 2011).
O fato de os enxertos ósseos autógenos em blocos terem efeitos osteoindutores, propriedades osteocondutoras e de aumento de volume os torna ideais para a reconstrução de defeitos tridimensionais do osso alveolar. A osseointegração requer, no entanto, um período de recuperação de pelo menos três meses após a reconstrução óssea. Por um lado, pode ser considerado que o período de tratamento é aumentado em uma segunda operação e no período de recuperação quando os implantes dentários são levados em consideração. Por outro lado, o período de tratamento e o número de operações são encurtados pela "técnica do anel" que é usada como aumento de dimensão de crista óssea em estágio único com colocação simultânea do implante dentário (PIKOS, 2005).
O objetivo deste estudo é adequar o entendimento dos fenômenos básicos que ocorrem na implantação dos enxertos autógenos com a técnica Bone Ring, através de uma revisão de literatura sistemática, utilizando base de dados eletrônicos, buscando as novidades que este tratamento traz em si, bem como descrever as indicações e as vantagens do mesmo.
2 PROPOSIÇÃO
O objetivo do presente estudo foi, por meio de um levantamento bibliográfico, abordar as vantagens, desvantagens, indicações e contraindicações da técnica cirúrgica de enxertia óssea “bone ring”.
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