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PORTFÓLIO CULTURA, SAÚDE E O MÉDICO DE FAMÍLIA

Por:   •  5/1/2018  •  676 Palavras (3 Páginas)  •  369 Visualizações

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alguns aspectos estereotipados ou aprender um idioma.

Além disso, deve-se ter cuidado para não tratar a cultura como algo parado no tempo. A mudança de habito ao ter contato com outras culturas não se assemelha a perda de identidade. Para o profissional de saúde, evitar soluções simplistas do tipo “tudo ou nada”, na questão identitária, parece bastar.

O caminho que as ciências ocidentais vem tomando, e que influencia de forma muito forte as ciências de saúde, parte de divisões presumidas como naturais entre biologia e cultura, mente e corpo, natural e social. Esses pressupostos quando não analisados levam às distorções no cuidado à saúde. Ao tratar de formar separada os problemas de saúde que biológicos e naturais das suas interpretações sociais ou culturais _ consideradas equivocadas quando não confirmadas cientificamente _ são criados valores diferentes para os saberes. Assim, ao se identificar um determinado problema de saúde como cultural cria-se frequentemente uma tendência a considera-lo menos importante, difícil de ser trabalhado.

A cultura pode ainda ser equivocadamente ao ser identificada como problema principal em determinados casos, contribuindo para o esquecimento de outros fatores implicados no fenômeno estudado.

Deve-se evitar a confusão entre o papel da antropologia como o de uma terceira cultura e o papel de “conversão de nativos”. Esses valores relacionados ao bem viver e ao bem estar estão sempre em processo de negociação. Assim, a competência cultural não deve ser vista como uma forma de falar a língua do nativo e convence-lo a fazer o que a cultura dominante ou a cultura biomédica determina.

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