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Resumo Ventilação

Por:   •  25/11/2018  •  2.097 Palavras (9 Páginas)  •  350 Visualizações

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Alvéolos menores têm uma tendência maior a colapsar.

Observe na seguinte equação (Lei de Laplace) que a pressão de colapso gerada nos alvéolos é inversamente proporcional ao raio do alvéolo. Isso significa que os alvéolos menores têm uma tendência maior a entrar em colapso:

Pressão = (2X Tensão superficial)/Raio

O surfactante, a “interdependência” e o tecido fibroso ajudam a “estabilizar” o tamanho dos alvéolos. Se alguns alvéolos foram pequenos e outros grandes, teoricamente os menores tenderiam a colapsar e causar expansão dos alvéolos maiores. Essa instabilidade não ocorre normalmente pelas seguintes razões:

- Interdependência. Os alvéolos adjacentes, os ductos alveolares e outros espaços de ar tendem a se apoiar uns aos outros de tal maneira que um alvéolo grande geralmente não consegue existir adjacente a um alvéolo pequeno porque compartilham paredes septais comuns.

- Tecido fibroso. O pulmão é constituído por cerca de 50.000 unidades funcionais, cada qual contendo um ou alguns poucos ductos alveolares e seus alvéolos associados, todos cercados por septos fibrosos que agem como suportes adicionais.

- Surfactante. O surfactante reduz a tensão superficial permitindo que o fenômeno da interdependência e o tecido fibroso superem os efeitos da tensão superficial. À medida que os alvéolos tornam-se menores, as moléculas de surfactante na superfície alveolar espremem-sse umas contra as outras, aumentado sua concentração e , assim, reduzindo ainda mais a tensão superficial.

VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES

Grande parte dos volumes e das capacidades pulmonares pode ser mensurada com um espirômero. A capacidade pulmonar total (CPT), a capacidade residual funcional (CRF) e o volume residual (VR) não podem ser medidos com um espirômetro.

[pic 1]

Os volumes pulmonares somados são iguais ao volume máximo ao qual os pulmões podem se expandir.

- Volume corrente (Vt) é o volume de ar (cerca de 500 ml) inspirado e expirado a cada respiração normal.

- Volume da reserva respiratória (VRI) é o volume extra de ar (cerca de 3000 ml) que pode ser inspirado além do volume corrente normal.

- Volume de reserva expiratório (VRE) é a quantidade extra de ar (em torno de 1.100 ml) que pode ser expirado por expiração forçada depois do termino de uma expiração corrente normal.

- Volume residual (VR) é o volume de ar (aproximadamente 1200 ml ) remanescente nos pulmões depois da expiração mais forçada.

Capacidades pulmonares são combinações de dois ou mais volumes pulmonares.

- Capacidade inspiratória (CI) é igual ao Vt + VRI. Trata-se da quantidade de ar (cerca de 3500 ml) que uma pessoa consegue respirar começando no nível expiratório normal e distendo os pulmões ate a quantidade máxima.

- Capacidade residual funcional (CRF) é igual ao VRE mais o VR. Trata-se da quantidade de ar que permanece os pulmões ao final de uma expiração normal. (cerca de 2300ml).

- Capaidade Vital (CV) é igual o VRI + Vt mais o VRE. Trata-se de quantidade máxima de ar que uma pessoa consegue expelir dos pulmões depois de primeiro encher os pulmões até a sua extensão máxima e então expirar até a extensão máxima (cerca de 4600ml)

- Capacidade pulmonar total (CPT) é o volume máximo ao qual os pulmões conseguem expandir-se com o maior esforço inspiratório possível (cerca de 5800 ml). A CPT é igual a CV mais o VR.

VOLUME RESPIRATORIO POR MINUTO E VENTILAÇÃO ALVEOLAR

O volume respiratório por minuto é a quantidade total de ar novo que é movido para as vias respiratórias a cada minuto. O volume respiratório por minuto é igual ao Vt multiplicado pela frequência respiratória. O Vt normal é de aproximadamente 500 ml e a frequência respiratória normal é cerca de 12 respirações por minuto; portanto, o volume respiratório por minuto atinge em média 6L/min.

A ventilação alveolar é a taxa em que o ar novo atinge as áreas de troca gasosa nos pulmões. Durante a inspiração, parte do ar jamais chega às áreas de troca gasosa, mas sim enche as vias respiratórias; esse ar é denominado ar do espaço morto. Como a ventilação alveolar é o volume total de ar novo que entra nos alvéolos, ela é igual à frequência respiratória multiplicada pela quantidade de ar novo que entra nos alvéolos a cada respiração.

V’a=Freq X (Vc – Vd)

Onde V’a é o volume de ventilação alveolar por minuto, Freq é a frequência, Vc é o volume corrente de respiração por minuto e Vd é o volume de espaço morto. Assim, com um Vc de 500 militros de um espaço morto normal de 150 militros e uma frequência respiratória de 12 respiraçoes por minuto, a ventilação alveolar e igual a 12X(500-150), ou 4200ml/min.

Existem três tipos de ar de espaço morto:

- Espaço morto anatômico é o ar nas vias aéreas condutoras que não realiza troca gasosa.

- Espaço morto alveolar é o ar nas partes de troca gasosa do pulmão que não consegue realizar troca gasosa; é quase zero em indivíduos normais.

- Espaço morto fisiológico é a soma do espaço morto anatômico e o espaço morto alveolar (isto é, ar do espaço morto total).

FUNÇÕES DAS VIAS RESPIRATÓRIAS

Traqueias, brônquios e bronquíolos.

O ar é distribuído para os pulmões por meio da traqueia, dos brônquios e dos bronquíolos. A traqueia é a primeira via respiratória de passagem e os dois brônquios principais direito e esquerdo são as vias respiratórias secundárias. Cada divisão posterior é uma geração adicional. Existem cerca de 20 a 25 gerações antes de o ar inspirado chegar aos alvéolos.

As paredes dos brônquios e bronquíolos são musculares. As paredes são compostas basicamente de músculo liso em todas as áreas da traqueia e dos brônquios não ocupados por placa de cartilagem. As paredes dos bronquíolos são quase inteiramente compostas por musuclo liso, exceto os bronquíolos mais terminais (bronquíolos respiratórios), contem apenas com poucas fibras de musculo liso. Muitas doenças pulmonares obstrutivas resultam do estreitamento

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