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O Edema Agudo de Pulmão

Por:   •  31/10/2018  •  9.291 Palavras (38 Páginas)  •  351 Visualizações

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Forças de Starling são as forças que regulam a disposição dos líquidos nos meios intracelular e extracelular. Em outras palavras, são os mecanismos que controlam a quantidade de volume dentro e fora de cada célula do nosso corpo. Essa força é essencial para a manutenção do volume sanguíneo, filtração glomerular no rim e prevenção de edemas (inchaço). Para entendermos como tudo funciona, precisamos compreender dois outros conceitos: pressão hidrostática e oncótica.

Edema pulmonar crônico – a instalação do edema é gradual com adaptação dos mecanoreceptores;

Edema pulmonar de altas altitudes – escassez de O², causando efeitos no organismo.

Pressão hidrostática (PH) é a força que um líquido exerce contra uma determinada superfície. De uma maneira mais prática, a PH é a força que empurra o líquido.

O PH ocorre o tempo todo no nosso organismo, especialmente nos nossos vasos sanguíneos. No capilar, a PH é a pressão que olíquido plasmático exerce na parede capilar, em direção ao meio extravascular. O grande responsável pela PH é pressão capilar (arterial).

Pressão oncótica (PO) é pressão que os solutos exercem num determinado meio atraindo o líquido para si. De maneiro mais simples, a PO é a força que puxa o líquido. Ela é também chamada de pressão coloidosmótica.

No capilar, as proteínas plasmáticas, especialmente a albumina exerce a grande parte da PO. Elas “atraem” o líquido que está contido no meio extracelular para dentro do vaso capilar.

Os conceitos na prática

Quando o sangue perfunde um determinado tecido, através de um vaso capilar, o líquido que flui neste vaso exerce uma pressão na sua parede, que já conhecemos como pressão hidrostática. Essa pressão promove a saída de líquido do vaso capilar para o espaço extracelular (interstício).

Então vem a pergunta: por que o líquido tem que sair do vaso capilar para o interstício? Para a partir daí (interstício), fluir para as células do tecido, embebendo-as de água e nutrientes.

Quando o sangue, contido no vaso capilar, alcança sua porção venosa, ele já contém pouca quantidade de líquidos, pois foram perdidos para o interstício, mas ainda possuem muitas proteínas plasmáticas (albumina). Pelo fato de perder líquido, mas não proteína, sua concentração aumenta, exercendo alta pressão oncótica. O resultado disto é o movimento de líquido de volta para o vaso sanguíneo, ou seja, do interstício para o vaso capilar. O excesso de líquido, que eventualmente não retorna para o capilar, é drenado pelos vasos linfáticos.

Por que o líquido tem que voltar do interstício para o vaso capilar? O líquido que estava no interstício já teve tempo suficiente para embeber as células. Ele deve voltar para o capilar, para não haver excesso de líquido desnecessário no interstício, o que causaria um edema.

Lembre-se: No leito capilar arterial a PH empurra o líquido para fora (interstício). No leito capilar venoso, a PO puxa o líquido de volta para dentro (vaso capilar).

Portanto, essas são as forças e os mecanismos que atuam em todos os tecidos do nosso corpo. Deste modo, todas as funções que foram projetadas às nossas células podem ser exercidas perfeitamente, pois estão cuidadosamente nutridas.

As pressões hidrostáticas e oncóticas não atuam somente como foi exposto. A título de conhecimento, veja outro modo de atuação:

No interstício, a PH é a pressão que o líquido intersticial exerce em direção ao capilar que o perfunde, promovendo a entrada de líquido no vaso. Os responsáveis pela PH no interstício são os próprios líquidos do interstício.

Ainda no interstício, a PO é a pressão que os solutos e proteoglicanos exercem, “puxando” o líquido que está contido dentro do vaso capilar para o interstício. O PH empurra e a PO puxa. Mas, se não entendeu o final, não há problemas. O que você precisa saber para entender a fisiologia já foi dito acima, o sangue oxigenado nos pulmões chega ao coração através do átrio esquerdo, passa pela válvula mitral, atingindo em seguida o ventrículo esquerdo (câmara cardíaca que bombeia o sangue para fora do coração em direção ao cérebro e o restante do nosso organismo)acarretando um deslocamento de líquido do sangue para o interstício e, depois, para os alvéolos pulmonares, uma das principais causas de insuficiência e/ou desconforto respiratório que motivam a procura de unidades de emergência ou terapia intensiva.

[pic 1]

Clinicamente expressa insuficiência ou desconforto respiratório que ocorre pelo desequilíbrio das forças de Starling sendo as forças que regulam a disposição dos líquidos nos meios intracelular e extracelular do interstício, podendo ocorrer aumento da pressão hidrostática ( 35mmhg) ou aumento da permeabilidade dos capilares pulmonares.

[pic 2]

[pic 3]

[pic 4]

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Dois tipos: início súbito da dispnéia e presença de congestão pulmonar clínica e radiológica.

Presença de dor torácica compatível com insuficiência coronariana, galope cardíaco (b3 e/ou b4);

Sopros cardíacos e posição do “ictus cordis”, cuja lateralização representa aumento da área cardíaca.

Outras causas, tromboembolismo pulmonar, broncoespasmo, broncoaspiração, e inalação de gases tóxicos e irritantes. Quanto ao acúmulo de água, no terceiro espaço pulmonar existem outras causas, em que não há hipertensão venocapilar,

Objetivo

A redução de líquido do terceiro espaço pulmonar diminui o gradiente alvéolo-arterial,

Melhora da oxigenação

Provoca aumento da complacência pulmonar

Reduzir o número de alvéolos colabados,

Desejável redução do trabalho respiratório.

Tratar a causa ou eliminar o fator de descompensação da cardiopatia de base

Esse objetivo é atingido reduzindo-se a pressão hidrostática de capilar

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