Cavidades do Corpo, Mesentérios e Diafragma
Por: kamys17 • 29/11/2018 • 2.895 Palavras (12 Páginas) • 394 Visualizações
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As membranas pleuroperitoneais são produzidas quando os pulmões em desenvolvimento e as cavidades pleurais se expandem e invadem a parede do corpo. Elas se fixam dorsolateralmente à parede abdominal e, inicialmente, suas bordas livres se projetam para dentro das extremidades caudais dos canais pericardioperitoneais. Durante a sexta semana, essas membranas se estendem ventromedialmente até suas bordas livres se fundirem com o septo transverso e o mesentério dorsal do esôfago, separando as cavidades pleurais da peritoneal. A abertura pleuroperitoneal direita se fecha um pouco antes que a esquerda (tamanho relativamente grande do lobo direito do fígado).
O mesentério dorsal do esôfago constitui a porção mediana do diafragma. A crura do diafragma – um par de feixes musculares divergentes em forma de pernas que cruzam o plano mediano em posição anterior à aorta – desenvolve-se a partir de mioblastos que crescem para dentro do mesentério dorsal do esôfago.
Da 9ª a 12ª semana, os pulmões e as cavidades pleurais aumentam de tamanho. Durante esse processo, o tecido da parede do corpo se divide em duas camadas: uma externa, que se torna parte da parede abdominal definitiva; uma interna que contribui para formar as porções periféricas do diafragma.
A extensão das cavidades pleurais em desenvolvimento forma os recessos costodiafragmáticos esquerdo e direito, estabelecendo a conformação em forma de cúpula do diafragma.
O diafragma é inervado (sensitivo e motor) pelo n. frênico, pois no estágio inicial de seu desenvolvimento situa-se entre o terceiro e o quinto par de somitos. E também recebe fibras sensitivas dos nn. intercostais inferiores, porque a parte periferia do diafragma se origina das paredes laterais do corpo.
Más formações:
- Hérnia diafragmática congênita:
Resulta de um defeito de formação e/ou de fusão da membrana pleuperitoneal com as outras três partes do diafragma. Resulta em hipoplasia pulmonar, pois as vísceras da cavidade abdominal podem atingir a cavidade torácica, o que leva a um retardo do crescimento dos pulmões pela falta de espaço para eles se desenvolverem normalmente.
- Eventração do diafragma:
Resulta da não-migração do tecido muscular da parede corpo para a membrana pleuroperitoneal do lado afetado. Metade da musculatura do diafragma é defeituosa e torna-se uma lâmina aponeurótica que penetra a cavidade torácica, formando uma bolsa diafragmática. Assim, há um deslocamento das vísceras abdominais para dentro dessa bolsa.
- Gastrosquise e hérnia epigástrica congênita:
Resultam da fusão incompleta das pregas laterais do corpo durante a formação da parede abdominal anterior na quarta semana. O intestino delgado faz uma hérnia para dentro da cavidade amniótica. Ocorre no plano mediano entre o processo xifóide e o umbigo.
- Hérnia de hiato congênita:
Parte do estômago fetal pode fazer uma herniação através de um hiato esofágico – abertura do diagrama pela qual passo o esôfago e os nn. vagos.
Aparelho Faríngeo
A faringe primitiva é limitada lateralmente pelos arcos faríngeos. Cada arco é constituído por um eixo de mesênquima, coberto externamente por ectoderma e internamente por endoderma. O mesênquima original de cada arco deriva do mesoderma; mais tarde, células da crista neural migram para os arcos e constituem a fonte principal de seus componentes. O arco contém uma artéria, uma haste cartilaginosa, um nervo e um componente muscular.
Externamente, os arcos faríngeos são separados pelos sulcos faríngeos. Internamente, os arcos faríngeos são separados por evaginações da faringe – as bolsas faríngeas. As membranas faríngeas são locais em que o ectoderma de um sulco entra em contato com o endoderma de uma bolsa.
Os sulcos faríngeos desaparecem e as membranas faríngeas também, exceto os do primeiro arco que irão formar o meato acústico externo e as membranas timpânicas respectivamente.
Cistos, seios e fístulas branquiais podem se desenvolver a partir de partes do segundo sulco faríngeo, do seio cervical ou da segunda bolsa faríngea, que não se obliteram.
Derivados das bolsas faríngeas:
- 1ª bolsa faríngea → Recesso tubotimpânico (cavidade timpânica e antro mastóideo), tuba faringotimpâninca (conexão do recesso com a faringe).
- 2ª bolsa faríngea → Seio ou fossa tonsilar (abriga a tonsila palatina).
- 3ª bolsa faríngea → Paratireóides inferiores e timo
- 4ª bolsa faríngea → Paratireóides superiores e corpo ultimofaríngeo (funde-se a tireóide e suas células se dispersam dentro dela, dando origem às células C, as quais produzem calcitonina – essas células se diferenciam a partir de células da crista neural que migram dos arcos para o quarto par de bolsas).
Derivados dos arcos faríngeos:
Arco
Nervo
Músculos
Estruturas esqueléticas
Ligamentos
Primeiro (mandibular)
Trigêmeo (NC V)
Mm. da mastigação; milo-hióideo; ventre anterior do digástrico; tensor do tímpano e do véu palatino
Martelo
Bigorna
Ligg. anterior do martelo e esfendomandibular.
Segundo (hióideo)
Facial (NC VII)
Mm. da expressão facial; estapédio; estilo-hióideo; ventre posterior do digástrico
Estribo
Processo estilóide
Corno menor e porção superior do hióide
Lig. estilo-hióideo
Terceiro
Glossofaríngeo (NC IX)
Estilofaríngeo
Corno maior e
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