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Vulvovaginite Infecciosa Bovina (IBR)

Por:   •  15/3/2018  •  4.596 Palavras (19 Páginas)  •  450 Visualizações

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2.6.1 – Diagnóstico Virológico ......................................................07

2.6.2 – Diagnóstico Sorológico ......................................................08

2.6.3 – Diagnóstico Diferencial .....................................................08

2.7 – Controle e Prevenção .......................................................................09

2.8 – Vacinação .........................................................................................10

2.9 – Relato de Caso .................................................................................12

2.10 – Conclusão .......................................................................................16

2.11 – Referências Bibliográficas ............................................................17

INTRODUÇÃO

O Herpesvírus Bovino Tipo 1 (BoHV-1) é um importante patógeno para os rebanhos brasileiros, associado um complexo de manifestações clínicas: Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR), Vulvovaginite Infecciosa Bovina (IPV), abortos, formas sistêmicas neonatais, balanopostite pustular infecciosa e encefalite.

O BoHV-1 afeta negativamente a fertilidade pois influencia a qualidade dos embriões, causa morte embrionária e abortamento, muitas vezes podendo ocorrer de forma assintomática, trazendo muitos prejuízos econômicos para o produtor.

Em virtude da disciplina e caso clínico abordado, no presente trabalho será discutida apenas a enfermidade em sua forma genital nas fêmeas bovinas, a Vulvovaginite Infecciosa Bovina (IPV), e também será comentada a importância e implicações na fertilidade da fêmea e suas crias. O caso clínico a ser relatado por este trabalho ocorreu em um rebanho de corte, em fêmeas bovinas jovens recém-introduzidas em uma propriedade, cuja única manifestação foi a IPV.

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VULVOVAGINITE INFECCIOSA BOVINA

AGENTE

Os Herpesvirus são vírus envelopados, com uma molécula de DNA como genoma. Diferente de outras famílias virais, eles tem a capacidade de estabelecer infecção latente em gânglios, o que é de suma importância em sua patogenia e manifestações clínicas.

A família Herpesviridae é dividida em três subfamílias: Alphaherpesvirinae, Betaherpesvirinae e Gammaherpesvirinae. Sendo de interesse para o presente trabalho a subfamília Alphaherpesvirinae, mais especificamente o gênero Varicellovirus com o Herpesvirus bovino tipo 1 (BoHV-1).

O BoHV-1 possui subtipos, que se relacionam com diferentes manifestações clínicas:

- BoHV-1.1 causando principalmente rinotraqueíte e abortos.

- BoHV-1.2 causando infecções genitais (vulvovaginite e balanopostite) e abortos em casos de inseminações artificiais – o que será abordado posteriormente.

[pic 2]

Figura 2 - Diferentes manifestações clínicas do Herpesvírus Bovino.

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EPIDEMIOLOGIA

O BoHV-1 têm distribuição mundial e tem sido isolado no Brasil desde 1978. No Brasil, o primeiro relato de IBR foi feito por Galvão et al. (1963) na Bahia.

Em um estudo epidemiológico realizado no Sudeste do país, a ocorrência de anticorpos contra BoHV-1 variou de 14,2 a 87,3% em Minas Gerais (Melo et al, 2002). Apesar do estudo referenciado acima ser do ano de 2002, como não temos politicas de erradicação de IBR/IPV (BoHV-1), esses números provavelmente tenham sido mantidos, ou até mesmo aumentado (o que o grupo acredita).

Por ser uma doença endêmica em rebanhos de corte e de leite, de acordo com a Professora Elaine Dorneles, inviabilizaria um possível programa de erradicação, pois seria necessário eliminar do rebanho brasileiro uma grande parcela de animais, sem justificativa plausível até o momento.

São fatores importantes na epidemiologia da doença, de acordo com a literatura e ensinamentos do professor Christian Hirsch:

- Latência – os animais infectados tornam-se portadores de uma infecção vitalícia. Os Herpesvírus são frágeis no ambiente pois são vírus envelopados, consequentemente a latência é uma forma com que encontram para poderem se replicarem e manterem-se viáveis.

- Distribuição mundial, com prevalência cerca de 35 a 40% em rebanhos tecnificados, pois há uma maior entrada de animais para reposição e manejo intensivo.

- Não há faixa etária onde predomina a doença, pois o animal pode ser infectado em qualquer momento de sua vida.

- A idade onde se predominam as manifestações clínicas de Vulvovaginite é por volta de até 2 anos (novilhas/primíparas). Já manifestações de morte embrionária e repetição de cio que ocorrem após a inseminação artificial com sêmen contaminado, pode ocorrer em qualquer idade.Reservatório pode ser qualquer bovino infectado (infecção vitalícia).

- Morbidade alta, principalmente em novilhas/primíparas que nunca tiveram contato prévio com o agente, consequentemente a infecção tem maior virulência e uma apresentação clinica de vulvovaginite mais exacerbada.

- Mortalidade embrionária é alta quando se insemina uma vaca com sêmen de touro contaminado, pois devido a necrose local que esse sêmen causa tira as condições de implantação do embrião e consequentemente a vaca tem um retorno ao cio.

- Transmissão: a vulvovaginite é típica de rebanho com monta natural. Mas pode ser transmitida por secreções genitais, via inseminação com sêmen contaminado e via transplacentária quando ocorre reativação da replicação viral no gânglio sacral (por fatores estressantes que elevam o corticoide endógeno) e consequentemente haverá abortos – menos importante em caso de IPV, pois o BoHV1.2 que causa vulvovaginite não é abortogênico como o BoHV1.1 que causa a forma respiratória, mas pode ocorrer. 3

PATOGENIA

O BoHV1.2 entra pela mucosa genital, se multiplica e causa lise dessas células. Em resposta a lesão celular +

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