INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE CARBOIDRATOS SOBRE O DESEMPENHO FÍSICO
Por: Hugo.bassi • 6/9/2018 • 7.405 Palavras (30 Páginas) • 370 Visualizações
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Por ser um macronutriente muito conhecido no meio nutricional e esportivo, é substancial o desenvolvimento de pesquisas para fundamentação adequada e para o entendimento e conhecimento das informações necessárias sobre a utilização do carboidrato em dietas de praticantes de atividades físicas.
- Objetivos:
4.1 Objetivo geral:
Investigar o consumo e os efeitos do uso de carboidratos no organismo e na prática esportiva.
- Objetivos específicos:
Verificar a influência da ingestão de carboidratos antes, durante e após atividade física.
Verificar a necessidade de suplementação de carboidratos na dieta de praticantes de atividade física.
Verificar as possíveis formas de ingestão do carboidrato no organismo e suas influências.
- Metodologia
A metodologia utilizada para a realização da pesquisa é a Revisão Bibliográfica, empregando a abordagem qualitativa, na qual haverá citações de outros autores e estudiosos e a discussão sobre o assunto abordado.
O método de busca utilizado consistiu no emprego das seguintes fontes principais para localizar estudos sobre a utilização do carboidrato no meio esportivo: (a) busca eletrônica nas bases de dados computadorizados da área da saúde, da nutrição, do treinamento e outros, (b) citações em artigos identificados na busca eletrônica e (c) busca em livros da área da saúde, nutrição e do treinamento.
As bases de dados utilizadas para busca foram LILACS, SCIELO, PUBMED e CAPES, assim como o acervo das bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais e do GOOGLE Acadêmico. As combinações de palavras-chaves incluíram os seguintes termos: nutrição esportiva, treinamento com suplementação, carboidratos no treinamento esportivo, carboidratos na nutrição esportiva.
REVISÃO DE LITERATURA
A nutrição é uma importante ferramenta dentro da prática desportiva, pois, quando bem orientada, pode reduzir a fadiga, permitindo que o atleta treine durante mais tempo ou que se recupere melhor entre os treinos. Como vários nutrientes alimentares fornecem energia e regulam os processos fisiológicos relacionados ao exercício, seria tentador associar as modificações dietéticas ao aprimoramento do desempenho atlético.
Segundo as Recomendações de Ingestão Dietéticas (RID), do National Research Council Subcommitee, de 1989, em uma dieta equilibrada os carboidratos devem representar a maior parte da ingestão energética. Mesmo sendo pequenas as reservas de glicogênio do organismo, elas são importantes durante o período de jejum e também durante a situação de exercício prolongado, na qual a glicose e os ácidos graxos são oxidados para fornecer energia para a contração muscular.
Segundo Ferreira (2000) os carboidratos são as substâncias orgânicas mais abundantes na Terra, devido às suas múltiplas funções em todos os seres vivos, consistem de carbono, hidrogênio e oxigênio. São produzidos pelas plantas, através da fotossíntese (carboidrato e oxigênio são produzidos a partir de gás carbônico e água). As partes verdes das plantas (que contém clorofila, um pigmento verde) são capazes de fabricar glicose (um tipo de carboidrato) quando devidamente iluminadas.
Os hidratos de carbono podem ser classificados em três diferentes tipos, de acordo com o nível de complexidade das moléculas que os representam. Desta forma, os carboidratos são diferenciados pelo número de açúcares simples em combinação dentro da molécula.
Os carboidratos são subdivididos em: 1) monossacarídeos (com um açúcar por molécula), 2) dissacarídeos (com dois açúcares por molécula) e 3) polissacarídeos (com inúmeros açúcares por molécula). Curiosamente, ao contrário dos carboidratos simples (mono e dissacarídeos), os carboidratos complexos (polissacarídeos) não possuem sabor doce (Rogatto, 2003).
Como exemplos de monossacarídeos há a glicose e a frutose; como dissacarídeos, a sacarose, maltose e lactose; e, no grupo dos polissacarídeos, destacam-se os carboidratos complexos, que incluem os polímeros de glicose (como a maltodextrina).
Devido ao fato de o organismo não digerir e nem absorver todos os carboidratos com a mesma velocidade, um mecanismo denominado índice glicêmico foi desenvolvido para avaliar o efeito dos carboidratos sobre a glicose sanguínea. O índice glicêmico é um indicador qualitativo da habilidade de um carboidrato ingerido em elevar os níveis glicêmicos no sangue, fornecendo informações efetivas para um plano nutricional apropriado em relação à suplementação estratégica de carboidratos para o exercício. Isso vem sugerir que, além do tipo de carboidrato (simples ou complexo), o índice glicêmico pode ser usado como um guia de referências para a seleção do suporte nutricional ideal de carboidratos para os esportistas e praticantes de atividade física.
Quanto mais intenso o exercício for, maior será sua dependência em relação ao carboidrato como combustível. Sendo assim, as mensurações de alguns índices de limitação funcional durante a atividade física tornam-se importantes para que seja possível fazer um acompanhamento adequado do estado físico do indivíduo. Dentre essas variáveis encontram-se a freqüência cardíaca (FC), o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) e o lactato sanguíneo, que auxiliam no controle do treinamento e desempenho físico de atletas e praticantes de atividades físicas.
As bebidas contendo diferentes quantidades e tipos de eletrólitos e/ou nutrientes como carboidratos são utilizadas por atletas e praticantes de atividade física com a finalidade de melhorar o desempenho físico. As bebidas esportivas podem ser consumidas antes, durante e após o exercício. Quando ingeridas antes, têm como propósito prevenir ou retardar os distúrbios homeostáticos que podem acompanhar a atividade física, assegurando um volume plasmático adequado desde o início do exercício, promovendo um pequeno reservatório de fluídos no lúmen gastrintestinal, que será absorvido durante a atividade. Além disso, o consumo no pré-exercício pode otimizar as concentrações de glicose no sangue circulante, através do fornecimento de carboidratos. Quando utilizados durante o exercício, os carboidratos podem melhorar o desempenho, como demonstrado no estudo de Mason et al.. O consumo de soluções contendo carboidratos
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