A DESNUTRIÇÃO NO BRASIL
Por: SonSolimar • 7/6/2018 • 2.209 Palavras (9 Páginas) • 445 Visualizações
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Em crianças, sinais de desnutrição podem incluir a incapacidade de concentração, o aumento da irritabilidade e o crescimento atrofiado. Em casos de desnutrição aguda grave, podem ocorrer inchaços do estômago, da face e das pernas, além de mudança na pigmentação da pele.
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- Diagnóstico
A desnutrição é detectada quando comparados o peso e a altura padrão de uma amostra ou pela mensuração da circunferência da parte superior do braço de uma criança.
Figura 2: Diagnosticando a desnutrição
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Fonte: http://www.mundodastribos.com/desnutricao-consequencias-sintomas.html
Quando as medidas insuficientes continuam, por não manterem uma dieta apropriada, as crianças param de crescer e se tornam atrofiadas, fazendo com que tenham baixa estatura para sua idade. Esse quadro é diagnosticado como desnutrição crônica.
Já quando há perda de peso, contribuindo para um baixo peso para determinada altura, o diagnóstico é de desnutrição grave.Nesse caso a pessoa desnutrida começa a consumir seus próprios tecidos corporais para obter os nutrientes de que precisa.
Também podemos identificar a desnutrição por sinais como: a demora de um longo tempo para se recuperar de infecções, a demora na cicatrização de feridas, a irritabilidade, falta de concentração, a dificuldade para se manter aquecido e a depressão.
Para seu diagnostico é necessário uma avaliação clínica ou avaliação do estado nutricional, as quais serão observadas características como peso, altura e idade. Desse modo, os números para a identificação da desnutrição variam de acordo com as etapas do desenvolvimento:
Em adultos é diagnosticada desnutrição quando o IMC está abaixo de 18,5 ou houve perda acidental de 5-10% do peso corporal durante os últimos três a seis meses. Além disso, podem ser feitos exames de sangue para avaliar as concentrações de determinados nutrientes em seu corpo, independente dos resultados de IMC ou perda de peso. Nesse caso, o médico ou médica pode suspeitar de desnutrição com base em sua alimentação. O diagnóstico de desnutrição em crianças envolve tomar uma medida do seu peso e altura e, em seguida, comparar com o que seria a altura média esperada e peso para uma criança daquela idade. Os exames de sangue também podem ser utilizados para medir os níveis de proteína no sangue. Os baixos níveis de proteína pode sugerir que uma criança está desnutrida. (. Acesso em: 28 fevereiro 2017).
- Causas da desnutrição
A desnutrição se divide em primária ou secundária. Entre as causas primárias estão comer pouco ou ter uma alimentação em qualidade insuficiente em calorias e nutrientes.
Já entres as causas secundárias tem-se a ingestão insuficiente de alimentos por fatores externos, que podem estar necessitando de um gasto energético maior do corpo, ou impedindo a pessoa de absorver os nutrientes e se alimentar corretamente. Alguns exemplos são presença de verminoses, câncer, anorexia, alergia ou intolerância alimentar, digestão e absorção deficiente de nutrientes. Dessa forma ressalta que:
Fatores culturais também influenciam muito o consumo de alimentos. Isso porque algumas culturas ou religiões podem proibir o consumo de determinados alimentos, ou a dieta contém poucas calorias. As causas da desnutrição podem incluir: a falta de acesso a alimentos, problemas no metabolismo ou absorção de nutrientes, como diarreia, anorexia ou diabetes, o uso de remédios que diminuam a absorção de nutrientes, como a quimioterapia,situações que aumentem a necessidade de nutrientes, como febre alta ou queimaduras. Outra causa frequente de desnutrição é fazer dietas pobres em determinados nutrientes, como no caso de alguns vegetarianos ou dietas da moda. (. Acesso em: 28 fevereiro 2017).
É importante salientar que o leite materno alimenta um bebê, sendo bastante nutritivo nos seus primeiros meses de vida, contudo, posteriormente, consumir somente leite materno não é mais suficiente para a criança. A partir desse período, as dietas devem oferecer relações correta de proteínas de alta qualidade, gorduras, carboidratos essenciais, vitaminas e minerais.
Figura 3: Alimentação nos primeiros meses
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Fonte: http://pikuruxo.com.br/desmame-do-bebe/
Logo, o desmame antecipado ou sua não complementação pode também estar entre as causas de desnutrição.
- Tratamento para desnutrição
O tratamento varia de acordo com a gravidade da enfermidade. Quando grave, o paciente deve ser tratado em casa (principalmente no caso de crianças), posto que o meio hospitalar propicia, através de contágio, o aparecimento de patologias em organismos debilitados. Quando o quadro do individuo é crônico, ele deve ser imediatamente hospitalizado.
O tratamento para desnutrição é feito com o aumento gradual da quantidade de calorias ingeridas, evitando alterações intestinais, como diarreia. Assim, são feitas entre 6 a 12 refeições por dia com pouca quantidade de alimentos.
Quando a pessoa não consegue ingerir alimentos sólidos podem ser utilizadas dietas ou suplementes líquidos para garantir os nutrientes necessários. Nos casos mais graves, pode ser fundamental o internamento hospitalar para que o paciente seja alimentado com nutrientes diretamente na veia ou através de sonda gástrica.
Existe também um alimento terapêutico pronto para o uso (RUTF, em inglês), o qual acredita-se que seja a forma mais efetiva para tratar a desnutrição.
O RUTF contempla todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança e ainda ajuda a reverter deficiências e a ganhar peso. O RUTF não precisa de água para o preparo, o que elimina o risco de contaminação por doenças transmitidas pela água. Devido sua embalagem, o RUTF pode ser usado em todos os tipos de contextos e estocado por longos períodos. A menos que o paciente sofra com graves complicações, o alimento também permite que as pessoas sejam tratadas em casa. Em lugares onde a desnutrição pode se tornar grave, a abordagem de MSF é preventiva, com a distribuição do RUTF suplementar para crianças em situação de risco. (http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/desnutricao
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