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CESTÓDEO E TRAMATÓDEOS EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO

Por:   •  7/5/2018  •  3.515 Palavras (15 Páginas)  •  315 Visualizações

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Figura 2: Percentual de fascíola hepática no Brasil. De 2003 á 2008

[pic 14]

Fonte:Redalyc[2]

Embora não haja uma avaliação do real impacto econômico da fasciolose no Brasil, (Lima et ai. 2009) determinaram que 70% dos animais (N = 1.251) foram positivas para F. hepatica em exames de fezes a partir de 16 cidades (16/20) do estado de Minas Gerais. Gavinho, Kulek e Molento (2008) determinaram a prevalência de F. hepatica em bovinos abatidos entre agosto de 2007 e março de 2008, quando 281.366 animais foram abatidos no Paraná. O autores mostraram que a cidade de Castro teve o maior número de animais positivos, o que representa 61,6%.Também foi mostrado que 6 bovinos de corte moderadamente infectadas com uma média de 35 vermes adultos, em comparação com outros 6 bovinos de corte saudáveis, da mesma propriedade teve uma média de 200 kg (+/- 5,25) e 212,3 kg (+/- 12,4) da carcaça, respectivamente, representando um uma perda significativa de 5,8% (P = 0,004) dos animais ' carne ou R $ 74,00 (US $ 32,00) por animal.

1.5 Prevalências Globais

No mundo inteiro a ocorrência de fasciolose tanto no ser humano como no animal. Enquanto no animal fasciolose ocorre principalmente em países com alto numero de gado e de produção de ovelhas, fasciolose humana ocorre principalmente em países em desenvolvimento (Togerson e Claxton, 1999). A a análise global da distribuição de casos humanos mostra a correlação entre a fasciolose em animais e fasciolose em humanos que só aparece a um nível básico. Embora seja verdade que a infecção humana não é rara em áreas onde as infecções nos mamíferos herbívoros domésticos estão presentes, as altas/baixas prevalências humanas não se relacionam a altas/baixas prevalências dos animais, respectivamente (Mas-Coma et al., 2005). Embora a infecção seja comum no gado nos EU ocidentais e ao sudeste, só um caso humano informou-se naquele país e a situação é semelhante na China, onde a infecção se vê freqüentemente em animais, mas se conhecia apenas 44 casos humanos ocorridos (Chen, 1991). Ao contrário de Fasciolose giganticathatque ocorre principalmente em áreas tropicais, como a África, o Oriente Médio, Leste Europeu e no sul e leste da Ásia, Fasciolose hepatica possui uma distribuição mundial e tem sido relatada em todos os continentes, exceto na Antártida (Andrews, 1999). Este parasita tem a capacidade de parasitar hospedeiros intermediários e também de infectar uma grande variedade de hospedeiros primários, F. hepatica conseguiu expandir a partir da área geográfica da Europa original e hoje em dia é considerado muito cosmopolita na sua distribuição e pode ser encontrado em quase todas as regiões temperadas (Andrews , 1999; Mas-Coma e Bargues, 1997). Fasciola hepatica esta presente em uma ampla diversidade de ambientes. Este parasita é único em ser capaz de sobreviver em áreas de baixo do nível do mar, como na província de Gilan, além do Mar Cáspio, no Irã, até a altitude muito elevada, como no Altiplano e vales da Bolívia, Peru andino e Venezuela (Ashrafi et al, 2007;.. Mas-Coma et al, 2003) .Esta enorme capacidade de adaptação a diferentes ambientes tem feito de F. hepatica parasita transmitidas por vetores que apresentam a maior distribuição latitudinal, longitudinal e de altitude conhecida (Mas-Coma et al., 2003) .Infestação de F. hepatica tem sido relatado na América do Norte: Canadá, Estados Unidos da América e México; América Central: Porto Rico, Jamaica e Cuba; América do Sul: Bolívia, Peru, Equador, Uruguai, Argentina, Chile, Brasil, Venezuela e Colômbia; Europa: França, Espanha, Portugal, a antiga União Soviética, Turquia, Reino Unido, Irlanda, Suíça, Itália, Holanda, Alemanha, Áustria, Polônia; África: Egito, Quênia, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Etiópia, Tanzânia, Zimbábue, África do Sul; Ásia: Rússia, Irã, Japão, Coréias, Vietnã, Tailândia, Iraque, China, Índia, Nepal, Cazaquistão e Mongólia; Oceania: Austrália e Nova Zelândia (Esteban et al, 1998; Mas-Coma et al, 1999b; Mas-Coma et al, 2005; Yilmaz e Godekmerdan de 2004).

Figura 3: Distribuição da Fasciola hepática no mundo

[pic 15]

Legenda: Países em verde tem baixa ou média prevalência de animais com casos de Fasciola hepatica, os países em vermelho tem alta prevalência.

Fonte: SANTOS, 2012, p.10.[3]

2. Classe CESTODA – Família ANOPLOCEPHALIDAE

2.1 Introdução

A Moniezia é um gênero de cestóide comum em ruminantes, possui como hospedeiros intermediários ácaros da pastagem, principalmente da família Oribatídae. Os parasitas adultos localizam-se no intestino delgado dos hospedeiros definitivos alimentando-se do conteúdo intestinal e a forma larval denominada cisticercóide, nos ácaros de vida livre, seus hospedeiros intermediários (URQUHART et al., 1998; FORTES, 2004). Eles são endoparasitas obrigatórios, de copo achatado dorso-ventralmente, formado por três partes. A primeira é a cabeça ou escólex não armado com acúleos, a porção intermediária do corpo é o colo região responsável pelo crescimento do parasita e a ultima porção do corpo é o estróbilos formando pelo conjunto de proglóides.

2.2 Ciclo Evolutivo

Figura 4: Ciclo evolutivo do gênero Moniezia

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Fonte: Athyade; Rodrigues; Silva, 2009. 113p.[4]

Resumo da figura 4:

Ovo12 a 14 dias larva cisticercoide[pic 17][pic 18]

Larva cisticercoide 35 a 45 dias anoplocefalídeo adulto.[pic 19][pic 20]

2.3 Epidemiologia

A incidência desta parasitose nos animais depende do clima, sendo o índice pluviométrico o principal fator responsável pelo aumento das infecções parasitárias. No entanto, o déficit hídrico, como seu excesso, prejudica significativamente o desenvolvimento de larvas infectantes no pasto (BRAGA, 1986). Flutuação estacional na incidência da infecção pode ser associada à presença de vetores, geralmente ácaros da família Oribatidae, que podem sobreviver cerca de 15 meses nos pasto (FORTES, 1987). A intensidade do parasitas não é a mesma em todos os animas do rebanho, possuindo alguns

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