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Diagnóstico clínico e laboratorial 1 – doenças infecciosas: Staphylococcus aureus, na intoxicação alimentar.

Por:   •  21/5/2018  •  1.389 Palavras (6 Páginas)  •  400 Visualizações

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Podemos então evidenciar as diferenças entre as metodologias alegando que o primeiro artigo citado se prendeu mais ao meio prático, observando a lavagem das mãos dos trabalhadores, buscando relacionar esta prática com os resultados obtidos. Já o segundo artigo entra em outra via, ao fazer questionamentos acerca do modo de vida das pessoas.

Para fazer a determinação dos resultados a partir das amostras coletadas o primeiro estudo resolveu fazer cultura em ágar manitol, nas colônias em que houve suspeita de presença de S. aureus fez-se coloração Gram, após aquelas que ainda possuíam possibilidade de ser a bactéria em questão foram submetidas a prova de catalase de acordo com as lâminas, de acordo com Pilonetto e Pilonetto, e ainda passaram pela prova de coagulase para confirmação.

O segundo artigo também utilizou o uso de cultura (ágar manitol salgado), as colônias foram separadas e submetidas a coloração Gram e após foram feitas provas bioquímicas de identificação, prova de coagulase (SPERBER; TATINI,1975), prova da catalase e prova da enzima DNase (KONEMAN et al., 2001). Foi utilizado o programa de domínio público Epi Info 6.04 b para processamento e análise dos dados obtidos no andamento do projeto.

Os resultados obtidos através das análises feitas o pelo artigo “Pesquisa sobre a bactéria Staphylococcus aureus na mucosa nasal e mãos de manipuladores de alimentos de CURITIBA/PARANÁ/BRASIL” mostraram que a bactéria está mais presente na mucosa masculina quando comparado a feminina, apesar de o valor não ser significativo. Aponta que a presença é relacionada com a idade (mais presente na mucosa de idosos). Ao correlacionar a presença nas mãos e na mucosa perceberam que 34,4% dos que possuíam na mucosa tinham nas mãos também. No hospital foi observado erros na maneira de lavar as mãos mostrando que 41,1% dos empregados não obteve sucesso a retirar a bactéria de suas mãos e que em 21,1% ela voltou, demonstrando ineficiência no procedimento. Comparando os três locais visitados (restaurante, hospital e indústria) observou-se que o hospital foi local com maior percentual de presença da bactéria Staphylococcus aureus entre os manipuladores de alimentos consultados.

Os resultados obtidos na análise feita pelo artigo “Prevalência de S. aureus em manipuladores de alimentos das creches municipais da cidade do Natal/RN” mostraram que 35,4% dos manipuladores eram portadores da bactéria, podendo ser comparado a manipuladores de alimentos em cozinhas industriais de 1994. Mesmo que a intoxicação alimentar pode atingir qualquer classe social, o artigo caracterizou-se por apresentar dados de pessoas em baixas condições socioeconômicas, sendo indispensável a orientação correta de manipular os alimentos para prevenir possíveis intoxicações.

Mesmo os dois artigos pesquisando manipuladores de alimentos em diferentes locais, é possível perceber que estes não estão lavando as mãos de forma correta ou após lavar as mãos estão entrando em contato com algum objeto ou local contaminado com a bactéria. Os resultados são de níveis preocupantes, pois o S. aureus pode gerar uma infecção estafilocócica ou intoxicação alimentar pacientes hospitalizados, sendo que os pacientes já estão debilitados, podendo ser mais grave. Nas creches o risco de intoxicação alimentar deve ser controlado por causa das crianças que apresentam sistema imunológico em desenvolvimento, podendo gerar uma intoxicação mais forte ou infecção.

Sendo os manipuladores de alimentos importantes fontes de contaminação de S. aureus, atitudes poderiam ser tomadas com o objetivo de prevenir a contaminação e a intoxicação alimentar, como: cursos de educação básica em saúde e higiene dos alimentos, boas práticas de fabricação e controle de alimentos. Medidas preventivas como usar luvas na preparação da alimentação, uso de álcool após lavar as mãos de modo correto e toda vez que entrar em contato com objetos ou locais contaminados poderia contribuir para a prevenção da contaminação.

Referências

KONEMAN, E. W. et al. Diagnóstico Microbilógico - Texto e atlas colorido.5ª edição, Editora Médica e Científica, Rio de Janeiro, p.1465, 2001.

LOPES, Antonio Carlos. “Diagnóstico e Tratamento – Vol. 1”. 1.ed. Manole Ltda, 2006.

LOWY, F.D. Staphylococcus aureus infections. New England Journal of Medicine. V.339, p.520-532, 1998.

SPERBER, W. H.; TATINI, S. R. Interpretation of the tube coagulase test for identification of Staphylococcus aureus. Apphied Microbiology. V.29, n.4, p.502-505, 1975.

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