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DENSIDADE, POROSIDADE E INFILTRAÇÃO DE ÁGUA EM LATOSSOLO AMARELO SOB DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO

Por:   •  14/5/2018  •  2.203 Palavras (9 Páginas)  •  462 Visualizações

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Os valores de densidade do solo (DS) foram obtidos através de coletas de amostras indeformadas com anéis volumétricos, sendo cada uma das amostras coletadas nas profundidades 0-0,01m, 0,01-0,02m e 0,025-0,035 m e encaminhadas e analisadas no laboratório de física do solo da Universidade Federal Rural da Amazônia. Estas amostras foram utilizadas para calcular a porosidade total (PT), considerando a densidade de partículas de 2,65 g/cm3, a qual é recomendada para solos minerais (REICHARDT, 1987).

A análise estatística dos dados de DS e PT constou da análise de variância com a aplicação do teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade para a comparação entre as médias obtidas. A análise estatística foi realizada através do programa estatístico Assistat (SILVA, 2009).

Para a infiltração de água no solo foram feitas duas repetições em cada tratamento, utilizado o método do infiltrômetro de anéis concêntricos, composto por um anel metálico maior, com 50 cm de diâmetro e 20 cm de altura e um anel menor, com 25 cm de diâmetro e 20 cm de altura, cravados ao solo de maneira concêntrica. Foi utilizada uma régua graduada em 10 cm e a reposição da água era feita quando o nível de água nos anéis chegava próximo dos cinco cm de altura. Com os dados de infiltração, foram feitas as médias dos valores por cada intervalo de tempo avaliado e obtidas as curvas de infiltração acumulada (IA) e velocidade de infiltração (VI) segundo a metodologia utilizada por Bernardo et al, (2006). A velocidade de infiltração diminui até um valor quase constante, onde a variação da VI é baixa, constituindo a velocidade de infiltração Básica (VIB) conforme citado por Tucci (2009).

Resultados e Discussão

Ao comparar os valores de Densidade do solo (Ds) e porosidade total (Pt) das mesmas profundidades houve diferenças entre os três sítios em estudo (Tabela 2). Na profundidade de 0-0,01 m não foi observada diferença significativa entre os tratamentos T1 e T2, apresentando estes valores inferiores ao alcançado no T3 para os dados de densidade do solo. Na mesma profundidade T3 apresenta menor valor de porosidade total em relação aos demais. A partir de 0,01 m de profundidade os tratamentos T1 e T3 apresentam maiores valores de Ds e menores de Pt quando comparados ao tratamento T2.

Tabela 2. Valores de densidade do solo (Ds) e porosidade total (Pt) de um Latossolo Amarelo Distrófico sob três diferentes sistemas de manejo.

Tratamentos*

Ds (g/cm3)**

Pt (%)**

0-0,01 m

0,01-0,02 m

0,025-0,035 m

0-0,01 m

0,01-0,02 m

0,025-0,035 m

T1

1,31 B

1,41 A

1,43 A

50,73 A

46,95 B

45,92 B

T2

1,22 B

1,26 B

1,30 B

52,85 A

52,53 A

51,02 A

T3

1,55 A

1,49 A

1,47 A

41,54 B

43,72 B

44,50 B

*T1- Cultivo abandonado; T2 – Floresta secundária; T3 – Pastagem de equinos.

**Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente.

Apesar de T1 corresponder a uma área de cultivo abandonada há mais de 10 anos, está coberta com gramíneas em sua maioria de gênero Brachiaria. O pousio em T1 pode ter favorecido a regeneração da densidade do solo a esta profundidade. Foi verificada uma alta densidade da macrofauna no solo, principalmente minhocas, na camada superficial (observação de campo, porém macrofauna não avaliada). Além disso, para Silva & Mielniczuk (1997), os maiores benefícios das gramíneas para a melhoria estrutural do solo é a alta densidade e a periódica renovação radicular, além da liberação de exsudatos na rizosfera que estimulam a atividade biológica, proporcionando à formação e à estabilização dos agregados no solo. Estas interações podem ser responsáveis pela redução na densidade e aumento na porosidade total, que é de 50,73 %, na camada 0-0,10m em T1. A semelhança dos valores de densidade das camadas 0,01-0,02 m e 0,025-0,035 m de T1 e T3 reforçam a ideia de que houve melhoria estrutural da camada superior de T1, devido à presença de gramínea na cobertura vegetal e, provavelmente, ação da macrofauna.

A área de floresta secundária apresentou baixos índices de densidade do solo, e alto percentual de porosidade total, o que já era esperado devido principalmente ao acúmulo de material orgânico e a baixa ocorrência de atividades antrópicas. Já na área de pastagem os maiores valores de densidade e menor porcentagem na porosidade total são atribuídos principalmente ao pisoteio de animais, o que ocasiona grande compactação do solo.

As figuras 1 e 2 apresentam os gráficos de infiltração acumulada (IA) e velocidade de infiltração de água no solo (VI) com suas respectivas equações de ajustes dos dados. A velocidade de infiltração inicial para o T1 foi de 311,45 mm.h-1, infiltração acumulada de 27,5 cm e a VIB de 100,1 mm.h1. Através da análise comparativa da figura 1 foi observado grande interação nos valores de velocidade de infiltração inicial entre os tratamentos T1 e T2, tendo em vista que marca a entrada de água no perfil, proporcionando maiores índices de infiltração, estando envolvido principalmente com a camada superficial do solo, no qual também apresentou grande semelhança nos valores de densidade e porosidade total. A VIB do T1 é classificada como muito alta segundo a classificação de Mantovani et al. (2009).

Figura 1.

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