Infarto Agudo do Miocárdio

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METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado a partir de dados oriundos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), órgão pertencente à Secretária Executiva do Ministério de Saúde, cujo funcionamento relaciona-se diretamente à ação produtora, receptora, ordenadora e disseminadora de informações.

A população observada constituiu-se basicamente por indivíduos com idade igual ou superior a 30 anos, que foram diagnosticados com Infarto Agudo do Miocárdio (Lista Morb CID-10) no Estado do Rio Grande do Sul, durante o período de tempo de 2008 a 2015.

Para realização da coleta de dados no DATUSUS seguiu-se o seguinte passo-a-passo: Acesso à Informação, TABNET, Epidemiológicas e Morbidade, Morbidade Hospitalar do SUS, geral, por local de internação, a partir de 2008.

Foram coletados dados referentes ao número de internações e óbitos, durante o período de tempo em questão, e posterior relação com os gêneros e faixas etárias. Optou-se por pesquisar indivíduos com idade a partir dos 30 anos, pois segundo a literatura idades anteriores não correspondem a elevados casos de IAM. Após a coleta, os dados foram observados e submetidos á análise descritiva para posterior comparação com a literatura.

RESULTADOS

De acordo com o DATASUS, no estado do Rio Grande do Sul, no período de 2008 a 2015, ocorreram 58.728 internações hospitalares por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) de indivíduos com idade igual ou superior a 30 anos.

A maior ocorrência de IAM deu-se entre os indivíduos do gênero masculino, somando 36.605 (62%) internações, enquanto as mulheres representam 38% (22.123) do total, conforme mostra o gráfico 1.

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Gráfico 1. Internações por Infarto Agudo do Miocárdio segundo gênero.

De acordo com o gráfico 2, o grupo etário mais acometido pelo IAM no Rio Grande do Sul, durante o período de tempo observado, foi o de 60 a 69 anos (29%). Os indivíduos entre 50 a 59 anos se encontram na segunda posição em relação às internações devido à doença cardiovascular em questão. Por outro lado, os menos atingidos pelo IAM têm entre 30 e 39 anos.

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Gráfico 2. Internações por Infarto Agudo do Miocárdio segundo faixa etária.

De acordo com a tabela apresentada abaixo o índice de homens é mais elevado em relação ao número de mulheres. Esse padrão se repete até a faixa de 60 anos, quando o número de mulheres alvo da doença tende a se multiplicar, superando os índices em relação ao público masculino ao atingir a barreira dos 80 anos (Tabela 1).

Tabela 1. Internações segundo relação entre faixa etária e gênero.

Faixa etária

Gênero

Total

Masculino

Feminino

30 a 39 anos

1.074

521

1.595

40 a 49 anos

4.782

2.336

7.118

50 a 59 anos

10.962

5.016

15.978

60 a 69 anos

10.962

6.028

16.990

70 a 79 anos

6.501

5.089

11.590

80 anos e mais

2.324

3.133

5.457

TOTAL

36.605

22.123

58.728

Em relação ao número de internações ao longo dos anos (período designado entre 2008 e 2015) constatou-se um aumento gradativo. Percebe-se que no ano de 2008 o número de internações somava 6.115 casos de IAM, evoluindo para níveis cada vez mais elevados até alcançar o valor de 9.138 casos no ano de 2015, em apenas sete anos.

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Gráfico 5. Internações por IAM ao decorrer dos anos (2008-2015).

Constatou-se também que das 58.728 internações ocorridas, 6.713 casos de IAM resultaram em óbito, sendo que destes, 46% eram do gênero feminino e 54% do gênero masculino (Gráfico 3) . Em relação à faixa etária os pacientes com idade igual ou superior a 60 anos apresentaram maior índice de óbitos em relação aos indivíduos de outras faixas etárias (Gráfico 4).

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Gráfico 3. Porcentagem de óbitos segundo gênero.

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Gráfico 4. Óbitos segundo faixa etária.

Conforme mostra o gráfico 5, o número de óbitos no ano de 2008 era de 903, a partir daí ocorreu um período de queda, aumento e queda novamente dos óbitos, para que no ano de 2015 esses índices se elevassem novamente, superando o ano de 2008 com dezoito casos a mais.

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Gráfico 5. Número de óbitos ao decorrer dos anos.

DISCUSSÃO

Durante o período de tempo observado, de 2008 a 2015, o estado do Rio Grande do Sul apresentou um significativo número de internações registradas por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), as quais somam 58.728, correspondendo a uma média de 7.300 casos por ano.

A população do sul do país destaca-se pela elevada expectativa de vida, a qual causa um expressivo aparecimento de doenças crônicas degenerativas,

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