SISTEMA DE MANEJO NUTRICIONAL AUTOMÁTICO DE CONCENTRADO NO COMBATE À LAMINITE
Por: Hugo.bassi • 6/4/2018 • 2.186 Palavras (9 Páginas) • 424 Visualizações
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A laminite é uma inflamação na região do casco que provoca a separações das lâminas dérmicas e epidérmicas, sendo essas responsáveis pela ligação entre a falange distal e a muralha do casco. É um distúrbio secundário a um problema iniciado no aparelho digestório pela ingestão excessiva de grão que atingirá a circulação sistêmica e consequentemente a irrigação periférica. A hipoperfusão, que é causada pela vasoconstrição, pelo edema e pela abertura de anastomoses causarão isquemia podendo evoluir para necrose das interdigitações laminares, provocando assim, deformidades permanentes. Assim, ocorrerão falhas mecânicas com a rotação e o afundamento da terceira falange (falange distal) (BUSCH, 2009).
A irrigação e a drenagem sanguínea do casco são feitas pela artéria e veia digital comum, respectivamente. A artéria digital comum é originária da artéria palmar medial. A complexa rede de vasos sanguíneos é auxiliada por movimentos de extensão e contração dos cascos, dessa forma, movimentos dos talões auxiliam no retorno venoso que durante a locomoção ajuda a circulação venosa. No momento de contração do casco, as cavidades venosas enchem-se de sangue e, durante a expansão, o sangue é forçado para fora das veias. (DALIA, 2014).
Tendo em vista a eficácia das tecnologias aplicadas nas criações de bovinos, será proposto o desenvolvimento de um tratador automático para equinos, no qual a quantidade ofertada de alimento concentrado e os horários programados serão assegurados para assim evitar a laminite. Isso contribuirá para a solução da mão de obra reduzida, que será requerida apenas uma vez ao dia para realizar a inspeção dos reservatórios.
- OBJETIVO
2.1- OBJETIVO GERAL
Propor a criação de um comedouro automático de alimento concentrado para equinos;
Reduzir gasto com a mão de obra.
2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Quantificar o alimento concentrado;
- Estabelecer horário por meio de um temporizador instalado em cada baia;
- Arquitetar uma estrutura que forneça o alimento de forma segura ao animal sem oferecer riscos ao tratador;
- Construir uma maquete e um desenho arquitetônico com Autocad para avaliar o projeto e possibilitar melhorias deste.
- METODOLOGIA
Primeiramente foram discutidas as ideias apresentadas por cada integrante do grupo e posteriormente chegou-se a um consenso sobre um tema. A seguir, o grupo pesquisou sobre o tema através de artigos, livros e possíveis lugares disponíveis para a realização de uma visita técnica.
O tema foi discutido com os professores sobre o tema e foi correlacionado com todas as matérias do período em curso, propiciando, assim, a interdisciplinaridade. Foi feito a revisão literária direcionada ao uso da tecnologia no manejo equino e ao acometimento da laminite por ingestão excessiva de concentrado. Foi estabelecido, também, que seria apresentada uma maquete e um projeto no autocad a fim de mostrar com mais realidade o projeto
Por fim, foram definidos os requisitos que o projeto deveria possuir e divididas as responsabilidades de cada integrante do grupo, respeitando as habilidades individuais, mas sempre atentando para a comunicação e inteiração das atividades de cada um para com o grupo.
As visitas, as conversas com professores e as leituras de artigos possibilitaram direcionar melhor o tema e descartar as ideias inviáveis de serem aplicadas na prática.
- RESULTADO E DISCUSSÃO
O manejo manual gera um custo elevado para com a manutenção de cada ajudante e exige uma preocupação tendo em vista que, a mão de obra está cada vez mais escassa e também, negligente para com a manutenção de um serviço que exige atenção e cuidado. Há risco de os detalhes dessa atividade serem desprezados, como por exemplo, o cumprimento dos horários pré-estipulados e a quantificação do alimento para cada animal e a oferta do alimento volumoso separado do concentrado. Porém, quando se introduz um comedouro automático, essa atividade se torna mais segura, diminui-se a exposição do animal a riscos potenciais e faz com que o criador diminua não só o gasto com a mão de obra, como também a preocupação pela inconstância desse serviço. O criador ainda terá mais garantia de que o padrão pré-estabelecido será executado.
A primeira visita foi feita à Universidade Federal de Minas Gerais, onde houve um contato real com animais acometidos pela laminite. As ideias do projeto, a importância do controle da ingestão de grãos, de como o manejo nutricional automático poderia vir a ser efetivo para o controle laminite e a possível redução da mão de obra foram discutidos com os responsáveis do local. Uma segunda visita foi feita à cavalaria da Policia Militar de Minas Gerais, que nos propiciou mais contato com os possíveis reais problemas dentro de uma criação de equinos.
O projeto procurou associar o benefício ao animal e ao criador. No que diz respeito ao animal, buscou-se considerar de forma significativa quais são as reais necessidades nutricionais de um cavalo e quais são os possíveis incidentes quando ele é exposto a uma alimentação inadequada. Em relação ao criador, visou-se diminuir os gastos com a mão de obra e viabilizar um maior desempenho e manutenção de saúde por parte dos animais.
A tecnologia implantada dentro de cada baia é uma tecnologia que soluciona vários dos problemas apontados. O sistema de manejo nutricional automático consiste em um reservatório de grãos, um comedouro, um tubo e um temporizador. O tratador, uma vez ao dia, despejará a quantidade pré-estipulada de concentrado no reservatório e de acordo com os horários pré-estabelecidos junto ao temporizador, o reservatório terá seu tubo aberto e o alimento será transferido para o comedouro de forma quantificada, respeitando a necessidade de cada animal.
O reservatório e o comedouro são posicionados e interligados por um tubo em um dos cantos de cada instalação de modo que o primeiro fique superiormente ao segundo, impossibilitando assim, o acesso do animal ao concentrado reservado. Vale ressaltar que será instalado um temporizador em cada baia, sendo isso fundamental para o estabelecimento dos horários da queda dos grãos e para a quantificação do alimento.
A padronização
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